Capitulo 2 (POV: SIRIUS)

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-Eu ainda não entendo porque você não pode agir como um ser humano normal e entrar pela porta da sua própria casa - Remus comenta.

-Assim é mais divertido - brinco.

A a verdade é que não posso dar de cara com eles.

Da última vez a minha mãe me espancou até eu desmaiar. Não posso mais viver assim.

-Me da pésinho - peço.

Nos aproximamos da janela do meu quarto e ele me dá pésinho, me impulsionando pra cima.

Me sento no parapeito da janela, abro-a, entro e jogo a cortina para que Remus possa escalar.

-Escala aí - sussurro alto.

Remus me olha como se eu fosse um idiota.

-Tá achando que isso aqui é um filme de espionagem?

-Sobe logo!

Ele suspira fundo e começa a escalar a cortina. Quando chega ao parapeito da janela, dou a mão pra que ele possa entrar no quarto.

Assim que estamos dentro, pego uma mochila e começo a tacar um monte de coisas dentro. Roupas, desodorante, documentos...

Remus pega outra mochila e começa a fazer o mesmo.

-Eu pego travesseiro? - ele pergunta.

-Pega. Pode ir jogando pela janela.

Jogamos algumas coisas pela janela e chamo Remus para ir para a cozinha comigo.

-Vem! - sussurro - Cuidado com a escada.

-Por que essa casa tinha que ser tão grande? A gente vai demorar um ano pra chegar nessa cozinha - ele responde, sussurrando.

-Você vai gostar das panelas, senhor Dona de Casa.

Remus ri da minha piada.

-Idiota - xinga baixinho.

Quando chegamos na cozinha, ficamos mais barulhentos. É difícil roubar panelas sem que elas batam umas nas outras.

Tento tampar a minha boca pra conter a risada, porque isso é estranhamente divertido.

Acho que Remus também está achando legal, ele não tira o sorriso da cara.

Acho que é culpa dessa adrenalina toda que é invadir uma casa.

Roubamos umas cinco panelas, alguns copos, um tanto de comida, talheres e pratos e corremos de volta para o meu quarto.

-Falta alguma coisa?

-Não - respondo.

-E o dinheiro?

Mostra a bolsa que peguei na cozinha.

-O que é isso?

-Meu pai é político e desvia dinheiro. Temos um monte de dinheiro vivo por aqui.

Remus levanta as sobrancelhas e começa a rir.

-Que foi? - pergunto começando a sorrir.

-Você falou isso com tanta naturalidade - responde ele, tentando gargalhar baixo.

-Shiuuu - digo, tampando a sua boca com força.

Remus cai pra trás, encima da minha cama, e eu acabo caindo encima dele.

Mas ele não para de gargalhar.

-Ei ei ei! - sussurro rindo - Mais baixo, mais baixo.

Sinto seus músculos embaixo de mim. Ele é bem forte.

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