Passaram-se duas semanas desde que visitei jonh no HPRA em busca de alguma resposta.
Chester está sentado ao meu lado no sofá, vejo o noticiário na esperança de haver algum acontecimento qual possa ter relação com aquela coisa. Infelizmente não tem nada.
Tenho que descobrir um jeito de matar o que quer que aquilo seja. Embora eu não tenha nada que possa me ajudar, minha única pista são as palavras de John, por mais que eu odeie isso, mas só ele pode me ajudar nisso... Ele poderá ser liberado em breve, seu comportamento como paciente e recuperação pós hospital resultaram em pouco tempo de tratamento, bom, não tenho outra alternativa.
– Honestamente, Chester, não quero pedir ajuda para alguém como ele.
Chester lambe as costas da minha mão.
– Bom, não tem outra pessoa. - suspiro, pensando em como ele agiu tentado me matar.– Olá, minha querida prima, Lili. - diz John, com um sorriso sarcástico no rosto.
Ele não está muito diferente - com exceção do cabelo, que antes mal chegava a tocar as sobrancelhas dele, agora caem sobre os olhos, o meu desde que fiz 12 é pouco acima do ombro, preto, diferente do castanho de John -, a pele morena dele sempre foi um pouco mais escura que a minha, e bom, ele sempre foi mais alto, tendo aproximadamente 1.75, já eu, 1.68.
– Oi
– Você não parece animada em me ver.
– Eu poderia dizer exatamente porque não estou animada com você aqui. - afirmo.
– Nossa, nem um pouquinho rancorosa.
– Você vai querer entrar? Caso contrário pode ir embora, idiota. - seguro a porta, imaginando a sensação de bater com ela na cara dele.
– Está bem, Lili. - ele deixa a imprudência de lado, por enquanto.
Sei bem o que aconteceu da última vez q ele esteve aqui, e seria ótimo ele evitar algo parecido.
Ele entra e eu fecho a porta.
– Você lembra do Trevor e do Gael? - ele pergunta
– Sim.
– Eles imploraram para que você não os matasse, mas você continuou. – ele serra os punhos.
– Eu queria poder não ter feito aquilo, as vezes sonho e lembro daquele maldito dia.
John fica em silêncio.
– Lembro de cada momento, eles falaram que eu estava alucinando, não acreditavam em minhas palavras. - lembro de como foi antes de tudo acontecer...
– Não parecia você, Lili. Seus olhos estavam diferente... amarelos... e um sorriso estava em seu rosto enquanto matava-os. - ele abaixa a cabeça.
– Bom, acho melhor encerrarmos essa conversa por aqui. - proponho.
– Como você pode fazer aquilo com eles?! - seu tom de voz aumenta, ele aperta meu braço.
– John, vai embora e me solta agora.
Ele continua apertando.
– Por sua casa eles morreram, você os matou!. - ele me solta, esta prestes a sair pela porta. – Isso não vai acabar bem pra você.
Você não mudou nada, John. Penso.
Realmente, foi uma péssima ideia ele ter vindo aqui, e não ajudou em nada.Depois de passar um tempo pensando na conversa com John, coloco o celular de lado e fecho os olhos. Estou sozinha em uma pequena floresta, andando em busca de algo, encontro uma pessoa após andar por um tempo.
Esta escuro, de repente, começo a perseguir a pessoa, chegando mais e mais perto, estou próxima da pessoa.
Ela cai no chão, não percebo quem é mas vi o rosto, é um homem, porém não consigo controlar meu corpo, sangue começa a se espalhar pelo chão, sinto respingar no meu rosto.
Não.
Eu sinto algo subir pelas minhas mãos enquanto ele grita, implorando para parar, para morrer logo. De alguma forma o sangue sobe das minhas mãos até meus braços.
O que está acontecendo?
Lembro do gosto daquilo novamente, minha boca está suja com aquele líquido vermelho.
Por que estou fazendo isso?
Só consigo observar todo o ocorrido.
Sento-me rápido na minha cama.
– Não passou de um sonho. - suspiro aliviada. – Espera. Esse cheiro... não, não, não. - estou suja de sangue. Tomo um banho para me livrar do cheiro e jogo as roupas sujas fora.
Encaro meu reflexo no espelho. Estou exausta, preciso dormir.
– Parece que não foi um sonho. - falo, frustrada.
Volto para minha cama após de trocar de roupa, deito na cama, sinto meu corpo pesado, e enfim estou dormindo.
"Isso não vai acabar bem pra você."
Penso nas palavras de John, e esse é meu último pensamento antes de cair no sono.
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My Cursed Life
HorrorDepois de diversos acontecimentos qual a traumatizaram e a fizeram perder a empatia, Lili, uma adolescente qual não sabe o motivo de tudo isso ter acontecido com ela. Decide buscar respostas e sua vingança.