Capítulo 15

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Klaus esperava pacientemente a volta de seu irmão. Claro que a parte do "pacientemente" fora ironia, já que o loiro percorria o apartamento de forma inquieta.

Elijah dissera que iria tentar recuperar o livro, posto que teve de ser sincero com Klaus de como conjuraram tudo aquilo e Damon conseguiu falar latim. O mais velho poderia mentir, mas o menor saberia então não adiantaria. Ele conhecia seu irmão como a palma de sua mão e se queria ajudar, teria de ser sincero.

O moreno atravessou a porta com confiança — Klaus já o tinha convidado — sem o livro em mãos.

— Onde estava?— a projeção de Alaric cruzou os braços.

— Complicações...não achei o livro, provavelmente devem tê-lo escondido em um canto mais seguro. A decisão é sua. Proponhamos um trato?— abriu os braços sugestivos.

Klaus ferrou os olhos, desconfiado para o lado do outro.

— Não. Deixe do jeito que está.— deu de ombros levanto o Mikaelson a levantar as sobrancelhas. Era uma ação imprevisível de Klaus, visto que ele sempre procurava e selava todos os meios de lhe matar ou enfraquecer. Parece que dessa vez não.

— Tudo bem.— deu de ombros.

— Por que mudou de ideia?— o ex-híbrido questionou lambendo os lábios.

— Ainda dúvida de que eu seja capaz de mostrar compaixão ao meu próprio irmão? Mudei de ideia porque de que adiantaria impedi-lo? Você arranjaria outra forma de qualquer jeito e eu acabaria em um caixão. Estou com você, Niklaus. Entendo que...aquilo foi para meu bem, segundo seus preceitos, mesmo que não concorde. Sua ação é independente da minha vontade. Somos indivíduos, apesar de necessitar da sociedade.— Klaus riu ao fim do comentário do irmão.

— Você é mesmo muito confuso, Elijah. Marque um jantar com os Salvatore's. Talvez possamos recuperar o livro.— deu de ombros retirando a camiseta xadrez de Alaric e sumindo pelo corredor com a intensão de achar um banheiro. O caçador fedia.

Elijah encontrou-se sozinho com Katherine na sala. Olhou de relance para a vampira vendo que ela sorria diabolicamente. Seus olhos já diziam tudo: eu posso ajudar. No entanto, o Mikaelson não se arriscaria a esse nível. Não podia deixar que Katherine atrapalhasse seus planos.

O original aproximou-se da Petrova e lhe encarou profundamente nos olhos, aproveitando-se para encostar ambas mãos nos encostos da cadeira de madeira, de forma que agora encontrava-se inclinado com a face a centímetros da mulher. Recordou-se do que viveram, porém não se demorou muito ali. Esperou que o barulho do chuveiro ecoasse para que pudesse desferir suas palavras.

— Você não vai compartilhar suas ideias com Niklaus sobre mim. Poderá até auxilia-lo sobre os Salvatore, mas não poderá citar uma palavra se quer em meu nome, a não ser que sejam a elogios em torno de seu grupo. Entendido?— as pupilas voltaram ao normal e a vampira afirmou com a cabeça.— Ótimo.— o Mikaelson levantou-se e caminhou até a cozinha e procurou o número de Damon em seu telefone. Não demorou para que encontrasse.

A discagem o deixava nervoso. Se tivesse o número de Stefan seria muito melhor, assim evitaria a raiva que Damon deveria estar dele agora. O vira a pouco tempo. O Salvatore não podia negar o que sentia, assim como Elijah também não. Era recíproco.

— Ligou num péssimo momento, talvez eu retorne mais tarde...— antes que Damon desligasse, a voz de Elijah o impediu.

— Damon...

A corrente sanguínea do Salvatore percorria seus vasos com extrema velocidade por consequência da adrenalina que preenchia seu corpo. Não podia se permitir sentir assim. Por quê Elijah tinha de o ligar?

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