Engfa ficou ao lado de Daad, que estava de pé ao lado da mesa, enquanto Charlotte, de forma mais calma, se sentou no lado oposto da sala, observando a situação com um semblante descontraído. Júlio, sem pressa, simplesmente se sentou em um dos sofás e cruzou os braços. Ele tinha um grande respeito pelos Austin, então a presença de Charlotte lhe garantia um pouco mais de paciência.
"Estou esperando, Plaifa!" disse ele com um tom de autoridade.
Johnny permanecia ao lado de Júlio, amordaçado e com um saco preto sobre a cabeça, claramente desconfortável com a situação. Engfa trocou um olhar preocupado com Daad, indicando que era hora de agir.
Daad, sentindo a pressão, respirou fundo e olhou para Júlio, que mantinha uma expectativa evidente em seu rosto. E depois para Johnny, tudo que ela queria era saber se ele estava bem embaixo daquele saco.
"Eu preciso ir ao banheiro," disse Daad, de supetão, se virando para Engfa. Que a olhou com surpresa, como se ela fosse louca.
Júlio, impaciente, rolou os olhos e fez um gesto brusco com a mão. "Vai logo, Mas não demore."
Daad saiu da sala rapidamente, sentindo os olhares intensos sobre ela enquanto se afastava, mas seu passo era acelerado e nervoso. Quando chegou ao banheiro, fechou a porta com um baque surdo e se apoiou na pia.
Olhou para seu reflexo no espelho, seus olhos ainda dilatados pelo efeito da cocaína que ela jurou não ter consumido. Precisava se acalmar, mas sabia que isso não iria acontecer. Com mãos trêmulas, colocou a mão no meio do seios e tirou um pequeno saquinho, com um conteúdo branco.
Enquanto isso, na sala, Júlio olhava impacientemente para o relógio. Ele estava começando a perder a paciência, e o clima pesado da situação só aumentava a tensão. Charlotte, no entanto, parecia tranquila, quase despreocupada, sentada confortavelmente enquanto observava tudo.
Engfa, do outro lado, observava Johnny ainda encapuzado, ela estava alerta, tentando manter as coisas sob controle. Ela sabia que Daad estava a ponto de fazer algo imprevisível, e isso a preocupava.
"Quanto tempo mais ela vai demorar?" Júlio perguntou, impaciente, enquanto se levantava do sofá e começava a andar pela sala. "Não tenho o dia todo, sabe?"
Charlotte sorriu levemente, tentando dissipar a tensão. "Sabe como é, Ontorio. Às vezes as coisas demoram mais do que esperamos."
Júlio a olhou, tentando camuflar seu desdém.
"Espero que isso não seja uma manobra para ganhar tempo Austin. Não sou um homem paciente."
No banheiro, Daad estava cada vez mais fora de si. Após consumir mais uma dose, ela começou a rir sozinha, o som ecoando pelo pequeno espaço.
De volta à sala, Júlio estava começando a perder a paciência de vez. Ele olhou para Engfa, seus olhos duros, tentando intimidar a caçula.
"Se ela não voltar em cinco minutos, eu vou atrás dela."
Engfa não gostou da forma que ele falou aquilo, sua vontade era afundar a cara dele pra dentro do cranio, mas manteve a calma pois sabia que qualquer passo mal dado, seria critico.
Foi nesse momento que Daad entrou porta a dentro.
Sua expressão um misto de excitação e loucura. Ela parecia estar em outro mundo, mas determinada.
"Júlio," ela começou, sua voz mais alta do que o necessário, "desculpa por qualquer coisa." Sua boca tremia enquanto tentava soar sincera, mas havia um tom de sarcasmo mal disfarçado em suas palavras.
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Herança
FanfictionUma herança Uma aliança Uma terra fértil Ou Onde a Sargento Engfa Waraha volta pra casa para a leitura do testamento do seu pai e uma série de desaventuras acontecem após conhecer Charlotte Austin.