Capítulo 11

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Acordei no meu quarto e estava escuro, a última coisa que me lembro foi de participar do pequeno júri que virou uma bagunça.

Que vergonha, desmaiei na frente de todo mundo. Se antes me achavam fraca agora todos tem certeza!

Quando vou me levantar olho para a minha poltrona e encontro nada mais nada menos do que o IAN.

-Seu doido o que está fazendo aqui?- meu coração está em disparado, se hoje eu não morrer com certeza não morro mais!

-Estava cuidando de você, avisei o Matteo que estaria aqui.- ele disse de forma simples, como se não corresse perigo de sermos pegos.

-Inclusive quero te perguntar se estava sonhando comigo, já que estava soltando risadinhas.- quando ele disse isso fiquei vermelha igual um pimentão.

-Não estava sonhando com nada, você só pode estar ficando maluco!- digo brava e com vergonha.

-Você fica fofa com raiva, você devia voltar a dormir.

-Você vai ficar aqui comigo? Sua noite vai ser desconfortável aí na poltrona. falando em noite você não tinha que estar trabalhando?- olho para ele esperando sua resposta.

-Está me expulsando estrelinha?- ele me olha com um olhar desafiador.

-E se eu estiver?- o olho da mesma maneira.

-Você seria um ser muito ruim, já que eu salvei a sua vida. Você sabe que aqui no mundo sobrenatural não existe favores né? Você tá me devendo uma.

-Não vou dizer que não fui avisada sobre seus traços tóxicos...- falei o provocando

Ele vem até mim, me pegando no colo e me jogando na cama.

-Você realmente deveria dormir...- ele tira meus cabelos da frente dos meus olhos.

Coloco minhas mãos atrás de seu pescoço e digo:

-dorme comigo?- meu pedido saiu de forma mais dengosa do que eu esperava.

-Aí o que eu não faço por você né Samantha?.- entendi isso como um sim.

Estar com ele me fazia bem, mais do que eu acho que deveria. Se eu penso no reino meu coração fica apertado, ninguém aprovaria minha relação com o Ian, mas ao mesmo tempo que eu acho que ninguém tem nada a ver com isso, fico pensando que se eu for rainha seria um pensamento egoísta. Mas por enquanto vou pensar que somos somente amigos com alguns privilégios.

Ele deita do meu lado, e eu o olho.

-Você não gosta de Elysium né?- pergunto a fim de entender mais sobre toda a história que eu ouvi no café.

-Não é que eu não goste, só acho que não me encaixo aqui.- ele não parecia querer falar sobre o assunto então deixei quieto.

Me viro para tentar dormir e sinto ele chegando perto das minhas costas. Ele coloca a mão na minha cintura e me puxa para mais perto.

-Você tá perguntando isso por que acha que foi eu no campo?

-Não, jamais! Eu conheço você de longe. Sei que não faria isso comigo.

Ele encosta o nariz no meu pescoço me cheirando, e em seguida deixando um beijo no local.

-Que bom que você sabe que eu nunca te machucaria.- as palavras dele saem como um sussurro, ele parecia magoado com alguma coisa.

-tá tudo bem?- resolvi perguntar.

-Sim.- ele me deu uma resposta breve indicando que não estava a fim de conversar.

A princesa perdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora