03. Subindo a montanha

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Fazia ainda poucos minutos que estavam caminhando e que também estavam em silêncio, após a conversa estranha. Zoro parou de repente e virou na direção do loiro. Sanji estava de cabeça baixa olhando para o chão, quase trombou com o peitoral musculoso de Roronoa Zoro, se não tivesse parado a tempo ao ver as botas pretas bem a frente. Quando Sanji levantou o rosto notou que estava a poucos centímetros do rosto do agente, com as bochechas vermelhas ele deu alguns passos para trás.

— Qual é o seu problema, marimo? — Sanji disse trincando os dentes.

— Preciso que responda algo importante. — Zoro disse sério — Estou com isso a um tempo na cabeça. Você tem algum envolvimento com a máfia de Wano? Com o laboratório ilegal Germa 66?

Sanji de repente ficou tenso e começou a esfregar as mãos uma na outra olhando para baixo.

— Existe uma pasta com praticamente toda a sua vida que estudei cuidadosamente. — o agente continuou — Mas existem falhas nessa pasta e pontos faltando, buracos. Você acha que não notei seu sobrenome? Você é filho de Vinsmoke Judge, um dos mafiosos mais perigosos de Wano.

— Não repita isso nunca mais! — Sanji gritou trincando os dentes — Aquele lixo nunca será meu pai.

Roronoa notou o olho azul visível do loiro ficar avermelhado e algumas lágrimas escorreram pelas bochechas. Rapidamente Sanji limpou os olhos.

— Você não precisa falar sobre isso agora, mas você terá que falar, sabe disso não é? — Zoro encerrou essa conversa ao notar o quanto o loiro parecia abalado.

— Não se preocupe Roronoa. Tenha certeza que não tenho nada com esses lixos. — Sanji respondeu com a voz firme.

Ele voltou a abaixar a cabeça e seguir Roronoa que voltou a caminhar, mas de repente um pensamento passou pela sua cabeça, ele apressou os passos e parou a frente do agente de cabelos verdes colocando as mãos em um sinal de pare, o fazendo parar.

— Como vamos chegar nessa tal cabana, correndo o risco de se perder no caminho? Eu não sei o caminho, você sabe, mas vive se perdendo. — ele apontou para o outro homem.

— Tsc! Eu não vou me perder, vamos logo antes que escureça. — irritado, Zoro passou por ele voltando a caminhar.

— Mas ainda é de manhã. — Sanji questionou olhando o céu que aparecia entre as copas dos pinheiros — É tão longe assim?

— Não muito, uma caminhada de quase uma hora e meia. — Zoro disse olhando atentamente a volta.

— Uma hora e meia caminhando? Eu não sei se aguento caminhar tanto. — Sanji reclamou mostrando os dentes com uma careta.

— Exercícios físicos são bons para o corpo, você não faz? — Zoro perguntou em um pequeno riso.

— Não sou muito bom com essas coisas. — o loiro disse sorrindo.

— Fuma e não faz exercícios. Seus pulmões devem estar gritando por socorro. — Zoro disse olhando brevemente para ele — Por isso é magrelo. — ele riu.

— Ei, quem disse que sou magrelo? Cabeça de grama! — Sanji trincou os dentes e apertou o passo passando por ele novamente e parando a frente, em seguida ergueu a camiseta apertada que usava mostrando seu tanquinho semi definido.

— Vou te mostrar a cabeça de grama! — Zoro trincou os dentes agarrando o cabo de uma das katanas, mas parou e riu ao ver o que o loiro fazia.

— Por que tá me mostrando isso? Tá tentando me seduzir? — ele riu e voltou a caminhar passando pelo loiro.

Sanji abaixou a camiseta, todo envergonhado, ficando com as bochechas vermelhas e o seguiu, se sentiu um idiota por ter feito isso.

— Ainda é magrelo. — Zoro murmurou zombeteiro — O meu é mais definido. E você não disse que não faz exercícios, como ganhou isso?

Sobre um amor e o que veio depoisOnde histórias criam vida. Descubra agora