YOONKOOK FANFIC |
Yoongi sempre carregou inúmeros desejos desde que se entendia por gente, como alcançar fama global no ballet ou desvendar os mistérios do enigmático garoto da fonte. No entanto, sua genuína curiosidade o conduziu a um futuro aciden...
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Yoongi ~ Sete anos atrás
- Então você só podia estudar em casa? - Jimin perguntou, enquanto seguíamos lentamente pelo corredor da escola.
Ele me guiava pelo caminho, minha mão segurando seu cotovelo.
- Os livros estão em formato de audiobooks - continuou. - Daí, então, o professor vai enviar as anotações do seminário, e o computador vai ler tudo pra você, e...
- É, meus pais vão preferir assim - admiti. - Na verdade, eles queriam que eu tivesse continuado na antiga. Mas preciso aprender a estar perto das pessoas.
Estive frequentando as aulas em Penoir, uma escola para cegos em Seul, por mais de cinco anos. E, por mais que tenha gostado de lá, cercado de pessoas que levavam a vida do mesmo jeito que eu, queria voltar para casa. Queria aprender a viver aqui outra vez e lidar com a pessoa que eu havia me tornado, só que agora em um ambiente normal. Eu sentia falta do cheiro do mar que sempre permeava nossa casa, e também do salão de festas onde eu podia dançar à vontade.
Era para o meu bem, também. Eu queria praticar mais balé e começar a frequentar as aulas outra vez, talvez procurar por algo profissional e com o apoio da família.
- Deve ter sido solitário. - Jimin comentou.
Alguém esbarrou no meu ombro ao passar apressadamente pelo corredor e achei que perderia o equilíbrio por um segundo. Essa era a parte difícil de retornar à escola que eu não ia curtir. Os corredores lotados, os gritos, risadas e burburinhos, além de todos os olhares em mim. Ergui a cabeça torcendo para que desse a impressão de estar relaxado.
- Hum, bem... - debochei. - Não dá pra dizer que eu queria realmente estar cercado de pessoas. Só tenho que aprender a fazer isso de novo.
Ele deu uma risada e se virou para um lado.
- Virando à direita - avisou em um sussurro.
- Na verdade, eu tinha um monte de amigos - continuei, seguindo pelo corredor. - Não era assim tão solitário. Era confortável, acho. Eu irrito minha irmã, então já que ela vai se formar no final deste ano, acho que essa é minha última chance de estar por perto para isso.
Ele riu outra vez.
- Que divertido. Eu sou filho único.
Fiquei imaginando se meus pais me manteriam por perto se eu fosse filho único, ao invés de me mandarem para uma escola distante de forma que outras pessoas cuidassem de mim.
