01. Na estrada

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As rodas prateadas do Dodge Charger preto 1969, passavam rápidas na rodovia. Fazendo o motor V8 roncar alto abaixo do capô. Um dos sons mais agradáveis para os ouvidos do homem de cabelos verdes, que segurava o volante com certo carinho. Mas esse som não o impediu de estar completamente nervoso agora.

Como foi se meter em tudo isso? Ele só queria estar sentado em sua poltrona favorita agora, tirando um bom cochilo.

Mas não, aquele velho rabugento tinha que ter lhe enviado em uma missão irritante, para proteger a vida de um mauricinho irritante, indo até o outro lado do país?

Já estava perdendo a paciência com o homem loiro sentado ao lado, no banco do carona. Usando um terno ridículo e uma pose idiota, como se ele fosse o homem mais importante do mundo. No início até sentiu pena dele, mas agora só conseguia se irritar ainda mais.

Um chefe famoso importante, de um restaurante de sucesso?

Grande merda!

Para ele, esse mauricinho não passava de um otário. Todo engomadinho, parecia até piada ter esse cabelo loiro lisinho e o olho azul. O perfeito padrãozinho.

O caralho!

Mas ainda sentia um pouco de pena, olhando agora com mais atenção, o olhar do loiro era triste e distante. Foi chocante a cena deplorável na qual o loiro foi encontrado.

Ele ainda se lembra claramente daquele momento.

Uma hora antes...

Dentro do carro preto, o homem de cabelos verdes esperava pelo sinal, ao lado estava seu parceiro que não parava de comer aquelas rosquinhas açucaradas que ele odiava, até o cheiro era doce demais para o seu paladar sensível.

— Eu vou enfiar a mão na sua cara, se continuar derramando açúcar dentro do meu carro! — ele gritou agarrando o colarinho do parceiro ao lado, que apenas riu.

— Calma, essa é a última. — o rapaz moreno de cabelos pretos respondeu sorrindo.

— Esse não é o ponto!

"Roronoa Zoro, Portgas D. Ace, estão autorizados a entrar". A voz surgiu no rádio comunicador.

— Hora do show! — Portgas virou o corpo mostrando a mão aberta para Roronoa.

— Vamos arrebentar tudo. — Roronoa pegou na mão de seu parceiro com um sorriso — Cobre a minha retaguarda.

Saíram depressa do carro, Portgas com o revólver nas mãos, enquanto Roronoa tirava duas de suas katanas da bainha.

Não muito longe se ouvia os tiroteios, a situação estava feia, haviam até fechado todo o perímetro próximo ao bairro. Após muitos dias de investigação, conseguiram encontrar o local onde o chefe de cozinha do famoso restaurante Baratie, estava em cativeiro.

— Cara! Só você mesmo para usar espadas em um tiroteio! — Portgas disse com um pequeno riso.

— Esse sou eu, você sabe! — Roronoa respondeu movendo as espadas e impedindo que algumas balas rápidas os acertassem, ele era um excelente espadachim, mas só usava suas espadas quando realmente era necessário, quando a situação estava feia.

Após cortar a porta de metal nos fundos daquele prédio imundo, correram em direção ao porão escuro, onde lá encontraram a cela. Quando Zoro se aproximou, sentiu raiva de como havia monstros que se intitulavam seres humanos. O rapaz está acorrentado em uma corrente longa, onde poderia facilmente se arrastar por toda a cela, na cabeça havia uma espécie de capacete de ferro, onde só havia os buracos dos olhos, entradas de ar nas narinas e uma pequena entrada na boca.

Sobre um amor e o que veio depoisOnde histórias criam vida. Descubra agora