Pêssego

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Hey docinhos tudo bem? Eu espero que o dia de vocês esteja sendo maravilhoso!

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Hey docinhos tudo bem? Eu espero que o dia de vocês esteja sendo maravilhoso!

Mais um capítulo por aqui pra alegrar o dia de quem lê

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Eu mal consigo notar o quanto tempo eu passo encarando o espelho durante as manhãs, observando meu corpo nu e cada detalhe daquilo

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Eu mal consigo notar o quanto tempo eu passo encarando o espelho durante as manhãs, observando meu corpo nu e cada detalhe daquilo. Cada mancha... cada sequela de dor insuportável que eu fui obrigado a passar por tantos anos.

Não vejo nada certo, não tem nada de bonito aqui.

Errado.

Nojento.

Distorcido.

Depois de ter finalmente me libertado da vida em que eu vivia e ter vindo morar com a desconhecida que salvou minha vida, eu passei a não ver mais sentido nas coisas, não via mais sentido em mim. Nada do que eu vejo em mim é o que eu gosto quando no fim das contas eu não estou no lugar certo.

Sou grato a Beatrice por ter me puxado naquele maldito dia em que eu tentei me jogar na frente de uma avenida e esperar que minha morte acontecesse de forma catastrófica, embora eu quisesse que minha dor se tornasse como o pó; ainda há um fiapo de esperança quando me lembro que tenho uma pessoa a quem foi capaz de me amar nesse mundo inteiro.

Não é que eu tenha aprendido a amar a vida ou algo do tipo, na verdade eu espero ansiosamente que algum acidente me ocorra e eu acabe partindo dessa pra um segundo plano. Ou talvez apenas um vazio, nunca se sabe; mas acontece que a vida é mais colorida quando se tem alguém a se importar e na qual se importe com você.

Permaneço me observando sem camisa no espelho, odiando cada detalhe do meu tronco, odiando cada detalhe e cada ponto que existe ali até ouvir batidas na porta. Não demorando a me vestir, faço isso e murmuro algo como "entra" para que ela pudesse abrir a porta que eu já não costumava deixar trancada.

Sabor de pêssegos, e um pouco maisOnde histórias criam vida. Descubra agora