Promessa

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ola!!

então amores, eu gosto muito de ferlane mas eu também gosto muito da fernanda e da alane individualmente e acho elas pessoas muito complexas. por isso tento sempre desenvolver as duas além do casal, e por isso a fic é tão slow burn. quero que ela seja realista e que a gente consiga conhecer tanto a fernanda quanto a alane. obviamente isso é a visão que eu tive delas, não a realidade.

de qualidade forma, gostaria que vocês fossem me dizendo o que estão achando. comentem, conversem comigo! adoro ler os comentários de vocês!

boa leitura!

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Era segunda-feira e Fernanda e Alane se sentiam de formas bastante diferentes. Enquanto a carioca já havia vivido todo seu luto pela sua própria partida do BBB 24 no dia anterior, Alane parecia sentir o luto pela perda de Fernanda todo naquele momento: deitada em sua cama no quarto fadas ouvindo o despertador da produção que naquele dia era "Alinhamento Milenar", do Jão.

Fernanda se sentia até mais leve. Ela não conseguia explicar, queria muito ficar no programa, queria ganhar mais do que queria qualquer coisa naquele momento, mas talvez ser eliminada na terça-feira seria mesmo um alívio. Pensar em voltar para seus filhos aquecia seu coração; ainda assim, pensar em voltar para seus filhos de mãos vazias lhe trazia um aperto. De qualquer forma, Fernanda não estava disposta a passar seus últimos dois dias de programa em luto, então ao som da música que não conhecia, se jogou em cima de Pitel, acordando a alagoana.

"Que isso, mulher?!" Pitel reclamou atordoada. "Esse pico de energia segunda de manhã, isso não representa o brasileiro de forma alguma!"

"Penúltimo dia comigo, Pitel! Não reclama, não." A mais nova revirou os olhos ao ouvir a sentença derrotista da amiga, mas ela entendia. No fundo também sabia que Fernanda sairia, todo mundo sabia. Era um resultado bastante previsível. E também sabia que Fernanda era derrotista, elas se encontraram justamente ali: no espírito de derrota que ambas tinham.

"Não começa a me atazanar com esses papos logo cedo, não, Fernanda!" Pitel reclamou. Fernanda apenas concordou, só queria paz.

"Eu vou fazer meu raio-x e pedir para minha família e meus dez simpatizantes votarem para diminuir minha rejeição." Fernanda comentou enquanto prendia o cabelo, sentada na cama de costas para Pitel. "E depois vou malhar que não vou sair dessa casa molinha, não."

"Tá bom, vá lá então." Pitel nem argumentou, e Fernanda saiu do quarto. Encarar a casa depois de levar nove votos era difícil: parecia que, em alguma instância, todo mundo ali queria seu mal. De alguma forma aquilo era verdade. Nove pessoas queriam não ver mais ela ali. Por isso, apenas quem ganhou "bom dia" naquela manhã fora Michel, Raquele, Giovanna, Pitel e Rodrigo. Queria ter dado o bom dia de Alane também, mas, como no dia anterior, a paraense não estava em nenhum lugar a ser visto.

No quarto fadas, Alane tinha chegado a uma conclusão: se Fernanda voltasse daquele paredão, Alane iria dizer toda a verdade. Diria que tinha sentimentos não muito amigáveis por Fernanda, que queria a conhecer e a ter em sua vida cada vez mais, que queria realmente fazer as coisas darem certo pra ela, que sua pele parecia pegar fogo toda vez que Fernanda a tocava e que parecia que podia voar quando dançavam juntas. Diria tudo aquilo e muito mais. Era uma promessa. E como toda boa promessa, devia ser feita ao público. Talvez o enredo de um possível casal lésbico ajudaria Fernanda a se salvar, já tinha ajudado pessoas antes. Dessa forma, Alane finalmente levantou da cama, obstinada a falar com o público naquele raio-x.

Quando o olhar de Alane encontrou Fernanda sentada no sofá esperando na fila do raio-x, seu coração acelerou um pouco. Essa era uma coisa que acontecia com ela agora: como uma adolescente, ver Fernanda a deixava nervosa. Alane odiava o efeito.

Você Vai Me DestruirOnde histórias criam vida. Descubra agora