A princesa perdida

Capítulo 7

Lily não me disse por que temos que ir, mas algo me diz que ela sabe. Ian desde que perguntou o ano em que eu nasci não fala comigo direito, ele chega tarde em casa e sai toda noite.

Lily disse que ele só pegou uns dias agitados no trabalho, não sei se é verdade mas tudo bem...

Estamos indo a caminho do palácio, foi a primeira vez em que eu saí da casa do Ian, eu não estava muito disposta a uns dias atrás e a Lily me disse pra tomar cuidado já que eu não sei o que eu sou ainda e não tenho poderes para me defender.

Lily fez um portal pra nos deixar perto do palácio, agradeço por não ter que caminhar isso tudo. Chegando no centro de Elysium vejo cafeterias, loja de roupas, tecidos e pequenos mercadinhos de rua, era tudo simples mas muito bonito.

A paisagem natural era de se admirar, tinha bastante árvores e flores, a estética das casas era de madeira e pedra as ruas também eram de pedras se fosse no mundo humano teria o meio-fio mas aqui são arbustos que fazem essa função.

-Só posso ir com você até aqui, lembre-se do anel, se você pressionar ele e pensar em mim eu sei que você quer falar comigo.

-Tá bom Lily, você me espera? Eu te vejo mais tarde.- Ela somente acena com a cabeça.

Vou em direção ao palácio, era enorme, tinha várias torres e ele era feito de pedra, mas não como as casas do vilarejo, era diferente, mais sofisticado e tinha bandeiras na cor amarela indicando que ali era o palácio real.

Entro e sinto que todos estavam me olhando, Lily me aconselhou a colocar um vestido que eu supôs ser arrumado demais, era um veste musgo clarinho, não era longo batia perto do joelho. Não sei se era por isso, as moças daqui costumavam a usar vestidos nos pés praticamente.

Estou com o meu colar, ele ia pra tudo comigo então hoje não seria diferente. Fomos organizadas em fileiras por ordem alfabética.

O rei passou pelo corredor que tinha um lindo e longo tapete vermelho, na presença dele todos fizeram silêncio.

Quando ele se posicionou na frente do palanque senti que ele olhava para cada uma de nós, quando ele olhou para mim senti que ele fixou o olhar no meu colar.

-Hoje todas vocês foram convocadas aqui pela busca da nossa herdeira que foi roubada! Tirada de minhas mãos em quanto era somente um bebê! Nossa linhagem se manteve incompleta por tempo demais, que os anjos nos abençoem pela busca da verdade.

Não foram chamadas todas as meninas, chamaram umas três e depois fui chamada para uma salinha separada.

-Qual seu nome?- O homem que não conheço me perguntou.

-Samantha Hawthorne.

-Da onde você é? E seu sobrenome tem que origem?- Penso um pouco antes de responder, não sei da onde é meu sobrenome, desde bebê eu tenho ele.

-Eu era do mundo humano, Sedona, acabei de chegar aqui, e o meu sobrenome eu não sei, morei em um orfanato até meus 18 anos e desde sempre tive esse nome.

-E o seu colar?- Todos tinham interesse no meu colocar não sei o por quê.

-Minha mãe deixou junto comigo, fui deixada na porta do orfanato com ele.- Digo de maneira simples.

-Espere um minuto.- O Homem me deixa sozinha e quando eu menos espero o rei entra na sala, só tem nós dois aqui.

-Meu nome é Aurélio Elysium, o nome do reino é o sobrenome real, com o objetivo de dividir reinados, a linhagem Elysium é muito forte, vem governando por séculos, só eu estou a 4 séculos.- a olha apavorada, então ele tem uns 400 anos?