Rafael é um aluno de estática mediana vivendo sua vida de sempre em São Paulo. Rafael guarda um pequeno segredo de seu amigo de infância, de sua família e de todos ao seu redor. O jovem garoto vem encontrando-se perdido nos próprios pensamentos sobr...
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- O-Oi! – Por que eu gaguejei?! – Não, não. ‘Tá tudo bem?
- É que... Eu vi que você – Foi interrompido.
- Olha a cabeça! – Zombou Isaac jogando uma bola de futebol na cabeça de Edward. O outro exclamou pelo impacto e eu encarei o valentão.
- Não tem nada melhor ‘pra fazer não, Isaac?!
- ‘Pra que essa raiva toda, princesa? – Ousou encostar em mim. Gabriel bateu no seu pulso com força fazendo-o afastar a mão.
- Toque no meu amigo e você morre. – Ameaçou rouco.
- Uin, que meda. É seu namoradinho- Isaac foi brutalmente interrompido quando Edward chutou com tudo seus... É, países baixos. Eu arregalei os olhos e os alunos ao redor riram alto quando notaram.
Os amigos de Isaac fizeram menção de atacar, mas o gringo tomou as rédeas.
- Eu juro que vou castrar cada um de vocês! - Ameaçou e lá mesmo os caras pararam.
Gabriel literalmente chorou de rir. Edward virou para mim de novo. Eu estava tentando não rir alto.
- Me acompanham?
- Claro. – Sorri largo e seguimos Edward. Passamos rapidamente nas salas só para pegar as bolsas e fomos para a entrada. Sentamos nas escadas esperando os ônibus (eu não precisava, mas Edward ainda queria falar comigo).
- Ok, eu gostei de você – Gabriel comentou. – Qual o seu nome mesmo?
- Edward.
- Ok, Eduardo e Mônica.
- Hein? – Segurei o riso.
- Nada não – Gabriel sorriu. – Por que não fez isso com o babaca antes? Ele é ‘mo pé no saco.
- Não queria me meter em problemas – Abraçou os joelhos e deitou a cabeça nos mesmos – Eu sou novato, então não posso socar a cara dele. Não ainda. –
- Ainda – Ri. Nossos olhares se bateram e eu tive a certeza de que vi milhares de belas cores surgirem e nos cercarem. Tenho quase certeza de que corei levemente. Eu não sei porquê isso estava acontecendo, mas era estranho... De uma forma diferente... – Então... Você queria falar comigo, ‘né? – Ele levantou a cabeça piscando seus belos olhos algumas vezes. Belos olhos mesmo.
- Ah, é – Riu constrangido – É que... Bem – Coçou a nuca – Eu não quero parecer intrometido, mas... Vi que você tem... Um pouco de dificuldade em inglês. – Ele falava tudo com muita cautela, provavelmente sem querer causar uma má impressão.
