Eu tive que tomar uma decisão. já estava atordoada o bastante para que qualquer pessoa que batesse o olho em mim achasse que estaria bêbada.Saio do banheiro ainda com a música da boate tocando, não ouvia sons de pessoas falando, apenas a música fazendo eco no local.
ando lentamente pelo corredor. Chego perto da escada e vejo a parede do final dela com manchas grandes na parede, mas as luzes coloridas do local me faziam duvidar o que era.
me aproximei ainda mais dando passos lento até chegar no topo de escada.
eu conseguia ver corpos mortos no chão, meus olhos se arregalavam ao ver a cena. Todas aquelas pessoas da boate que estavam dançando minutos antes estavam mortas ali.
Mas pra minha surpresa os atiradores ainda estavam ali, em minha frente. eles estava procurando alguém no chão, estavam tirando as pessoas uma de cima das outras falando algo.
— porra. Você matou ela caralho?! — uma voz grossa falava alto o suficiente para que eu conseguisse ouvir.
Eu queria correr dali, mas meu corpo nem se quer se mexia. Eu estava em completo choque por ver a vida de todas aquelas pessoas indo de ralo a baixo como se não fosse nada.
eu sentia uma lágrima escorrer pela minha bochecha sem nenhuma expressão facial.
Um deles disparava a arma novamente, dando um tiro na cabeça de uma das pessoas que estavam no chão que provavelmente estava fingindo de morto.
A cabeça da vítima era estourada, e seus restos se espalhavam no chão como bolinhas de gude.Feito isso, acabo me assustando com o disparo me fazendo dar um pequeno pulo para trás que acidentalmente chamava atenção de um deles.
— quem é essa bonequinha?.. — um homem loiro não muito alto dizia olhando para mim no topo da escada, dando passos para frente ficando à baixo do primeiro degrau.
— te achei. — era ele. O mesmo cara que conversei no bancão.
Eu não entendia sua fala. ele fazia parte daquilo?
Ouvimos o som da sirene se aproximar.
O loiro subia as escadas rapidamente me pegando pelo pulso e me puxando fazendo-me tropeçar nos degraus e quase cair.Eu estava desesperada, ele me apertava forte pelo pulso correndo para o lado de fora junto com os outros e iam em direção aos carros que estavam estacionados um pouco acima da boate.
Isso só provava que estava certa.
— me dá ela! — seu outro companheiro me puxava pelo braço fortemente abrindo a porta de trás do carro.
Ele me jogava dentro do carro e entrava nele em um piscar de olhos, parecia que faziam isso a anos.
Ele me levantava olhando pela janela e vendo o carro da polícia. Ele pisava no acelerador rapidamente fazendo o carro voar para frente e eu ficar colada no banco atrás de mim.
O carro dos outros corriam em sua frente, ele pisava mais fundo deixando um, dois carros passarem, e com apenas um que era vermelho andando ao seu lado.
Eu não tinha visto esse carro vermelho lá, eu olhava para dentro do carro mas não via nada com o vidro extremamente escuro. Até ele abaixar o vidro, eu olhava e conseguia ver que era aquele cara da boate, o mesmo que se apresentou como "bill"
O cara com quem eu estava dentro do carro fazia o mesmo, abaixando seu vidro o dividindo seu olhar com o carro ao seu lado e a estrada. Bill abria um sorriso de vitória em seu rosto e logo após saía na frente com o seu carro.
O mesmo aparentava ter irritado o cara com quem eu estava no carro, fazendo ele apertar firme o volante e pisar mais fundo.
Eu ficava confusa com tudo que estava acontecendo comigo, não sabia o que estavam fazendo, pareciam que estavam brincando de corrida como se não houvesse o carro da polícia um pouco atrás deles.
Por que eu estou aqui, dentro desse carro?!
Eu deveria estar em casa agora.vejo o carro que estava passando rapidamente pelo que estava em nossa frente, ele fazia uma curva
longa fazendo o carro case capotar para o lado.Eu olhava para as portas do carro que estava todas destrancadas, e que a qualquer momento poderiam abrir e cair de lá de dentro.
Estava em uma adrenalina pura.
Ele fazia mais curvas, entrando em ruas escuras e de terra tentando despistar os policiais.
...
Acordo totalmente desnorteada e com uma dor enorme em minha cabeça. Na onde caralhos eu estava?
Eu olhava em volta e via que estava deitada na grama em frente a minha casa, isso tudo foi real? Ou eles simplesmente só me deixaram aqui.
eu me sentava com dificuldade na grama que estava úmida e tentava me levantar, enquanto tentava manter a postura para entrar dentro de cara, ouço um carro se aproximando e parando na frente de casa.
Era meu pai.
Ele descia do carro calmamente franzindo o cenho e me olhando fixamente, ele se aproximava enquanto ouvia o som das chaves em sua mão se batendo enquanto vinha em minha direção.
— você saiu? — ele perguntava sem ditar suas olhos de mim.
— sai. — eh respondia curto e seco.
Ele apenas concordava com a cabeça e passava por mim olhando para o chão, eu olhava ele abrir a porta de casa e entrar sem olhar para trás.
Eu conseguia ver a decepção por trás de seus olhos, e isso só fodia mais ainda o meu psicológico.
eu puxava fundo o ar preenchendo os meus pulmões, dava passos lentos em direção a porta e quando chegava abria ela lentamente.
Eu conseguia ouvir Cristina na cozinha limpando alguma coisa, a casa estava em silêncio como se não morasse ninguém ali.
Eu subia para o meu quarto e fechava a porta, entrava no banheiro tirando a minha roupa e me olhando no espelho. Vendo meus borrados de maquiagem e minha boca pálida.
Eu estaria chorando agora se tivesse forças para fazer isso.
Eu entrava no chuveiro sentindo a água quente deslizar sobre o meu corpo gelado, até sentir uma ardência em minha cabeça, passo os dedos no local mas não sentia nada.
Eu terminava o banho me enrolando na toalha e me olhando no espelho, ainda com o cabelo bagunçado, eu tentava ver no espelho na onde estava vinho essa ardência.
Um pequeno corte estava ali em minha cabeça perto da minha testa. Eu me lembrava de tudo ontem, das tranças, dos carros.. mas depois não me lembro de mais nada.
Eu saia do banheiro vestindo uma blusa larga e apenas de calcinha por baixo.
Eu me jogava na cama ainda com o corpo úmido por não ter me secado por inteira e me enrolo no cobertor, e logo imediatamente desmaio caindo em um sono profundo.
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𝐀𝐛𝐨𝐮𝐭 𝐫𝐞𝐝 𝐛𝐥𝐨𝐨𝐝. - KAULITZ.
FanfictionCady era uma garota de dezessete anos com a mentalidade bem além de sua idade, sempre foi uma menina pura até a morte de sua mãe. ela começou a ver sua vida com outros olhos e começou a se descontrolar mudando completamente seu comportamento, seu pa...