III

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— Você não teria tais ingredientes. – Severus disse desconfiado – O último basilisco registrado foi morto por Harry Potter em 1992. – argumentou sério – A criação de basilisco foi proibida pelo Departamento para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas há muitos anos.

— Não é como se fosse difícil esconder qualquer coisa desses imprestáveis! – Carry revirou os olhos entediada com o sermão que viria – E convenhamos, a população bruxa só proibiu a criação de basiliscos por que não podem controlá-los.

— Também por que matam bruxos em grande escala? – o homem retrucou incrédulo – Evans, esse não é um animal muito perigoso para você criar?

— Na verdade, Medusa não é tão perigosa! – a ruiva defendeu prontamente – Devido à quantidade exagerada de vezes que tive que tirar o ovo de galinha de baixo do sapo, para impedir que o DRCCM descobrissem o que eu estava fazendo, acabou alterando algumas de suas características. – explicou recebendo um olhar de descrença com a confirmação do que havia feito – Ao que tudo indica, ela já chegou ao seu tamanho máximo e está com apenas 4,35 metros.

— E como tem certeza de que ela irá deixar você tirar veneno ou escamas assim facilmente? – Severus perguntou, se concentrando na possibilidade de realmente poder usar tais ingredientes.

— Por que já fiz isso! – riu animada – Estava fazendo alguns testes ano passado, então entramos em um acordo.

— Que tipo de teste? – perguntou enquanto se levantava para ir ao salão principal jantar.

— Cura para licantropia! – a ruiva respondeu fazendo-o olhá-la com enorme surpresa.

— Com veneno de basilisco? – Severus perguntou interessado sobre o assunto.

— Alguns anos atrás, fiquei sabendo que um jovem havia destruído uma espécie de diário mágico com veneno de basilisco. – explicou caminhando lada a lado com o homem pelos corredores do colégio – Me aprofundei um pouco e descobri que aquele diário muito provavelmente poderia estar guardando parte da magia de algum bruxo, sendo assim, o veneno causou rupturas moleculares na magia que era mantida no diário. – Severus observava a explicação com total atenção – Licantropia é uma doença mágica, sendo assim também possui moléculas mágicas.

— Então você resolveu utilizar do veneno de basilisco para tentar deteriorar essas moléculas de licantropía? – Severus perguntou abrindo a enorme porta do grande salão e deixando a jovem passar, logo entrando em seu encalço ainda preso naquela conversa.

— Exatamente, na mesma época houveram rumores de que o garoto havia sido envenenado pelo basilisco e sobrevivido devido a lágrimas de uma fênix. – a ruiva caminhava lado a lado com o homem, imersos naquela conversa, fazendo assim alguns professores e alunos olharem para ambos totalmente surpresos com a interação – Então estou tentando adicionar as lágrimas de fênix para restaurar parte das células licantrópicas após a destruição de forma que apenas mantenha as habilidades do lobo e mantenha a consciência humana permanentemente.

— Entendi, entretanto imagino que ainda não tenha conseguido resultados de todo agradáveis. – Severus comentou se sentando mais afastado dos demais professores e abaixando o tom de voz – O que está dando errado?

— Como eu não quero eliminar as características lupinas por completo, estou tendo dificuldades em mediar quais células manterão a forma animaga do lobo sem afetar as células não-licantrópicas. – a ruiva suspirou se sentando ao seu lado.

— Entendi, você quer deixar o lobisomem sob total controle, transformando-o em um animago! – a ruiva concordou com a cabeça – Quem é o lobisomem que estava usando como cobaia? – Severus perguntou desconfiado.

A PROFECIA DE UM FEITIÇO - Severus SnapeOnde histórias criam vida. Descubra agora