YOONKOOK FANFIC |
Yoongi sempre carregou inúmeros desejos desde que se entendia por gente, como alcançar fama global no ballet ou desvendar os mistérios do enigmático garoto da fonte. No entanto, sua genuína curiosidade o conduziu a um futuro aciden...
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Yoongi ~
Minhas sapatilhas de balé deslizavam pelo piso de madeira a medida que eu caminhava devagar pelo corredor extenso. As chamas das velas em seus candelabros iluminavam as paredes escuras, e torcia os dedos enquanto olhava todas as portas fechadas à direita e esquerda.
Não gostava dessa casa, nunca gostei daqui.
Mas pelo menos as festas aconteciam a cada duas vezes ao ano - depois dos recitais de verão, em junho, e na estreia do espetáculo anual de O Quebra Nozes, em dezembro. Madame Jiyeon amava o balé e, como benfeitora da minha escola de dança, acreditava ser um "presente para o povo quando desce de seu pedestal de vez em quando para entreter os aldeões, permitindo que entremos em sua casa."
Ou foi isso que eu ouvi minha mãe dizer uma vez.
A casa era tão grande que eu talvez nunca conseguisse conhecê-la inteira, além de ser decorada com coisas sobre quais todo mundo cochichava a respeito, mas, mesmo assim, esse lugar me deixava nervoso. Senti que seria capaz de quebrar algo cada vez que me movia.
E também era muito sombria. Ainda mais hoje, com a casa iluminada apenas pela luz das velas. Acho que talvez seja a maneira que a Madame encontrou de fazer com que o ambiente adquirisse uma aura de sonho, do jeito que ela mesmo se via: surreal, perfeita demais, como se fosse feita de porcelana. Sem ser alguém exatamente de verdade.
Franzi os lábios, pouco antes de gritar:
- Omma?! - Onde ela estava?
Dei um pequeno passo, sem saber ao certo onde estava ou como voltar à festa, mas tinha certeza de ter visto minha mãe subindo as escadas. Acho que havia um terceiro andar, também, mas não fazia ideia de onde a escadaria de acesso se encontrava. Por que ela viria aqui? Todo mundo estava lá embaixo.
Contraí a mandíbula com força a cada passo em que me distanciava da festa. As luzes, vozes e a música desvaneceram, e o corredor silencioso imerso em penumbra, lentamente, me engoliu.
Talvez fosse melhor voltar. Ela vai ficar brava por eu tê-la seguido até aqui.
- Omma? - chamei outra vez, coçando minhas coxas por conta do figurino que usava desde cedo e irritava a minha pele. - Omma?
- Qual é o seu problema, porra? - alguém gritou.
Levei um susto.
- Todo mundo fica desconfortável ao seu redor - o homem continuava - Tudo o que você tem que fazer é ficar quieto lá! Já conversamos sobre isso.
