Sobre um amor e o que veio depois

05. Alvorecer

Passaram-se alguns minutos, após Sanji subir para os quartos. Zoro repetiu a comida, estava uma delícia. O loiro realmente merecia a fama que tinha de melhor cozinheiro, Zoro nunca comeu algo tão delicioso, ele nunca diria isso em voz alta, claro, seu orgulho não deixaria.

Após terminar a refeição, pegou a louça suja e levou até a pia, ele não queria ser um peso morto que não ajudava em nada, então lavou toda a louça.

Precisava ligar para o Garp e informar a situação, mas era tarde e decidiu deixar para o dia seguinte. Estava se sentindo muito cansado, não descansou muito, o cansaço não era apenas pela viagem longa que fizeram, mas também pela dor que a ferida lhe causava. Já sonolento ele resolveu subir para os quartos, depois de trancar as portas.

Viu sua mala no canto ao chegar no topo da escada, segurou na aba e puxou, fazendo as rodinhas deslizarem sobre o chão de madeira. Depois de entrar em dois quartos errados, ele finalmente encontrou seu quarto. Ao abrir a porta ele parou abruptamente, seus olhos abriram em surpresa, a boca se abriu minimamente.

Ele havia acabado de invadir o banheiro e Sanji estava lá, de costas e nu.

A cabeça balançou levemente, fazendo os cabelos loiros balançarem no ar, deixando pequenas gotas escorrerem pelas pontas. Gotas que escorriam pelas costas, deslizando através da pele branca até as nádegas durinhas, escorrendo entre as bandas que se contraiam a cada movimento do corpo. Zoro engoliu seco e desceu seu olhar até as coxas grossas.

— Ei! O que tá fazendo aqui? Seu tarado! — Sanji gritou ao se virar e encontrar o agente plantado na porta, com um olhar bem sugestivo, tentou cobrir o corpo imediatamente.

— M-Me desculpe, eu me perdi. — Zoro respondeu sentindo um calor inundar seu rosto.

— Não olhe! — Sanji protestou, Zoro ainda olhava seu corpo engolindo a seco.

— Desculpe. — ele se virou depressa sentindo uma fisgada forte lá embaixo, merda, ele ficou duro — Eu entrei na porta errada e também não imaginava que você tinha escolhido meu quarto.

— Seu quarto? — Sanji ficou surpreso

— Sim, esse sempre foi meu quarto. — Zoro respondeu sentindo o peito descer e subir rapidamente.

— Oh, me desculpe. Eu vou tirar minhas coisas daqui. — Sanji disse já enrolado na toalha, enquanto o agente ainda estava de costas sobre a porta.

— Não precisa, pode ficar aqui. Eu vou para outro quarto. Mais uma vez me desculpe por isso. — Zoro disse sentindo sua ereção começar a incomodar, aquele corpo nu não saía de seus pensamentos, ele deu um passo para sair do banheiro — E não mexa na última gaveta da cômoda, se não quiser se surpreender com coisas que vão ser desagradáveis pra você, a não ser que você gosta. — ele completou com um pequeno riso, antes de finalmente sair puxando sua mala.

— Coisas desagradáveis? — Sanji pensou em voz alta.

Ele saiu e começou a se secar, observando atentamente agora, viu um porta retratos sobre a cômoda, se aproximou observando que eram três adolescentes e uma criança juntos e abraçados, um deles tinha o cabelo verde e Sanji sorriu, notando imediatamente que era o agente Roronoa, não havia mudado muita coisa, exceto o olho que agora tinha a cicatriz, era tão fofo que dava vontade de apertar as bochechas, o olhar era afiado, como agora.

— Então você é carrancudo desde cedo, Roronoa. — ele pensou em voz alta, ainda analisando o porta retratos. Havia dois garotos de cabelos pretos, um deles tinha sardas e parecia o mais velho do grupo, o outro era pequeno, ainda era uma criança e um loiro.

Após deixar o porta-retratos no lugar onde estava, abriu sua mala e escolheu uma roupa. Olhou-se ao espelho já arrumado, com uma camiseta azul claro e um moletom cinza, abraçou o próprio corpo com um pequeno sorriso nos lábios, era gratificante ter seu corpo e suas roupas limpas novamente.