Sukuna.

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Todos já devem ter ouvido a famosa frase “Você só dá valor quando perde” e sim, concordo com a frase. Entretanto, por que ninguém nunca falou do quanto é desesperador ter consciência que vai perder algo que você deu valor desde o início? Ou por que não fala como o coração é fácil de se envolver quando seu corpo e mente se jogam de cabeça em uma aventura que desde seu início tinha um prazo de validade? 

Eu não estava sofrendo, longe de mim. Fui uma mulher que conheceu o que é verdadeiro sofrimento, coisas consideradas grandes por outras não me afetam facilmente. Mesmo tendo a mente blindada não posso evitar que o desanimo tome conta de mim ao lembrar que apenas mais uma noite e tudo que tive escapará de minhas mãos e que eu não posso fazer nada pois tem a porra da minha assinatura em um acordo que topei de bom grado.

Até pediria por mais noites de jogos com eles, até poderia ser ousada o bastante para pedir por dois deles ao mesmo tempo, ou quem sabe, todos os cinco. Mas eu estava a tempo demais dentro de Invictus para saber como funcionam os jogos. Também não podia me dar o luxo de ter a exclusividade deles por muito mais tempo do que me foi dado, muita gente cairia matando pra cima deles quando isso se encerrasse. E de mim também óbvio, não sou dada a falsa modéstia, tenho plena ciência que sou linda e muito desejável para a maioria dos frequentadores do clube. E ainda assim, eu preferiria eles. Eu ainda escolheria eles em meio a tantas opções.

Três dias se passaram e meus pensamentos estavam me torturando ainda mais. Esperava uma mensagem vinda deles com a mesma intensidade que eu não queria que me mandassem agora, justamente para prolongar mais um pouco aquilo que tínhamos. No quarto dia, estava no clube ajudando as meninas com suas maquiagens para a noite. Maxine sabia que eu estava estranha, mas ela me conhecia o suficiente pra não tocar no assunto, o que agradeci mentalmente. 

— Caramba Elektra, você se machucou? – Louise olha para um arranhão no meu braço 

— Aham, eu sou taaao desastrada – Max não segura a risada alta com minha resposta

— Tenho medo de perguntar o que te aconteceu 

— Então não pergunte – Digo sorrindo — Onde está a

— Senhorita Elektra? – Um cara que costumava ficar de barman me chama, com um pacote em mãos — É para você 

Agradeço e me viro de costas para as meninas, não querendo que elas vejam que estou afetada. Qual é, eu tinha uma postura de bandida má a zelar. Abro a caixa e vejo o bilhete que tem ali dentro, suspirando ao ver a letra bonita.

“Use hoje a noite, meu bem. Faremos uma visitinha a você.    Atenciosamente, Seus Homens.” 

— Porra

Estava tão inerte em meus pensamentos que só percebi que Sam, Max e Louise estão olhando para o que ganhei apenas quando elas reagem às palavras escritas. Suspiro fundo ignorando as batidas aceleradas do meu coração e lanço um sorriso lascivo para minhas amigas. 

— Parece que vou ajudar vocês no bar hoje lindas

— Isso ai vadia sortuda!!!

Tratei logo de me arrumar e experimentar o vestido lindíssimo que havia acabado de ganhar. Era de seda em um vermelho vivo, caía perfeitamente em meu corpo realçando minhas curvas, o decote não era grande mas deixava meus seios bem desenhados e os realçava. Soltei meu cabelo repartindo-o no meio, minha maquiagem era muito básica tendo como ponto de destaque minha boca pintada em um vermelho intenso para combinar com o vestido. Um par de saltos e eu estava pronta para o que quer que a noite tivesse para me proporcionar.

A música já tocava alto no salão principal, as meninas já se espalharam e iam até alguns frequentadores que já haviam chegado. Optei por ficar atrás da bancada de um dos bares junto com Maxine e Louise. Conforme as horas iam passando a casa ia enchendo e eu já tinha experimentado um dos drinks inusitados de Max e dado bastante risada. Eu estava morrendo de saudades disso. 

The Game - Jujutsu KaisenOnde histórias criam vida. Descubra agora