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Os próximos dias conseguem, de alguma maneira, ser ainda piores do que eu achei que seriam

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Os próximos dias conseguem, de alguma maneira, ser ainda piores do que eu achei que seriam.

O colégio parece vazio sem a Sabrina aqui e, como eu esperava, fiquei tempo demais procurando por ela no Google.
Até configurei um alerta, o que parece um tipo especial de atitude patética.

Toda vez que falo com o meu pai por Skype percebo que ele sabe que algo aconteceu, mas eu ponho a culpa da minha tristeza geral no colégio, no clima, em estar com saudades de casa, o que é verdadeiro em parte. Voltar para casa no Natal parece muito bom agora, e começo a contar os dias com uma grande caneta vermelha em meu calendário.

Mas ainda tenho vinte e nove dias pela frente, e agora me arrasto de volta para meu quarto depois de uma aula à tarde e jogo a mochila sobre a cama.

Com um suspiro - de uns tempos para cá me tornei a campeã dos suspiros -, abro o notebook. Tem um e-mail do Louis, uma chamada perdida por Skype do meu pai e...
Outra mensagem da Tate pelo Hangout.
Essa diz apenas:

- "Pensei em você hoje. Espero que esteja se divertindo aí na bela Escócial"

A mensagem foi enviada há apenas três minutos e, sem me deixar pensar demais sobre o que responder, eu respondo:

- "Oi. Sim, as coisas estão boas por aqui."

Ela responde em um instante.

- "Muitos unicórnios?"

Sorrindo, eu digito de volta:

- "Uma surpreendente falta deles, infelizmente."

E ela responde:

- "Que pena!"

Encaro a tela, imaginando o que dizer em seguida, quando chega outra mensagem.

- "Saudades."

O cursor fica piscando na tela. Essas palavras da Tate são definitivamente bem-vindas, e percebo que sinto saudades dela também.
Mas... não como eu sentia antes. Eu sinto falta da minha amiga Tate, não da minha quase-namorada Tate. Porque, por mais que eu tenha sentido algo real por ela - e por mais que vê-la de volta com Joshua tenha sido muito doloroso -, sempre estive na corda bamba com ela. Eu nunca soube o que a gente realmente era ou como ela se sentia, não importava o que Tate dizia sobre sermos um "nós".

Sabrina não havia nos chamado de nós, mas eu sentia que éramos.

Meus dedos se movem velozes.
Não estou mais com raiva. Sobre o que aconteceu nesse verão. Eu nem sei se estava brava, eu acho.

Machucada? Não sei. Mas eu gostaria que fôssemos amigas novamente, se for possível.

E então, após um momento, acrescento:

Sua alteza real (Livbrina/salivia)Onde histórias criam vida. Descubra agora