bitter sweet symphony

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Os dois se entreolharam dando risinhos envergonhados.

- Desculpa, eu... - Ele sussurrou mas ela o interrompeu, pegando sua mão de leve.

- Tá tudo bem. Eu queria - Ela se afastou um pouco dele, ouvindo os passos pesados na escada de madeira. Era seu pai.

- Pessoal, o que vocês tão fazendo acordados? é 1:20 da manhã!

Danilo apontou para a camiseta que ele havia dado para Lena.

- Queria dar um presente pra Lena... Mas já estou de saída, Theo - Danilo beijou a bochecha dela na frente do pai dela - Boa noite, aniversariante.

Theo olhava incrédulo para o garoto com as mãos na cintura. Lena segurava uma risadinha.

- Vai dormir, Danilo, tu tem jogo de tarde.

- Ok chefe - Lena tinha certeza que se Danilo não morasse no mesmo teto de Theodoro, ele chamaria ele de sogro. Lena se levantou, segurando firme a camiseta da Argentina. Theo abraçou sua filhinha e beijou o cabelo dela.

- Catorze anos, minha guriazinha... - Ele apertou ela - Feliz aniversário, meu bebêzinho!

- Pai... Não é pra tanto!

•°•°•°•°•

Sábado era o dia favorito de Lena, pelo menos, quando ela estava de folga. Ela costumava a ir ver Danilo e Carlos jogarem. Esquema 4-4-2, onde dois atacantes jogavam juntos.

Danilo mesmo perdendo o campeonato para Carlos, conseguiu ser convocado para o time da seleção Argentina. Foi uma decisão fácil pro garoto, afinal, pouco se lembrava de como era o Uruguai. Sua casa era Buenos Aires e sempre havia sido.

Lena estava na arquibancada com sua camiseta "Sánchez" em homenagem a ele. Havia levado sua câmera fotográfica de filme para registrar as fotos da final.

O jogo era contra o Brasil e Theodoro só havia liberado a torcida de Lena pra Argentina por conta de Dani. Por sorte, o time do Brasil estava fraquíssimo.

No primeiro gol da Argentina, feito por Danilo, ele mostrou quatro dedos, assoprou como se fosse velas e por fim fez um coraçãozinho. Ele havia dedicado o gol pra ela.

A partida acabou em 3x1 para a Argentina. Um grande presente de aniversário para a Lena com direito de um golaço marcado pelos seus dois melhores amigos. Os meninos comemoraram com seus colegas e comissão técnica a grande conquista da “base da seleção argentina”. A Sub-15 era um enorme espaço para os meninos serem divugados para times com mais expressão ou pra times estrangeiros.

Quando a organização do estádio permitiu a entrada dos familiares para a comemoração, Leonora procurou Danilo entre as dezenas de pessoas em campo, até achar um menino magrelo com uma taça enorme no colo. No mesmo segundo que Danilo viu Lena, ele empurrou a taça para Carlos e sentiu Lena pular em seu colo. Obviamente os dois quase caíram, mas ela rapidamente botou seus all-stars azuis no gramado.

– Tu conseguiu! – Ela segurou o rosto dele e voltou a abraça-lo. Carlos segurava a taça com os olhos arregalados.

– É, consegui – Danilo deu um tapinha nas costas de Lena. Os colegas de Danilo passavam e assobiavam para o "casalzinho". Lena parou de abraçar Danilo e olhou para Carlos.

– Carlito! – Ela abraçou Carlos, que empurrou a taça pra Danilo que logo foi roubada pelo goleiro do time – Parabéns amigo.

Naquele momento os pais de Lena chegaram. Theodoro quase pegou Danilo no colo de tanto orgulho de sentia dele. Martina conversava com a tia-mãe de Carlos.

CASSINO ★ Danilo SánchezOnde histórias criam vida. Descubra agora