Um dia antes do extermínio

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Levantei da cama e dei uma bocejada daquelas. A cama do Alastor é como se fosse uma nuvem, bem macia e aconchegante. Eu fui olhar para a janela de frente do quarto e vi Alastor saindo do hotel. Eu me pergunto o que ele costuma fazer no tempo livre. Eu fui ao meu armário e me troquei. Queria me aproximar mais do pessoal do hotel, talvez hoje seja o dia.

Descendo o elevador, caminhei até o hotel. Vejo Husk, Angel e uma garota de cabelos rosados enormes.

Angel: Chegou a nossa santinha. - desceu um shot.

Husk: E aí, Lilian.

– Oi gente.

?: Quem é essa coelhinha? Nunca vi ela por esse inferno.

Husk: Nova por aqui.

?: Eu sou a Cherry, gatona. Ei, hoje vamos para uma balada foda pra caralho. Você deveria vim.

Husk: Não acho que a Lilian seja de festas.

Angel: Cala boca, bora se divertir. Não vi você se divertindo até agora Lilian.

Cherry: Esse é o espírito, porra! – Cherry riu e deu leves tapas em Angel.

Angel: Aí gata, vamos daqui umas 2h, não quer se preparar?

– Me preparar?

Cherry: Você pretende ir com esse vestidinho formal?

Husk: Ela tá bonita na minha opinião, até demais. — Husk me olhava de baixo para cima com um olhar esquisito.

Angel: É verdade, ela tá bonita. Deixa ela ir como quiser, é só umas bebidinhas casuais e uma música, não precisa de todo um charme. Nos vemos na festa, gata! – Cherry e Angel subiram para o segundo andar.

Husk: E aí, qual seu lance com o Alastor?

– Huh? Como assim? — me sentei em um dos bancos do bar.

Husk: É, tipo... Ele parece gostar de você. Ele não é do tipo emocional, ele tá mais pra um anti-herói, se é que me entende.

– Não sei bem.

Husk: Bom, se vocês não tiverem nada, podemos considerar essa ida a balada algo casual entre mim e você.  O que acha?

– Não sei não, não te conheço bem e não tenho esse tipo de interesse por ninguém.

Husk: Nem na sua vida passada?

– Nem eu sei o que eu vivi no passado. Mas acredito que foram apenas coisas ruins para eu estar aqui.

Husk: Nem todo humano vive de pura discórdia. Você, por exemplo, deve ter amado alguém alguma vez.

– É, talvez... – as palavras do Husk me deixou descontraída e pensativa, decidi ver até aonde iria. — Tudo bem, mas nada que ultrapasse os limites.

Husk: Pode deixar, madame. – Husk me serviu um licor suave e dei pequenos goles.

2 horas depois...

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