A decisão

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Depois do anúncio do nosso namoro senti como minha vida havia tomado um rumo diferente, eu sentia que era para melhor, mas em alguns momentos eu tinha certeza que era pra pior. Fomos inundados de muito amor e apoio por parte dos fãs, de amigos, colegas de profissão e claro de nossos familiares. Outrora, me atacavam, depois do anúncio. Mas tudo bem, depois de tudo que eu havia passado, não seriam más comentários que arruinariam minha caminhada.

Uma manhã fria, Itu.

— Papai me disse que não me quer perto do tio Edu.

— E porquê não, filho?

— Ele tem ciúmes! - disse ele ainda distraído com seu carrinho preto - e também disse que não vai deixar que vocês sejam felizes. - ele me olha - mas isso não é legal, não é mamãe?

— Seu pai só fala bobagens meu amor. O Edu é um amor com você e comigo, ele te leva para tomar sorvetes com a Duda, te leva no zoológico, e ainda leva a gente pra andar no helicóptero e até no cavalo da fazenda dele. Papai está com ciúmes, mas você não pode deixar que esse sentimento não muito legal dele te impeça de se divertir com o titio Edu. Promete? - o beijo.

— Prometo. - ele me olha e sorri.

— Atrapalho?

Vejo Eduardo chegando segurando a mão de sua primogênita.

Ele usava uma calça social com uma blusa branca na parte de cima, a menina usava um macacão florido com uma jaqueta jeans por cima, seu cabelo estava amarrado em forma de trança e levava uma sandália branca nos pés, estava linda. O olho dos pés para cima, ele estava incrivelmente gostoso, e nas suas mãos trazia um ramo de flores margaridas.

— Claro que não! - me aproximo e o beijo - sejam bem-vindos.

Abaixo-me um pouco e comprimento a menina.

— Tudo bem Duda? - a beijo na bochecha - você está linda.

— Obrigada tia Ana, a senhora também.

— Filho, vem falar com o pessoal.

— Vem garotão! - Edu o chama com o indicador - hoje tenho uma coisa bem bacana para você e a Eduarda fazerem juntos. - ele pões as mãos apoiadas  sobre os ombros de meu menino, que estava de costas para ele  - tenho certeza que você vai amar.

— O quê?

— Escalada. - Eduarda responde - e você vai amar!

— Tenho certeza - ele sorri simpático - que não - faz uma cara séria e bastante feia.

— Alexandre!!! - o repreendo - a Duda está sendo simpática, te convidando para fazer escalada com ela... - ele fica em silêncio - poxa, você adora aventuras e adora brincar com ela. - o viro de frente pra mim e me abaixo para ficar na sua altura - olhe para eles e peça desculpa!

Ele fecha os olhos e balança a cabeça negativamente me contrariando.

— Você não gosta de escaladas pequeno? - Eduardo o indaga calmamente.

Mas o silêncio predomina. 

— Alexandre Hickmann... - o olho séria mais uma vez - abra os olhos.

Como se não fosse suficiente ele tapa os ouvidos e corre em direção ao jardim. 

— Deixa ele amor!!!- ele segura meus ombros e os acaricia - é um momento complicado para nós adultos, imagina para ele. Alexandre é apenas uma criança no meio desse furação.

Infinito RecomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora