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Albus Dumbledore estava em sua sala saboreando uma bala de mel com limão quando alguém bateu na porta de seu escritório pedindo permissão para entrar.

— Entre, Severus! – ele disse docemente.

Severus nunca saberia como o diretor sempre descobria quem estava prestes a entrar, mas não se atentou muito àquilo. Abriu a porta e adentrou o recinto, sendo seguido pela professora de adivinhação.

— Seja bem vinda, Sibila! – Albus cumprimentou com um sorriso gentil.

— Recebi uma profecia ainda não registrada! – a mulher disse eufórica – Vim correndo para cá!

— Prossiga por favor! – o velho pediu com um tom mais sério.

— Foi a alguns minutos! – a mulher explicou e respirou fundo antes de começar – Foram as seguintes palavras:

Sangue do salvador,

Aquela-que-irá-proteger.

Sua maior força vem do coração,

Que sempre ama com fervor.

Amor este, capaz de escudar e curar.

Luz que irá salvar o Príncipe da escuridão.

Abra sua mente para ver.

Este é o destino de Carry Evans Potter.

— Como? – Severus disse sem esconder a enorme surpresa ao ouvir aquele sobrenome.

— Carry Evans Potter? – Dumbledore perguntou com um sorriso pesado – Esse foi o nome que ela havia dado a criança?

— Esse foi o nome que ouvi! – a professora disse confiante.

— Albus, essa mulher enlouqueceu de vez? – o professor de poções perguntou com sarcasmo.

— Sibila, muito obrigada pela informação. Está dispensada! – acenou para a mulher que saia do recinto – Sente-se por favor, Severus! – o velho pediu, desta vez com seriedade em sua voz – A princípio terei que contar-lhe algumas coisas que provavelmente não serão do seu agrado!

— Muitas coisas que você diz não são do meu agrado, Albus! – suspirou pesado antes de se sentar – Vamos, diga logo o que foi desta vez!

— Severus, lembra-se que quando finalizou seus estudos em Hogwarts, você se envolveu com Lord Voldemort e se afastou de todos nós por algum tempo? – Dumbledore perguntou analisando suas feições através do óculos meia-lua.

— Como eu poderia esquecer? – Severus desdenhou irritado com a enrolação de Dumbledore em ir direto ao que lhe era de interesse – Apenas seja direto, Albus!

— Lilian teve uma filha nesse período de tempo! – Albus disse de uma vez, o pegando tão desprevenido que não pode conter o espanto em seu rosto.

— Como? – Severus perguntou aturdido – Como não fui informado sobre esse acontecimento?

— Voldemort estava atrás de Lilian e James naquela época, então optamos por manter a gravidez em segredo! – o velho dizia com seriedade, mas a cabeça de Severus insistia que aquela conversa era uma gozação consigo – Quando a menina nasceu, Lilian resolveu mandá-la para um orfanato bruxo na Romênia e mantê-la protegida até a guerra acabar.

— Não posso crer que Lily fez isso! – Severus negou com a cabeça, a ruiva não havia abandonado o próprio garoto Potter que nasceu no auge daquela guerra.

Severus respirou fundo, tentando registrar em sua mente tudo o que tinha ouvido. Seguindo aquele raciocínio a menina provavelmente tinha completado a maioridade. Dumbledore escondeu que Lílian tinha tido uma filha por provavelmente mais de 17 anos.

A PROFECIA DE UM FEITIÇO - Severus SnapeOnde histórias criam vida. Descubra agora