Oi, pra quem for ler isso aqui.Essa história é uma adaptação, então pode ser que ocorra alguns erros ao longo dos capítulos, mas prometo revisá-los ao máximo antes de postar.
Bom, sem mais delongas, espero que tenha quem leia e goste do estilo, se sim, volto em breve.
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Ainda sonolento, Gustavo utilizou o espelho do elevador para ajeitar com delicadeza as mechas loiras com as quais ainda não tinha se acostumado.
Depois de um curto suspiro seguido de um leve arquear de sobrancelhas, foi a vez da máscara receber um cuidado especial antes de atingir o andar térreo, e finalmente a porta do elevador se abrir.
Atravessando o saguão do prédio com a confiança que só a rotina confortável pode proporcionar, ele alcançou o portão e trocou as primeiras palavras cordiais do dia:
— Bom dia, Zé Carlos, a folga foi boa? — A fala foi completada por uma piscadinha, já que o sorriso agora se abrigava atrás da máscara.
Z: Foi sim, Seu Gustavo, Graças a Deus! — Devolveu a cordialidade com um aceno de cabeça — Trabalho tão cedo assim?
G: Graças a Deus, não! — Levantou as mãos espalmadas em direção ao céu, dramaticamente — Tô indo só comprar um pãozinho, mesmo!
Z: Ah, faz muito bem! Mas, ó... não esqueça nem por um segundo dos cuidados, hein! Esse bicho aí fora não tá poupando ninguém! — O tom preocupado aqueceu o coração de Gustavo.
G: E eu não sei, Zé? Que Deus continue nos cobrindo de bençãos, porque não tá fácil! — Replicou a preocupação em sua voz — Mas deixa eu ir lá, a gente vai se falando.
O porteiro acenou afirmativamente, encorajando-o a seguir seu caminho.
E foi o que Gustavo fez, com o espírito leve, apesar das circunstâncias.
Aproveitou bem a perfeita combinação do friozinho que fazia naquela manhã do final de maio, com os raios de sol que iluminavam a paisagem quase sempre cinza de São Paulo.
Como o tempo de exposição na rua tinha que ser cada vez mais reduzido Gustavo foi eficiente e desempenhou tudo que precisava rapidamente, retornando para seu prédio tão logo quanto lhe foi possível.
Distraído com as DM's de seu instagram, quando já estava a poucos passos de distância do portão o loiro teve sua atenção desviada para o tom de voz ríspido que escutou saindo do táxi estacionado do outro lado da rua.
- Eu sabia que eu não tinha nada que pegar corrida com alguém nesse estado, meu Pai amado! - o motorista não economizava no volume da voz - Que garantia eu tenho que essa menina aí vai se dignar a sequer lembrar que eu tô aqui em baixo esperando, hein?
Moço, eu estou te dando a minha palavra, confia!
A voz enrolada embolou os sentidos de Gustavo, e ele abaixou os óculos de sol até a ponta do nariz, tentando receber ajuda mais precisa da visão para ter certeza de que seus ouvidos não estavam lhe pregando uma peça, e o diálogo prosseguia...- Eu não vou confiar porra nenhuma! A parada vai ser a seguinte... - Gustavo conseguiu perceber a silhueta do homem se virando impetuosamente para o banco de trás - Deixa comigo esses óculos de sol aí da madame, e tá tudo no esquema. Você desaba na sua cama pra curar esse porre e eu sigo o meu caminho!
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Cinco Dias (MIOTELA)
RomansaQuando o isolamento não deixa outra alternativa a não ser dar vida ao que se tentou evitar e mascarar, mas que de fato tem força suficiente para mudar a nossa vida.