O anjo caído

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Charlie estava de um lado para o outro esperando algo. Eu estava em minha poltrona com sempre, Angel estava no sofá com sua cabeça deitada no colo de Husk. Serpentious estava com seu grupo de ovos sentados ao seu redor com Keeke em seu colo.

– Alguém vai contar porque a Charlie está maluca de novo?

Angel: Ela está tentando pensar em atividades para fazer com os novos demônios daqui, a Vaggie levou uma parte deles para a biblioteca para ler livros, tipo um clube do livro... Sei lá, foda-se essa merda.

Charlie: Eu tô animada mas ao mesmo tempo MUITO NERVOSA. Eu não estava preparada pra tanta gente vim ao hotel de repente... – disse olhando para seu quadro de tarefas.

Husk: Escuta Charlie, acredito que essas tarefas fáceis e simples, apenas curtindo a companhia um do outro pode ser uma boa.

Charlie: Como assim?

– Aquele pessoal estão agora lendo livros, não é? Estão dividindo suas opiniões, aprendendo a respeitar diferentes pontos de vista e o principal, ficando juntos.

Charlie: Mas como vou fazê-los quererem a redenção?

Angel: Gata, eu nem pensava nisso de redenção. Hoje estou totalmente mudado e tenho a certeza que não estou mais sozinho, eu tenho vocês.

Husk: Isso é verdade. Quando Angel fez amizades de verdade, ele mudou de vida por conta própria.

Charlie: Isso é verdade, eu falei sobre isso na reunião no paraíso. – ela voltou a olhar para seu quadro, pensativa.

– Sabe, quando eu cheguei aqui eu não estava com vontade alguma de fazer amigos além de fugir para minha vida e saber a verdade. Mas aí, com o tempo eu fui me acostumando com a presença de todos e gosto de ficar aqui.

Charlie: Mas você nunca se afundou em drogas, pornografia e essas coisas.

Husk: Mas o Angel sim, ele mudou. Se acalma Charlie, é só fazer o mesmo sistema que fez conosco.

Charlie: Certo, irei me concentrar nisso. – ela pegou sua caderneta e começou a escrever ideias.

Angel: Ai que tédio, sério.

– Nem me fale...

Husk: A gente bem que poderia sair.

Angel: É verdade, tem uma festinha roland aq— o celular dele vibra e ele pega para olhar – Ah, não vai dar não.

Husk: É ele?

Angel: Depois a gente marca isso daí.  – ele se levanta e sai disparado do hotel.

– É o Valentino?

Husk: Eu queria que ele ficasse livre daquele psicopata. — ele disse colocando suas mãos em seu rosto, estressado.

– Nunca entendi bem porque apenas um olho dele é negro.

Husk: Valentino pegou apenas metade da alma dele. Porque ele só quer o Angel em horário de trabalho.

– Uh, ele trabalha? Eu achei que ele trabalhava aqui no hotel.

Husk: Ele é ator pornô.

– Deve ser difícil para ele.

Husk: Ah, enfim, vou voltar ao meu trabalho.  — ele se levantou e se direcionou ao bar. Eu senti outro ruído em meus ouvidos, um alto e forte. Eu puxei minhas orelhas para baixo em agonia e senti uma mão tocar meu ombro. Era Alastor, dando seu sorriso amarelado para mim.

Alastor: O que foi, querida?

– Apenas uma dor no ouvido, já passou. – ele assentiu e sentou-se no sofá ao meu lado. Sempre que eu tenho esses ruídos, sempre deve envolver Alastor. Não deve ser porque ele está perto, se não várias vezes eu iria ouvir. É algo específico nele que causa isso em mim, só não sei o quê.

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