Benção ou maldição

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sextou! presente pra vocês
feliz sexta-feira santa 🙏🏻 comemoremos com muito pecado

SPOILER: pra quem ta maluco pelo beijo, aviso que ele vem no capitulo 16. esperem mais 6 capitulos e serão recompensados! até lá, flerte, drama e confusão!

espero que gostem, boa leitura!

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Naquele sábado de manhã, a casa toda acordou em meio a uma bela ressaca (menos Beatriz, ela não bebia). A festa foi até o dia amanhecer, e dormiram pouco tempo antes de serem acordados para o procedimento de todas as manhãs: raio-x.

Alane se recusava e tirar a coberta do rosto e encarar a claridade daquele quarto e a realidade da sua vida. Sua cabeça doía, os drinks de Fernanda eram fortes! Fernanda... Alane tinha enfiado a perna toda na jaca noite passada. Mandou tudo para o inferno e flertou um tanto descaradamente. Lembrando agora, a paraense estava com vergonha. Na hora, sob efeito do álcool, parecia uma ótima ideia e estava sendo bastante confortável ver Fernanda toda sem jeito, derrubando bebida e fugindo dela. Já naquela manhã, sóbria, Alane já não tinha certeza se aqueles eram bons sinais. O que restava pra ela era ver como Fernanda agiria com ela durante aquele dia, mas pra isso ela precisava levantar daquela cama, e aquilo requeria ter que lidar com as consequências de suas atitudes. Por isso, Alane virou para o lado e ignorou o alarme ensurdecedor.

No quarto gnomos, Fernanda também não estava feliz de ser acordada por aquele barulho. Aquela sirene era horrível.

"Porra, produção, uma musiquinha, velho! A pessoa já acorda atordoada com essa porra aí, parece alarme anti-bomba, caralho." Fernanda se sentou na cama, e Rodrigo gargalhou da mulher.

"A senhorita já acorda assim. Bom dia, big boss, vai tomar no seu cu!" O cantor imitou Fernanda, tirando um riso dela e de Pitel.

"Ah mas é foda, né? Todo mundo de ressaca num treinamento de alarme de incêndio." Fernanda seguiu reclamando, se levantando da cama e amarrando o cabelo para conseguir viver aquele dia. Era um dia importante! A prova do anjo aconteceria naquele sábado e Fernanda sabia muito bem que se não vencesse, estaria no paredão.

Ela não deveria ter bebido tanto ontem. Com seus 32 anos, o dia após uma bebedeira não era tranquilo para Fernanda. Costumava ser quando era mais nova, mas com a idade, a ressaca piora. Naquela manhã, ela estava enjoada e com dor de cabeça. A carioca não costumava beber assim, mas na noite anterior Alane lhe fez um pedido, e como negar algo quando Alane pede com aquela voz? Fernanda não tinha descoberto ainda, mas precisava! Não era bom pra ela naquele jogo - ou na vida - que a outra mulher conseguisse o que quisesse dela apenas pedindo.

De fato, curtiram muito. Dançaram, riram, se divertiram, beberam; tudo isso juntas. Em algum momento da noite, Fernanda até achou que Alane estava flertando com ela, mas não demorou para que o seu cérebro a relembrasse de uma informação que tinha há algum tempo: Alane gostava de flertar. Ou seja, quando ela flertava, não queria dizer que era sério. Só queria dizer que ela gostava daquilo.

Lembrar daquilo tranquilizava Fernanda por diversos motivos: primeiro, Fernanda tinha um namorado, e Daniel era um ótimo namorado. Ele era atencioso, gentil, bonito, tinha uma vida encaminhada e adorava seus filhos. Sempre deixava claro que queria fazer parte da família de Fernanda. Não queria apenas ela, queria o pacote completo: Fernanda, Marcelo e Laura. E aquilo não era algo fácil de se conseguir. Além disso, Alane era uma mulher e uma mulher bem mais nova que ela. Pensar em alguma coisa com Alane era irreal, porque ela não podia jogar fora o que tinha e que era sólido e de verdade para viver uma aventura com uma garota oito anos mais nova que tinha uma vida toda pela frente e nenhuma intenção de se envolver na vida complicada de Fernanda.

Você Vai Me DestruirOnde histórias criam vida. Descubra agora