Cady era uma menina de 17 anos, viveu toda a sua "adolescência" saindo para baladas com suas amigas e voltava bêbada para casa, e as vezes, nem voltava.
seu pai era carismático e no começo nunca ligou, mas ao longo do tempo viu a situação que sua filha estava quando teve que ir até a delegacia para que liberassem a mesma.
Ela começou a ter esses atos quando sua mãe cometeu suicidio pisando o pé no acelerador e jogando o carro de uma ponte consigo junto, e a única forma da parar de pensar na morte de sua mãe era virando uma garrafa de vodka.— entendi, já estou a caminho. — ouço meu pai dizer enquanto desço as escadas, ele coloca o seu celular no bolso e caminhava até a porta para sair mas parava ao me ver encostada no corrimão da escala longa.
— boa tarde, querida. — ele dizia se virando para mim com aquela maleta estupida em uma de suas mãos. Eu olhava para ele séria e nem sequer me preocupei em dizer algo.
ele bufava. — cyintia começou a fazer a janta agora, mas já estou de saída. - ele dizia ainda me olhando.
— não vai comer aqui hoje? — eu perguntava ainda seria, descendo lentamente ós degraus da escada mesmo ja sabendo a sua resposta.
— não. tenho algo para resolver agora, parece que algum idiota bateu o carro em um poste na frente da delegacia. — ele dizia olhando para o relógio em seu pulso.
— entendi. — eu dizia pisando no último degrau da escadas olhando para ele.
— tchau querida, não saia hoje. — ele dizia caminhando até a porta e saindo de lá.
Eu revirava os olhos bufando e ia para a cozinha, abria a geladeira e pagava um pote de sorvete de morango e uma colher na gaveta, vejo cyintia me olhar de canto de olho enquanto lavava a louça, mas ignora-la era havia virado um hobbie. Eu saia da cozinha e me sentava no sofá da sala.
Brandão era delegado e quase não ficava em casa, apenas vendo casos de mortes ou anotando algo inútil na agenda dele, pra no final da noite sair para bares encher a cara e fazer sexo com qualquer uma em sua frente.
Dá última fez que vi ele bebado foi em uma madrugada quando eu tinha acabado de fazer 13 anos, ele me via chorando encolhida ali por lembrar que a mamãe sempre vinha no meu quarto depois da meia noite para me dar parabéns, eu estando dormindo ou não. Ele vinha em minha direção, parecia que seus olhos estavam em chamas de tanto odio que carregava. ele dizia palavras como; "sua mãe era emprestável, não sevia pra nada." "temos dinheiro o suficiente para ter tudo que você e eu queremos, não precisamos dela."Ele sempre me manipulou desde pequena me dando dinheiro, e quando fiz 16 anos, me recusava a limpar a casa para ele depois de encher ela de mulheres e usuários, foi ai então que ele contratou a cyintia como nossa empregada.
— aqui está senhorita. — cyintia me dava um comprimido e um copo de água, e logo depois saia.
eu deixava o copo d'água na mesinha de vidro que ficava no meio da sala e pegava uma colherada de sorvete desbloqueando meu celular e ligando para o meu grupo de amigas.
— alô? — nina atendia com uma voz meio sonolenta e as outras atendiam também.
— vamos sair hoje de novo? — eu perguntava enfiando o comprimido que cyintia havia me dado dentro da colherada de sorvete que eu tinha pegado segundos antes.
— de novo?! — hilary perguntava na ligação.
— sim. — eu colocava a colher na boca. - qual é o problema? - eu perguntava com dificuldade por estar de boca cheia.
— qual é o problema? eu bebi até não aguentar mais ontem, não consigo levantar sem sentir minha cabeça querer explodir. — hilary dizia como se estivesse me dando algum tipo de bronca me fazendo questionar.
— pra que isso tudo, hein? — eu perguntava.
— não irei hoje, um beijo. — lia desligava a ligação no meio de nós.
— infelizmente eu também não. — hilary logo em seguida fazia o mesmo, fazendo só ficar eu e nina na ligação.
— iai, topa? — eu perguntava pegando o controle da tv e ligando a mesma.
— desculpa mesmo cady, acho que você também deveria ficar em casa hoje.. — ela dizia e eu compreendo, logo em seguida ela desliga a ligação.
Eu colocava o meu celular em minha coxa e colocava minhas mão no rosto, eu não queria sair sozinha, elas sempre dizem que "se uma vai, todas tem que ir" não deixamos que nenhuma de nós saísse sozinha para boates. Mas elas estavam cansadas de ir pelo fato de eu querer ir todo dia.
Minhas mãos ainda estavam em meu rosto, mas com uma pequena brecha que meus dedos davam eu conseguia ver a tela do meu celular, com a minha mãe no plano de fundo. eu rapidamente pegava ele e jogava longe, fazendo ele bater na parede fortemente e cair no chão. Eu jogava a minha cabeça para trás com os olhos fechados, me segurando para não explodir, mas antes que eu pensasse em fazer isso, ouço no canal que estava na tv uma mulher dizendo algo sobre alguma "intruso" que havia vindo para o nosso país. Eu levantava a cabeça prestando atenção no que a moça falava, e pelo que ela dizia, não era um, e sim, quatro.
"E nessa manhã, quatro caras que estavam supostamente armados abordaram no aeroporto da Europa, dizem que estavam de preto e sem malas. Procurados por toda a Alemanha por mortes, sequestros e torturas, todos já estão a procura deles. fiquem em suas casas, e que Deus nos proteja.
— que patético. — eu dizia franzindo as sobrancelhas e me levantando colocando o pote de sorvete que estava no meu lado no sofá na mesinha de vidro.
Eu subia para o mesmo quarto e ligava minha caixinha aumentando o som no último volume. Eu abria a minha gaveta de calcinhas tirando uma garrafa de whisk de lá, eu colocava na minha escrivaninha e abria ela começando a revirar todo o meu guarda-roupa a procura de uma roupa nem tão vulgar.
Eu vestia um vestido vinho escuro e soltava meu cabelo longo e escuro, balançando ele para cima e para baixo. Enquanto me arrumava, dava goles grades na garrava de whisk que ficava o tempo todo ao meu lado, eu ia para o banheiro e pegava meu lápis de olho passando de baixo do meus olhos, fazia uma maquiagem simples, não precisava de muito para que meu olho ficasse marcante.
Eu acabava o que estava fazendo e desligo a caixinha deixando a casa totalmente silenciosa. eu saia do meu quarto com a garrava de whisk em minhas mãos e descia as escadas caminhando em direção a porta.
— cyintia!! Avisa pro brandão que não estou em casa quando ele chegar. — eu gritava fazendo a casa fazer eco, ela concordava e eu saia de casa.
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𝐀𝐛𝐨𝐮𝐭 𝐫𝐞𝐝 𝐛𝐥𝐨𝐨𝐝. - KAULITZ.
FanfictionCady era uma garota de dezessete anos com a mentalidade bem além de sua idade, sempre foi uma menina pura até a morte de sua mãe. ela começou a ver sua vida com outros olhos e começou a se descontrolar mudando completamente seu comportamento, seu pa...