Espelho.

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Nimia Recalt

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Nimia Recalt

Já se passou uma hora de conversas jogadas fora, comemos é claro um banquete super preparado, e eu sei que nenhum deles comeram.

Por que?

Eu não tive coragem de olhar para a cara de nenhum deles, todos me assustaram com excessão de Bill, na verdade ele sempre estava sendo gentil e conversando, mas eu ainda mantinha meu medo vivo e algo soprava na minha orelha com um aviso de perigo grande.

Era engraçado, eles passavam o garfo por toda a comida, enchiam o talher, e faziam a gente rir para então amontoar em um cantinho do prato, ou seja, em nenhuma parte sequer alguém engoliu um pouco de comida ali.

Mas os cálices estavam cheios, eles eram prata mas eu não consegui desvendar o líquido de dentro, não sei oque bebiam mas sei que aquilo sim, colocaram na boca.

— Bom eu, preciso de um ar, se me permitirem. — arrasto a cadeira um pouco para trás e me levanto.

Todos os pares de olhos se viram pra mim me fazendo ficar vermelha que nem um pimentão mas antes de qualquer pessoa perceber eu saio da sala de jantar. Volto para sala e cruzo os braços de frente pro peito vendo a porta que dava para o lado de fora já aberta.

Assim que saio eu consigo respirar finalmente, respirar com clareza, o ar gelado faz meu nariz arder mas eu não ligo muito, vento faz meus pelos se eriçarem e meu cabelo saltar de meus ombros se balançando automaticamente.

Quem me ver agora, não diria que estou muito diferente dos meninos ali dentro, branca quase pálida, lábios roxos de frio.

Por que caralhos eles não comeram? Eles nem tocaram na comida, é claro que minha mãe não deve ter percebido porque mais sorriu e falou do que prestou atenção e minha irmã a mesma coisa, ambas extremamente encantadas com os cinco filhos brilhantes e lindos do Sr Madoox.

Passeio por todo o quintal de vez em quando parando para puxar o ar, olho de longe para o labirinto e fico encarando o mesmo. Parece escuro e assustador como em um filme de terror, parece sombrio, tem algo ali dentro.

Dou um passo para frente e tombo a cabeça para o lado serrando os olhos, eu quero ver oque tem lá... odeio pensamentos intrusivos mas eu tô tão curiosa que nem penso no medo. Qual é, deve ter algo bem sombrio ali.

Mais um passo em seguida de outro e sempre mantendo meu auto controle, pela primeira vez eu estou ouvindo minhas vozes intrusivas, e sim, eu disse que não entraria nem morta mas pisquei e já estou na entrada do labirinto.

É tipo um jardim, a entrada é só de pedra aberta, e por dentro as paredes são de grama, bem cortadas e bem cuidadas. Ele tem uma certa iluminação até o meio, só de estar ali sinto a energia horrível, não me parece um lugar de coisas boas.

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