Meu mestre - Imagine Muichiro Tokito [Sendo Reescrita]

Face a face

Ouça a música anexada acima para melhor experiência

Atenção, este capítulo pode conter tópicos sensíveis, como suicídio e transtornos psicológicos, é recomendado para o público sensível a este tipo de conteúdo, evitar sua visibilidade. Boa leitura!

Atravessou a floresta com passos que a levaram a uma profunda escuridão. Curiosa com os acontecimentos, ela vagou por ali. Um arrepio que lhe percorreu a espinha retornava, era como a primeira vez. Perdida nas trevas da floresta em que viveu aquele trauma pela qual foi forçada a passar. Tudo ficou rapidamente escuro, aquele brilho de antes não mais estava ali, e o céu limpo foi coberto pelas árvores de folhagens enormes. Um breu cobriu seus olhos, mais densa névoa que a sua própria que criava em combate.

— ( que droga, onde eles estão... ) "Para e observa uma silhueta no meio da floresta." Hmm... ( Espera... Aquela é Nezuko? Ela poderia estar assim exposta ao céu no dia?! )

??? — "Se vira lentamente para a garota e abre um sorriso."

— "arregala os olhos e engole a seco." O que...

??? — "gargalha da garota."

— "passeia lentamente para trás." N-Não... Isso não é real, isso não é real, isso não é...

??? — real? "Sorri."

O medo lhe congelou, paralisando ponto a ponto de seu corpo. Era de seu esperar, aquela era uma das visões mais aterrorizantes que já teve. Lutou contra a própria mente, gritando para seus olhos que eles não enxergavam a verdade. A sombra lhe encarava com o mesmo sorriso no rosto. Ela tampou os olhos, os coçando para limpar a visão, mas o que viu saltar em sua frente foi pior ainda.

— "anda um pouco para trás." Há! Que merda! "Coloca a mão na bainha da nichirin."

??? — acha mesmo que isso vai me tirar da sua mente?

— o que?!

??? — você sabe porque estou diante dos seus olhos "anda alguns passos em direção a garota."

— não se aproxime! "Saca a espada." Não se atreva!

??? — você sabe, que mesmo se me matar, permanecerei na sua mente, porque você não pode deletar a si mesma "Abre a boca para gargalhar." O seu pior inimigo é você mesma S/n! É você quem causa mal a si própria e a tudo ao seu redor, ainda não percebeu que por onde você passa causa desgraça?!

— . . . "Paralisa e desliza os dedos sobre a espada." ( Que merda essa coisa tá falando? )

??? —  você só tem medo de mim porque eu me personifiquei no que pode trazer paz a todos, mas por consequência... "Pega sua katana e a estende para a garota." Acaba com você

— "ri." Ah, é mesmo? ( Que tipo de kekkijutsu é esse? Eu não sinto nenhum traço de hostilidade nessa coisa, mas sinto repulsa e incomodo... )

??? — "tira a espada do cabo."

— "Saca a sua também e se posiciona para atacar."

??? — "começa girar a espada com divertimento." Primeiro, o seu vilarejo, o único que poderia os salvar, trocou vossas vidas para alimentar um mero potro que morreria de fome uma hora ou outra... "Gira a espada para a esquerda."

Agora com uma nova face marcada, se vestiu das vestes de doce avó, aquela que tanto assombrava S/n. Lhe deu o amargo gosto da culpa e a consciência de um peso que carregara. O destino haveria de lhe tirar os pensamentos desse acontecimento, mas agora, tudo retornava como o pretérito fosse o agora. Subia degraus de uma escada de chão, descendo para o centro do solo. Aquele oni poderia talvez não ser de fato hostil ou ofensivo, mas sabia do que estava falando, e este era o ponto chave que lhe fez revirar a cabeça, em nenhum momento aquilo se mostrou como um demônio, então logo presumiu que ele estava certo, pois era sua própria cabeça a sua pior inimiga naquele momento.

— ( vo... Vovó... ) Eu não...

??? — essa relutância novamente? Precisa de mais? Que seja...

Com um balançar da espada, os arredores da menina foram cobertos por névoa outra vez. Seu tremor veio a tona, respiração ofegante, desespero, suor, e uma descarga de nervosismo, mais uma das idiotas crises de ansiedade. Se virou para os lado, dando voltas ao redor de si mesma, procurando qualquer coisa com os olhos. Sentiu algo pingar em sua cabeça, olhou para cima e nada viu. Baixou a cabeça e foi esbofeteada pelo horror novamente, se sentia cada vez mais estúpida por já não ter se acostumado. Corpos estendidos no ar a flutuar, presos por uma corda no pescoço e uma árvore de grandes galhos a segurar um por um. Cortes enfeitavam seus corpos, junto com o sangue e órgãos a escorrer. Estes eram os corpos dos que não conseguiram sobreviver ao exame de caçadores, e mais um peso que silenciosamente a garota carregava.

— "coloca a mão em frente a boca, derramando lágrimas de angústia."

??? — seus erros não são meros deslizes garota, eles causam consequências, e para estes foram a morte!

— NÃO! "Se vira de costas para a cena." Eu nã... N-Não...

??? — que tal este? É mais fresco de processar?

— "põe as mãos na cabeça em desespero." Por favor...

??? — acabe com sua dor? "Saca a espada e a gira, mudando de face novamente." Estou orgulhoso da sua percepção e escolha... "segura firme o cabo da espada." Melhor assim!