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-SERENA-

Encontrava-me sentada na minha cama, estava perdida em meus pensamentos quando me dou conta que me chamavam, olho para a porta do quarto e encontro Margaret Stoker, diretora do orfanato em que eu residia.

–Boa tarde, Diretora Margaret.

–Serena, chegou o seu dia de sorte, encontrou uma família que a quer ver, vista a sua roupa e encontre-me na entrada, não demore.

– Claro Sra.Margaret, descerei num instante.

Corri desesperada para o armário partilhado escolher a minha melhor roupa, afinal chegou o meu dia de sair deste inferno...Estou nervosa e com medo, e se eles não me aceitarem? Se não gostarem da minha personalidade? Ou até mesmo da minha aparência?
Decidi descer, não podia deixar que os meus pensamentos me corroessem de tal forma. Quando me dei conta já estava a ouvir da diretora.

–Da próxima não demore, não temos a sua vida, menina serena.

Ignorei totalmente e cumprimentei a senhora e o senhor à minha frente.

–Boa tarde, chamo-me Serena Santoro.

–Oh, Boa tarde, o meu nome é Anna e o do meu marido é Norman, é ainda mais encantadora do que pensei.

–Muito obrigada pelo elogio.

–Bom, vamos dar uma volta enquanto falamos sobre você, menina Serena, ainda temos uns papéis para assinar.— Margaret disse de forma ignorante-

Enquanto caminhávamos ouvimos o som de piano, já até imaginava quem era, Rigel, o dono daqueles olhos escuros que me provocavam arrepios toda vez que olhava neles.
Caminhamos até ao salão onde ele se encontrava, odeio admitir que ele é extremamente atraente e bonito mas nada disso muda o que ele sente sobre mim, aqueles olhares de ódio que nunca vou esquecer.
Fui acordada dos meus pensamentos pela voz de Anna.

–Quem é aquele rapaz?

–Rigel, Rigel Wilde.— Disse Margaret Stoker-

[...]

–Sim, vamos levar Rigel também, não vivemos propriamente numa mansão mas é grande o suficiente para acolher mais duas pessoas.— Disse norman dessa vez-

Quando ouvi aquelas palavras o meu mundo desabou, não sabia se ficava feliz por ter alguém da minha idade ao meu lado ou se ficava triste por ser o próprio Rigel.

[...]

Já no caminho para casa perguntava-me centenas de vezes o que fiz para merecer tal coisa.
O que deu em Rigel aceitar o pedido de adoção? Nunca aceitou nenhuma família e foi aceitar justamente a mesma que a minha. Estava claro, ele queria acabar com a minha vida...e de uma maneira ou outra ele conseguiria.
Senti um olhar queimar-me, olhei para ele, o dono daqueles olhos escuros e sombrios mas apenas consegui ver a sua cabeça girar para o outro lado.
[...]

Já estávamos dentro da casa de Anna, pela primeira vez em muitos anos senti o cheiro de um lar, o cheiro de uma casa feliz. Separamo-nos, enquanto Anna me levava a mostrar o meu quarto, Norman levou Rigel.
Quando entrei naquele quarto, senti-me tão bem que não quis mais sair de lá, era tão bom ter um quarto apenas meu.

–Espero que goste desse quarto, a cama é pequena mas penso que por agora dá, este é o seu armário e aqui neste lado pode guardar as suas roupas interiores, comprei algumas roupas para você, espero que goste.— Anna disse me entregando três sacas de roupa-

–Obrigada Anna, não era necessário, não quero dar muito trabalho, ter um teto e comida na mesa já é algo que me deixa bastante grata.

–Oh querida, claro que era necessário, vou te deixar arrumar as suas coisas, vista esse pijama em cima da cama para se sentir mais confortável, o banheiro é mesmo aqui ao lado, pode tomar um banho se quiser. Depois desça para jantar, até já.

Permiti-me descansar um pouco naquela cama fofa e quentinha, de seguida fui tomar um banho e vesti o pijama que Anna me deu, realmente era muito confortável.

[Na sala de jantar]

—Espero que gostem do jantar, fiz com muito carinho-

—Está delicioso Anna, muito obrigada-

—De nada querida, Rigel, está tudo bem?-

—Sim, está tudo ótimo-

—Ainda bem, fico feliz por ouvir isso-

—Então, vocês davam-se bem no orfanato?– Perguntou Norman-

Ótima pergunta senhor Norman, ótima pergunta...

—Claro que sim, damo-nos muito bem, somos como irmãos um para o outro, não é Rigel?

—Sim.

Engasgo-me com um bocado de arroz ao sentir uma mão grande e gelada apertar-me a coxa direita.

—Está tudo bem querida?

— Sim, só me engasguei, de qualquer das formas já acabei o jantar, vou ao banheiro e depois para o meu quarto, tenham todos uma Boa noite.

[...]

Estava neste momento em frente ao espelho a pensar no ocorrido, não sonhei pois não? Claro que não, aquele toque foi real de mais para ser um sonho.
Sinto uma mão na cintura e preparo-me para socar a cara da pessoa, e era ele, Rigel, o dono dos meus sonhos e pesadelos todas as noites...

— Me larga porra, que merda foi aquela no jantar? Não te dei permissão para me tocar nem nunca darei

Simplesmente saí de lá sem sequer ouvir a resposta dele, não estava com cabeça para olhar naqueles olhos.

Deitei-me na cama e senti o sono chegar, adormecendo assim de seguida...

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Boa noite,
Bom, não tenho técnica nenhuma para escrever histórias mas aqui estou eu a tentar dar o meu melhor.
Peço desculpa por algum erro de gramática.
(As falas do filme não vão ser usadas aqui)
Ah, e peço desculpa pela forma como escrevo diálogo, nunca fui boa nisso
-VOTEM💕

𝓛𝓔 𝓛𝓐𝓒𝓡𝓘𝓜𝓔 𝓓𝓔𝓛 𝓒𝓤𝓞𝓡𝓔Onde histórias criam vida. Descubra agora