The Game - Jujutsu Kaisen

Gojo.

— Elektra do céu!! O que fizeram com você? – A voz de Maxine chega aos meus ouvidos assim que entro em um dos camarins do clube

— Ah, vai, não tá tão ruim assim né?

— Tenho até medo de perguntar como isso foi feito, olha só essas marcas… – Ela passa os dedos sobre os vergões vermelhos do meu braço que a blusa não deu conta de cobrir — Sam vem ver isso aqui, foi shibari né?

— Os melhores nós que eu já vi na vida Maxine, os melhores!! Mas não vim aqui falar das minhas transas, vim buscar umas coisas e ver quando vai ser a próxima noite de eventos

— Pensei que estivesse jogando, vai dançar ao mesmo tempo? – Sam se junta a conversa

— Não sei na verdade, mas melhor prevenir né, ainda preciso de dinheiro.

As meninas eram boas amigas. Nunca tive muitas pessoas próximas o suficiente para chamá-las de amigas, invictus também me deu isso. Não querendo prolongar ainda mais minha estada ali, pego uma mochila de roupas que tinha deixado aqui dias atrás e parto para minha casa. A noite de ontem tinha sido muito intensa e apenas a ótima noite de sono ao lado de Nanami não tinha sido o suficiente para meu corpo recuperar suas energias. E eu sentia que precisava me recuperar logo, a qualquer momento outro deles podia vir até mim e fazer sabe se lá o que.

Tinha riscado apenas um da lista, mas ainda tinha mais quatro esperando o momento certo para me possuir. Eu seria uma tremenda mentirosa se dissesse que não estava ansiosa por isso.

Dois dias depois, uma mensagem no meu celular me fez sorrir. Era um novo endereço e hora marcada para eu estar lá. Desmarquei minha presença no clube essa noite e corri para o banho, eu queria estar perfeita para a noite então não economizei no meu autocuidado, usando meus produtos caros para ficar com a pele macia e cheirosa.

Como não sabia onde o endereço me levaria, optei por uma roupa que estava entre o casual e o social. O vestido azul marinho abraçava minhas curvas perfeitamente, por ser um modelo tomara que caia meus ombros e colo ficavam expostos e trazia toda a aura sensual que eu queria para a ocasião. Perto do horário marcado chamei um motorista de aplicativo, fazendo diferente da primeira noite em que eu mesma dirigi a residência do Nanami.

Não contive minha surpresa ao ver um prédio universitário e constatar que sim, era o endereço certo. Adentrei confusa e curiosa, vendo alguns alunos transitando por ali e me encarando com curiosidade. Devia estar se perguntando o que estava fazendo aqui, arrumada desse jeito e sinceramente? Eu também estava me perguntando o mesmo.

Para minha sorte um homem alto e bem vestido parou na minha frente e entregou uma caixa. Sem dizer uma palavra ele me deixou ali com aquele pacote e foi embora. Corri para sentar em um banco e abri a caixa, vendo peças de roupas e uma carta.

“Iria adorar ver como está vestida agora, querida. Mas hoje será do meu jeito, se troque e venha para a sala 147. Estarei esperando.       — Satoru Gojo”

Minha surpresa só não foi maior que a cara de espanto ao ver a roupa que ele mandou que vestisse. Porra, eu a absoluta certeza de se eu fosse aluna dessa universidade eu levaria uma advertência pela falta de decência nas vestimentas. Me olhava no espelho tentando de algum jeito ajustar a saia para que cobrisse toda a minha bunda e os botões da camisa social pareciam lutar bravamente para se manterem fechados. Era a porra de uma fantasia, estava vestida como uma colegial. Uma colegial muito, muito sem vergonha e promíscua.

A mini saia era quadriculada e era tão curta que a minha calcinha ficaria à mostra de todos em um único movimento errado. A blusa era branca e tinha uma gravata fina, azul no mesmo tom da saia. Meias ⅞ também faziam parte do meu figurino e felizmente o salto que estava usando era um sapato fechado ou ficaria ainda mais estranho. Meu rosto estava fervendo e foi assim que saí do banheiro, corada de vergonha. Muitos olhares lascivos foram lançados a mim e com muito esforço consegui achar a sala 147. O jogo dele havia começado assim que a caixa foi entregue, me expor para desconhecidos vestida daquela maneira era proposital do Satoru.