N/A. COMENTAAAAA NESSA BAGAÇA.
(...)
LUIZA
(...)
Recolhi meus cacos, e juntei meus pedaços em sacolas de plásticos, mesmo que o vazio me devorasse, agora eu precisava fazer amizade com ele, havia uma criança precisando de mim para crescer, era também dali que reunia minhas últimas forças.
--- Mamãe não chola não !
Ele pedia, fazendo biquinho.
Peguei as sacolas, minha bolsa, minhas últimas forças, e a mão do Léo.
Trocamos passos sem rumo na calçada.
Arrastando nossos pertences em sacolas, seguimos para lugar nenhum, percebi uma leve garoa se aproximando, começara a chuviscar, e naquele momento parecia que até a chuva conseguia me machucava.
--- Precisamos estiar ! - disse com a voz trêmula pelo choro.
--- Vem mainha vem !Ele me puxava e eu chorei em meio a chuva, que em segundos engrossou, logo avistei a estação do metrô, decidir que protegeria Léo da chuva, mesmo que chamasse atenção, com minha roupa de cinderela em conjunto com os recentes machucados, e o braço engessado do meu pequeno.
Gastei meu último bilhete entrando na estação, chamando atenção das pessoas alheias, sentamos no último banco, que por sorte estava vazio, não havia muitas pessoas esperando o trem, deve ter passado algum recentemente, então ficamos esperando... O que ? Eu também não sei, talvez um milagre.
Tomei em mãos meu aparelho celular quase descarregando e liguei para Eduarda.
Era sim uma esperança.
Mas deu fora de área ou desligado.
"Por que ? Quando a gente mais precisa, parece que todos somem"?
As lágrimas escapavam dos seus olhos sem minha permissão, mas não queria que ninguém me visse chorando, por isso sempre evitei chorar, tinha medo de desabar e não conseguir mais parar, até me ver afogada em todas as lágrimas que não chorei.
Eu nunca fui de chorar perto do meu filho, sempre segurei as pontas, mas dessa vez eu desabava, ele me abraçava tentando me consolar, seus pequenos bracinhos me envolviam de lado.
--- Não chola mamãe ! - ele pedia com voz manhosa. --- D-desculpa. - pedi em meio ao fungo tentando parar de chorar mas eu não conseguia, este sempre foi meu medo, começar chorar e abrir as comportas da minha alma, deixando vazar todos os choros á tempos reprimidos.
--- Mas não precisa cholar mamãe, óia, eu vou orar, voxe disse que quando tamos tistis temos que orar né ?
Ele juntou as mãozinhas entrelaçando e olhou pro teto daquela estação semi vazia.
--- Papai no céu, ajuda minha mamãe ficar contente, pois ela tá muito tisti, obligado !
Eu rir em meio as lágrimas, tão pequeno e tão forte, ele não merecia uma mãe como eu, não merecia tá passando por nada dessa humilhação, de repente uma forte luz anunciava a chegada do metrô, e então eu percebi que estava anoitecendo, o metro provavelmente virá lotado.
Maltrapilha do jeito que me sentia, eu tinha medo de alguém achar que sou uma drogada, maltratando uma criança, e me denunciar para o conselho naquele momento, minha mente pregando peças, me deixara em pânico.
Mas eu precisava me recompor.
Limpei minhas lágrimas enquanto as pessoas desciam do metrô, mas ainda sentia meu rosto sequelado pela queda, procurei meu celular para examinar meu arranhão, e vi uma silhueta se aproximar da gente, com uma mochila na frente ao invés de estar nas costas, se antes meu coração estava acelerado, agora ameaça saltar pela boca.
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༺༻ᴀ ᴄɪɴᴅᴇʀᴇʟᴀ ᴅᴏ ᴍᴇᴜ ʙᴀɪʀʀᴏ G&P༺༻👅 🔥
Fanfiction★彡[ɴᴏᴠᴏ]彡★ [ᴀʜ ᴏ ᴀᴍᴏʀ... ꜱᴇᴍᴘʀᴇ ᴀᴄᴏɴᴛᴇᴄᴇɴᴅᴏ, Qᴜᴀɴᴅᴏ ᴍᴇɴᴏꜱ ꜱᴇ ᴇꜱᴘᴇʀᴀ, ᴍᴀꜱ Qᴜᴀɴᴅᴏ ᴍᴀɪꜱ ꜱᴇ ᴘʀᴇᴄɪꜱᴀ.] Luiza Reis é uma mãe solteira morando de favor com a bruxa da sua tia, e nas horas vagas, trabalha animando festas infantis, mas um incidente no metrô...