Capítulo 13

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Um batida soa na porta e um segundo depois Emma entra com um carrinho cheio de pratos, que provavelmente são os mesmo preparados para a Família real.
Ela coloca o carrinho próximo à mesinha de chá e virou para me encarar, então olha para a comida e de novo para mim. Eu entendo o que ela quer dizer. Se ela deve me servir ou eu mesma me sirvo.
Eu aceno para ela, de modo que de a entender que eu me sirvo. Ela faz uma reverência e sai.
Eu puxo Sammy e nos sentamos nas cadeiras, ele pega os pratos e tira as tampas, cada comida é melhor que a outra. Sammy não se serve fica apenas olhando para as comidas e depois para mim.
-O que foi Sammy?
-Eu nunca comi nada como isso, eu achava que a comida que é dada para nós era boa, mas vocês comem mil vezes melhor que nós.
E nesse instante eu engulo em seco. Nunca parei pra pensar realmente na nossa diferença de classe. Eu fui criada comendo assim, mas ele não. Antes de vir para cá, ele tinha pouco, muito pouco, e quando chegou aqui foi um tipo de alívio comer melhor. E enquanto ele estava talves passando fome, eu estava comendo e brigando que não queria comer.
Sammy me olha confusa.
- O que houve Kate? Por que está chorando?
Só então passa a mão pelo rosto e o sinto molhado, não tinha percebido que estava chorando.
Eu enxugo o rosto e sorrio.
-Não é nada.
-Claro que é. Você simplesmente desligou e depois as lágrimas vieram.
-Não é nada, eu estava pensando apenas em... -Se eu falar que é na nossa diferença ele vai começar um discurso de Somos-Muito-Diferentes e dai eu vou me sentir mal, então apenas invento uma desculpa.
-Estava pensando no meu pai. Ele... Ele gostava de você.
-Eu gostava dele. Ele não ligava para o fato de eu ser apenas o filho da empregada. Ele me disse uma vez que...
Ele para e apenas me encarra sorrindo.
-O que Sammy?
-Ele disse que um dia eu seria o rapaz que governaria ao lado de sua primogênita. Eu seria aquele que a faria feliz. Antes mesmo de eu perceber, ele já sabia que eu era seu.
E que você era minha.
-Meu pai era sábio.
-Talvez tenha errado apenas em uma coisa.
-O que?
-Não é nada. Vamos comer.
Eu olho para ele confusa e aceno, concordando.
Ele me serve primeiro e depois se serve, enquanto comemos, ele faz piadas e nós doia rimos.
Quando acabamos de comer, e ele junta as coisas e deixa no carrinho.
-Vamos? -Ele pergunta estendendo a mão para mim.
-Sim, vamos. -Eu concordo colocando minha mão na sua e o acompanhando. Nós saimos do quarto e viramos o corredor em direção à escadaria mais próxima. Nós subimos as escadas e continuamos pelo corredor. Temos de subir mais duas escadarias até o terraço. Passamos pela segunda escada e vamos em direção a porta, que esconde a escada para o terraço, que fica em um corredor sem saída, o unico jeito de entrar ou sair e pelo corredor que estamos.
Chegamos até a porta e eu giro a maçaneta... Mas nada acontece. Eu giro novamente e empurro a porta, mas ela continua parada.
-Só pode ser brincadeira. -Eu digo com raiva. Quero chutar essa porta.
-O que foi?
-A porta está trancada.
-Como assim trancada? -Ele pergunta e tenta abrir a porta, dando empurrões mais forte, mas aconteceu a mesmo coisa que aconteceu comigo. Nada.
-Devem ter trancado por causa dos convidados do meu aniversário.
-Ta, e onde a chave ficaria?
-Eu não sei. Talves com meu tio.
-Thomas? Não, ele não cuida dessas coisas. E que tal com Miguel, ou com sua mãe.
-Não, eles tem coisas mais importantes do que isso.
-E que tal com as ... -Ele para de falar.
-Com as? -Eu pergunto confusa, e então eu escuto. Passos vindo em nossa direção. Mas não são passos qualquer, são pessados, e parece que a pessia está com raiva. Eu conheço esses passos, tive medo deles durante minha juventude. Era...
-Miguel! -Susurro assustada.
-O que? Tem certeza?
-Sim,venha. -Puxo Sammy pelo corredor, tentando abrir as portas, mas nenhuma delas abre. Finalmente , a ultima porta do corredor se abre e Sammy e eu entramos nela.
