A princesa perdida

Capítulo 25

Pov Anna:

-O que você fez com a Samantha?- não posso me calar, já estive quieta por tempo demais!

-Quem você pensa que é para questionar minhas decisões? Que eu me lembre você pediu para mantê-la viva! Eu fiz o necessário.- dizia minha mãe, eu pedi para mantê-la viva, mas não que virasse um fantoche dela.

-Estou falando sério, o que você fez com ela? Ela não lembra de nada que aconteceu desde que veio pra cá.

-Não lembra e se você me perguntar mais alguma coisa sobre esse assunto ou abrir a boca para alguém eu vou fazer o mesmo com você. Eu sacrifiquei a minha vida pela sua. Se você não quer ser a rainha ótimo! Mas alguém tem que ser e vai ser do meu jeito. Ela não era confiável antes, agora ela está perfeita.- mamãe termina de falar, convicta do que tinha feito o bem para a Sam.

Sai de seu quarto, eu não tinha ninguém que podia me ajudar. Estava sozinha vendo a Sam sofrer.

Quando ela veio para Elysium eu me senti horrível. Fiquei com muito ódio dela, era pra ser eu no lugar dela, as vezes ainda me pego pensando nisso, mas sei que ela não pediu por nada disso.

Eu venho agindo impulsivamente a meses, se eu tivesse aberto os olhos antes e falado pra ela nada disso teria acontecido...

Talvez se eu falasse para o papai... ele poderia me ajudar.

Vou em direção a sala do trono, espio e vejo que ele está sozinho! Perfeito.

-Papai, eu gostaria de falar com você.- vou em sua direção e me ajoelho diante dele.

-Fale pequena criança.- ele me olha indiferente.

-O senhor não percebeu que a Samantha está diferente?- agora me permito olhá-lo.

-Percebi! Até que enfim ela cresceu e parou com as suas rebeldias, já estava pensando em como iria fazer para a colocar nos trilhos, mas sua mãe disse que dava conta e é verdade. Ela é uma verdadeira rainha.- ele dizia apaixonado, fala sério, não tinha nada de belo em minha mãe.

Quando eu era criança eu admirava ela, porque ela é uma mulher muito fácil de conseguir respeito e admiração. Mas quando eu cresci acabou a magia.

Na verdade se não fosse pela chegada da Sam eu ainda acreditaria em sua doce face... mas eu não a reconheço mais, será que ela sempre foi assim?

Trapaceira com as pessoas? Enfim, nunca saberei.

-Na verdade eu acho que ela não está bem...- eu nunca contrariei eles, eu estou insegura e com muito medo.

-Levante-se e olhe para mim! Você não sabe o que está dizendo. Não quer ver a sua irmã bem? Eu não te criei assim.- e quando vejo eu estou no chão novamente.

-Nunca mais questione os meus métodos e os da sua mãe!- coloco a mão no rosto, ele me bateu.

Ele me bateu?

Estou sem forças para levantar, as lágrimas continuam a cair dos meus olhos e o ar me falta. Nunca fui tão humilhada.

Escutou a porta batendo com força ela, ele saiu da sala.

-Ei Anna, eu posso te ajudar?- escuto um guarda se aproximando de mim.

Olho para cima e vejo Matteo, eu o odeio. Sempre via ele falando mal de mim para a Sam. Mas eu não consigo mandá-lo embora e muito menos xingá-lo.

Então ele estende a mão para mim, ele era o único que podia me ajudar... mas eu não queria a sua ajuda.

-Eu posso me virar sozinha.- saio secando as minhas lágrimas. Mas assim que chego no quarto elas caem novamente.