Diário de uma depressiva?!
Tímida, introvertida, excluída e invisível aos olhos de todos. Yu Karina estava cansada de tudo isso, apenas queria partir sem despedidas ou sem alguém perceber.
Kim Minjeong, uma garota aleatória e divertida que acabou a...
— Açúcar ou sem açúcar? — A moça da cafeteria perguntou, enquanto anotava algo em seu bloquinho. Apenas concordou. — moça?
— Hum? — Olhou para ela, finalmente saindo de seu transe. — oh, com açúcar, por favor.
A cafeteria H.K Coffee era uma das mais famosas da cidade. Jimin não era de frequentar muito o local, mas toda vez que podia, sempre sentava ao lado do balcão apenas para olhar a grande e bonita vista da maré.
A Yoo estava tão distraída enquanto olhava a paisagem, tanto que nem percebeu quando alguém tocou em seu ombro. Depois do segundo toque, ela se virou e sentiu um arrepio percorrer por seu corpo, dando de cara com uma ruiva dos olhos escuros e pele branca como a neve, sua franja batia nos olhos, seu vestido branco rodado estilo marinheiro e um Mary Jane preto de plataforma nos pés junto de uma meia soquete com babados branco. A visão mais linda que tivera em sua vida.
— Olá! — Sorriu, um sorriso tão puro e único, feliz e contagiante. — aqui está seu café, moça bonita!
Sentiu uma vontade de rir, mas não cedeu e ignorou a fala da garota, pegando seu café e saindo do local ás pressas.
— Droga! — Reclamou com si mesma, dando repetidos tapas em sua cabeça. — por que eu ignorei?! Porra!
Resmungou durante o caminho inteiro enquanto bebia seu café expresso. Cansada, resolveu voltar para casa, mas óbvio, com cuidado. Entrou pela porta dos fundos e fechou a mesma, com cautela, deu passos silenciosos até as escadas para o segundo andar.
Como nos jogos de terror, um mínimo barulho acordaria a fera, assim, te matando ferozmente.
Jimin sem querer, havia pisado em um falso, causando um grande barulho de madeira solta. Seu coração gelou na hora, então a mesma correu para o quarto o mais rápido que podia, se prendendo no mesmo e se sentando no chão para recuperar o fôlego que havia perdido.
Fôlego de cansaço? Não.
Fôlego de ansiedade.
[ ... ]
— Aeri, eu to tentando, poxa! — Sussurrava frustada com sua prima na ligação enquanto rabiscava as folhas de seu caderno velho. — eles não me dão brecha!
Aeri era sua prima uns meses mais nova. As duas viviam juntas quando eram pequenas, mas, infelizmente a japonesa teve que se mudar para os EUA'S depois de seus pais terem encontrado um trabalho melhor por lá. Até hoje Jimin esperava pela visita da garota de cabelos pretos.
— Você saiu hoje de manhã, porquê não aproveitou pra fugir?! — A garota do outro lado da linha surtava, andando de um lado para o outro. — você tava com o queijo e a faca na mão, burra!
— Aeri! Não fala assim...! — Cabisbaixa, levantou da cadeira e se encolheu no canto da cama.
Seu quarto estava totalmente escuro. Essa atmosfera por incrível que pareça, lhe trazia uma sensação de conforto. O escuro era onde Jimin transbordava seus sentimentos.
— Desculpa! Foi sem querer, Jimin... — Suspirou alto e ligou a câmera do aparelho. — olha pra mim!
Levantou seu olhar para a tela do telefone, agora observando cada detalhe da outra garota. — O que?
— Eu vou te tirar dessa! Nem que eu tenha que atravessar o mundo pra te salvar! — Determinada, estava com o semblante sério enquanto falava. — me aguarde, prima!
E então, a ligação se encerrou.
Piscou os olhos lentamente e se levantou, se escorando na janela para observar o céu. Aquela garota não saia de sua mente de jeito algum.
Em todas as vezes que eu fui lá, nunca havia a visto, e isso acabou despertando minha curiosidade... Quem é ela? Pensou, olhando para um ponto aleatório enquanto deslizava os dedos pelos fios morenos.
O sorriso, a vestimenta, seus pequenos detalhes eram lindos.
Com vozes na cabeça, se afastou e foi em direção a porta do seu quarto, cuidadosamente abrindo a e saindo em passos lentos, desanimados.
— Filha? — Seu pai a chamou, segurando uma xícara de café na mão. — por onde esteve?
— Ah... Oi, pai. — Respondeu em tom baixo, virando para ficar de frente ao mais velho. — no quarto. Eu estava no quarto.
— Hm, jantou? — Seu olhar sugestivo pousou pela morena, desconfiado. — está na geladeira, você pode esquentar e comer.
— Não estou com muita fome... Mas obrigada, mesmo assim. — voltou a andar.
— Sua mãe não está em casa. — Soltou e bebeu mais um gole do seu café. — Pode fazer o que você quiser. Nós brigamos, então ela foi para a casa de sua vó passar uns dias lá.
Uma chama de felicidade se acendeu no coração da Yu mais nova. Com certeza, não existia outra sensação melhor que aquela.
[ ... ]
Desculpa pela demora, pessoinhas!! Um bom final de semana a tooodos!
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