O cômodo é pequeno a ponto de mal caber eu e Sammy juntos. Ele peocura pela luz e a liga. Olho em volta e tenho um certo alívio ao ver onde estamos. É um armário para as criadas guardarem os objetos de limpeza. Tem algumas prateleiras com produtos e algumas vassouras.
Eu dou uma risada, porque é realmente engraçado ter que me esconder aqui com Sammy.
-Por que está rindo?
-É apenas engraçada essa situação. Nunca imaginei isso.
-É, eu também não. -Ele ri.
-Quanto tempo vamos ter que ficar aqui?
-Por que quer sair? Não gosta da minha companhia? -Ele pergunta passando os braços pela minha cintura e me puxando contra ele.
-Não.
-Será? -Ele roça os lábios nos meus, sem realmente me beijar.
-Sim.
-Você ainda quer sair daqui? -Ele provoca, dando rápidos selinhos em mim.
-Não.
Okay, quando foi que perdi o dom de formar frases, ou talves falar qualquer palavra que seja monosilabica ? Talves quando ele apenas me tocou.
-O que houve Kate, o gato comeu sua língua?
E antes que eu fale qualquer palavras, ele captura meus lábios com os seus. O beijo é tão bom quanto o primeiro e o segundo. Ele começa a me beijar ferozmente, dando pequenls chupões e mordidas no meu lábio inferior. Ele passa a língua entre meus dentes, pedindo para entrar. Eu pemitp e quase me derreto ao toque de seu língua na minha. Com uma mão ele segura minha cirtura fortemente e a outra ele segura minha cabeça. Eu seguro seu pescoço e o puxa para mais perto de mim, mas é quase impossível. Não haver esçaço entre nós, não há nada que nos impeça de ficar juntos.
Então eu escuto.
Maçaneta girando. Porta abrindo. E um gritinha de susto.
Eu me desgrudo de Sammy e fecho os olhos. Vira para a porta e os abro. Para minha sorte é uma empregada.
-Princesa! -Ela faz uma reverência. -Perdão, eu não sabia que o armário estava... ocupado. -E começa à fechar a porta novamente.
-Não tem problema. E espere. Eu preciso falar com você.
-Sim senhorita.
-Primeiro. Você não viu nada aqui, certo? Você nunca nos viu. -Eu sorrio.
-Correto. -Ela sorri, parece menos preocupada.
-E segundo, eu preciso que nos ajude. Miguel está no corredor?
Ela olha para o corredor e depois de vira para nós.
-Não, senhorita. está tudo limpo. Podem sair.
Eu fico aliviada e saio do armário, com Sammy atrás de mim. Eu olho para a garota. Ela é bonita, talves minha idade. Seu cabelo, é uma cor alaranjada, o que combina com seu rosto pálido. Ela tem olhos castanho escuro, e seu rosto tem um adorável formato de coração.
Sammy segura minha mão e olha para a garota.
-Você sabe dizer como podemos abrir o terraço?
-Claro, a chava fica com o chefe da guarda. Achei que você soubesse já que é um guarda.
Eu aponto para o rosto de Sammy.
-Haha, eu te disse.
-Que seja, obrigado pela sua ajuda. Foi útil.
-Não tem problema. -Ela abaixa o rosto e cora um pouco. Bem, eu entendo ela. Sammy é de tirar o fôlego.
Olho para ela mais um vez e tem uma coisa que está me instigando.
-O que você faz?
-Como assim senhorita?
-Qual seu trabalho? O que você faz aqui?
-Eu cuido da limpeza desta parte do último andar -Ela diz com um pouco de tristeza na voz.
-Qual seu nome?
-Marie.
-Okay, Marie, eu quero que você procure a Emma, ela é chefe das criadas, diga que eu estou te enviando para treinar, e que eu a quero como minha segunda criada.
Ela olha maravilhada para mim. Seu sorriso é enorme.
-Obrigado Senhorita.
Ela faz uma reverência e sai. Quando ela vira o corredor eu me viro para Sammy.
-Acho que vamos ter que ficar em outro lugar, o terraço falhou, porque eu não vou pedir para Thomas, ele vai questionar. E se você pedir?
-Não vai dar certo, conheço meu tio.
-Que tal o armário? -Ele diz rindo.
-Sammy, tem centenas de salas nesse Palácio, podemos ficar em qualquer lugar.
Nós rimos e ele me puxa para o andar de baixo, para a procura de um lugar para passarmos a tarde.

Oiiiiee
Depois de um século eu postei, mas postei né kkkkkk. Eu tive muita dificuldade em escrever essa parte. E junto com esse capítulo, vem uma novidade.... Capítulos maioreeeeees :D
Beijinhos de Luz

A Princesa e o GuardaOnde histórias criam vida. Descubra agora