{Ordem Cronológica: 1°} Antes de Cristo.
Há muitos anos, quando os deuses ainda andavam junto aos homens, as Guerreiras Amazonas de uma ilha paradisíaca foram confiadas por Atena a protegerem uma joia de imenso poder, o Coração de Gaia. Mas mal sabi...
"Dois caminhos distintos, mas que estão lado a lado e prontos para serem escolhidos..."
Com a notícia da prisão de Antíope se espalhando pela ilha, as Amazonas do Norte se revoltam e viajam até a capital, Themyscira, para uma tentativa de pressionar a rainha para mudar o acordo do tratado assinado.
A rainha Hipólita e Philippus veem juntas a greve lá em baixo. Elas estão na sacada do palácio, lugar favorito de Hipólita para pegar um ar fresco, quando não pode deixar seus aposentos. Agora está servindo para ver mais incômodo do que descanso.
— Encontraram ela?
Diz Hipólita, ainda olhando para o caos em baixo. Philippus suspira, e fala que Pentesileia ainda está desaparecida após o ataque. Novas patrulhas estão sendo enviadas para manter uma vigia contínua no templo, nas terras do reino e no recém inaugurado porto de embarque e desembarque.
— Isso parece mais uma armadilha do que uma tentativa frustrada de roubar a gema!
Fala Hipólita, em um tom dramático. Ela olha para Philippus e pede para que ela reúna as líderes novamente para um conselho de guerra, elas precisam se preparar agora para o pior, mas antes, ela irá até sua irmã detida.
— Peça que as outras montem uma linha defensiva, reúna as themysciranas para protegerem os civis!
Fala Hipólita, deixando Philippus com as novas ordens.
Depois de uma longa caminhada pelo castelo, a rainha finalmente chega nas masmorras, onde sua irmã está sendo mantida. Hipólita chega caminhando normalmente, com os braços cruzados, olhando para o chão enquanto se aproxima de Antíope.
— Eu já me entreguei, não foi?
Diz Antíope.
— E quanto as suas seguidoras, como faço para encerrar esse debate de uma vez?
Fala Hipólita, olhando agora diretamente para ela. Antíope percebe onde a sua irmã quer chegar, mas confessa que sua liberdade é apenas um dos acertos que elas querem, o outro seria a entrega da jóia, caso contrário, elas irão tentar toma-la a força.
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Hipólita se estressa um pouco, pedindo para que ela saísse das provocações e brincadeiras e falasse a verdade. Antíope diz que está falando tudo o que é para ela ouvir, ela sabe do poder que a joia tem, Menalippe, irmã tanto de Antíope quanto de Hipólita, lhe contou tudo. A rainha fica um pouco em choque ao saber, mas quem imaginaria que Antíope chegaria ao ponto de declarar guerra contra suas próprias irmãs, se aliando com uma rebelde.
— Se ela lhe contou, deve saber também que só há dois caminhos para seguir, prosperidade e destruição!
Fala Hipólita, elevando sua voz. Antíope diz saber dos dois lados da moeda, e que Hipólita não foi a única a saber das visões terríveis que Menalippe vem tendo. Ela viu Themyscira queimar e só a jóia terá poder o suficiente para salvar todo reino.
— EU JÁ DISSE QUE NÃO!
Grita Hipólita, dando as costas para sair. Antíope se remexe, chamando sua irmã de inocente, e que pode colocar tudo a perder caso não tome uma decisão de imediato.
Lá fora, Faruka usa suas guerreiras para montar uma linha defensiva, algo que incomoda as Amazonas do Norte, deixando elas mais alteradas, em algumas circunstâncias, partindo para a agressão. Menalippe também envia suas tropas para auxiliar na tentativa de acalmar a revolta lá fora. E com as forças das três facções combinadas, o clima vai amenizando aos poucos.
No entardecer, as líderes se reúnem novamente no grande salão para um conselho de guerra. Elas se sentam e a rainha já dá início ao assunto a ser discutido, uma eminente guerra civil.
— Minhas queridas irmãs de sangue, sabemos em primeira mão o que uma de nós fez, uma traição sem perdão contra tudo aquilo que desejamos cumprir e honrar! Mas, há algo mais nessa equação que não sabemos direito.
Ao ouvirem as palavras de Hipólita, as líderes cochicham entre si, e a rainha fica esperando uma resposta. Depois de um tempo, sugestões para novos postos avançados, dessa vez, no porto, poderiam servir de utilidade, as themysciranas poderiam executar essa tarefa, pela proximidade. Enquanto o templo fica sob guarda das guardiãs de areia e das sacerdotisas de Gaia. Uma combinação de duas tropas que vem dando certo.
Hipólita dá a palavra final, se orgulhando do comprometimento nesse momento difícil que o reino se encontra com tanta falta de fé, juntas serão mais fortes, com ou sem a jóia. No fim da reunião, Hipólita vai até Menalippe e pede para que ela fosse ir arrancar respostas de Antíope, já que ela é a única das três irmãs que ela confia e dar ouvidos.
Seguindo as orientações da rainha, Menalippe desce até às masmorras. Ao se aproximar, Antíope já levanta seu rosto para receber sua irmã. Menalippe expressa que veio conversar para entender o motivo de todo esse caos. Ela diz que suas visões podem revelar sobre eventos futuros, e que por isso, podem ser evitados, ela só precisa encontrar a chave para que isso seja consertado.
Antíope parece compreender a situação e estende sua mão para ela segurar. Assim que Menalippe as toca, ela sente uma sensação estranha novamente, uma aura pesada vindo de sua irmã. Ela por sua vez, ao perceber o desconforto de Menalippe, segura fortemente sua mão para que não solte, e então, Antíope se envolve em uma nuvem de fumaça púrpura, e toma a forma de uma mulher de cabelos escuros e de pele morena, seus olhos brilham a cor roxa, hipnotizando Menalippe.
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"O mal se liberta, o estopim para o início de todo caos, começou..."
