Fugitivos

Capitulo 15 (POV: REMUS)

  Eu não acho que a Nancy seja capaz de fazer algo terrível, mas também não acho possível que ela tenha decidido parar de tentar entrar em contato comigo depois do meu "sequestro".

  Eu tenho guardado esses pensamentos pra mim, mas é óbvio que Sirius percebe que tenho pensado muito.

  Um dia depois do ocorrido, eu acordo abraçado com ele, com as mesmas roupas de ontem. Nem nos demos o trabalho de colocar com pijama, pois eu não queria, me maneira alguma, sair daquela posição com ele.

  Sigo descansando por alguns minutos, fazendo carinho do seu cabelo. Depois de alguns meses morando com ele, percebi que ele realmente gosta de cuidar desse cabelo. E não é à toa, pois agora percebo que ele é realmente muito brilhante e macio.

  Percebo um sorriso fraco nos lábios de Sirius.

-Está fingindo dormir?

  O sorriso dele aumenta.

-Pensei que não tinha notado. - Ele responde, abrindo os olhos.

  E que olhos.

-Eu não notaria, se não fosse você rindo sozinho aí. Esquisofrênico.

  Ele me dá um tapinha no peito. Do tipo que não realmente dói, mas como um castigo.

  Sorrio e massageio ali, como se doesse.

-Não estava rindo sozinho. Só estava gostando do carinho. E por que você parou? - Diz ele, me repreendendo com um segundo tapinha.

-Ah, sim senhor. - Respondo, voltando a acaricia-lo.

  Ele aproxima seus lábios dos meus, onde damos alguns beijos lentos, cheio de dengo.

Em minutos doces, trocamos beijos e murmuros. Eu abraço o seu tronco e encosto nossos corpos. Beija-lo é tão gostoso que eu poderia me viciar nisso. Todo toque e carícia me faz pensar que talvez eu esteja sonhando.

Sorrio, encostando minha boca no seu pescoço.

-Você me deixa maluco de amor - Murmuro, inalando o seu aroma doce de perfume francês. - Me deixa tão doido, Sirius, eu juro por Deus. Cometeria loucuras por você.

Ele murmura um gemido, como se estivesse choramingando, quando eu dou um beijo suave no seu pescoço, próximo ao seu maxilar.

-E o que mais? - Ele me pede pra continuar, colocando sua mão suavemente atrás da minha nuca.

Sorrio, feliz sabendo o quanto ele gosta de ser mimado com palavras doces.

-Eu quero ser a única pessoa na sua vida. Me fala, Sirius. Você já teve outras?

Ele fica calado por um breve instante. A resposta fica explícita e eu me sinto enciumado, embora seja óbvio que eu sou o único agora.

-Eu-

-Eu te amo mais - digo, passando a mão pela sua cintura. - Mais do que qualquer pessoa que tenha ficado com você antes.

-...Não foi grande coisa, sabe?

Ainda estou sorrindo.

-Me diz que eu sou melhor - Peço, num tom levemente suplicante.

Do jeito que ele gosta.

  Do jeito como eu me sinto.

Ele usa aquela mão na minha nuca para me aproximar dele, deixando um breve selinho dos meus lábios.

-Você é melhor. Mil vezes melhor.

-Que eu te amo melhor.

-Sim - Ele responde.