Cervo em Pele de Cordeiro

O extermínio

Me estiquei na cama e não senti Alastor. Me levantei e caminhei até a janela, consegui ver o hotel com a porta aberta mas não conseguia enxergar lá fora. Fui ir pro elevador mas ele estava desligado, cliquei várias vezes no botão e não ligava mesmo. Fui me sentar na cama e vi uma pequena caixa com um laço e uma pequena carta ao lado.

Eu chego perto e pego a carta. Era do Alastor e estava escrito;

"Olá querida, não quis te acordar para te dar este presente. Não sou fã da tecnologia atual, mas sei que vai ser necessário para você. Assista tudo pela janela, tive que desligar tudo porque sei que você iria tentar em algum momento fugir, perdão por isso. Com carinho, Alastor."

Eu abri a caixa e era um celular, vi o preço estampado do outro lado da caixa e fiquei surpresa, talvez com um peso no coração. Não gosto da sensação de gastarem tanto comigo. Eu liguei o celular e ele já parecia configurado para mim. Havia um aplicativo do jornal, de mensagens e outro de vídeos. Eu abri o aplicativo de mensagens e fui ver os contatos.

Charlie, Veggie, Rosie, Serpentious, Cherry, Angel... Mas não havia Husk. Desde o primeiro dia, percebo que Alastor tem uma grande indiferença com o Husk. Parece que os dois não se gostam. Eu queria saber o porque.

Eu me sentei no pé da cama, olhei para a janela por horas. Eu esperei o tal do extermínio acontecer, segurando a carta do Alastor, eu fiquei apreensiva.

— 2 horas depois...

Vi vários canibais na frente do hotel, Charlie e Veggie estavam na prontidão. Vi Angel, Husk e Cherry com armas e o Serpentious entrou para o hotel. Procurei desesperadamente o Alastor, eu não o achava. Um grande escuro negro com feixes verdes cobriu todo o hotel, impedindo que os anjos entrasse. Vi todos os anjos batendo a si mesmo contra o escudo. De longe reconheci, o escudo. Eu me aproximei da janela e procurei novamente o Alastor e o vi em pé no térreo do hotel, esperando alguém, aparentemente.

Uma grande guerra aconteceu no chão, Veggie mostrou suas asas de anjo, que me chocou um pouco, ela não era um demônio mesmo? Quando eu disse que ela era um demônio diferente, era porque ela havia dois olhos, mas um estava arrancado. Charlie estava em sua forma demoníaca e voava em seus dragões para impedir o extermínio.

No chão, Angel e os outros atiravam constantemente nos anjos, Nifty esfaqueava todos loucamente e os canibais atacava os anjos mordendo seus pescoços e quebrando suas costelas em chutes, socos ou mordidas.

Após várias mortes depois de alguns anjos conseguirem atravessar o escudo, vejo um anjo de asas douradas lutando com Alastor. Alastor acerta alguns golpes, mas diferentemente dos outros, ele estava lutando apenas com seu cajado. Ele ficou semi-demoníaco e deu um leve tropeço que levou um ataque do anjo. Quebrando seu cajado ao meio, antes que ele pudesse fugir, o anjo agarrou seu pescoço e o jogou no chão e acertou poderes celestiais em suas costas, desprotegido. Logo o anjo voltou a brigar com Charlie e o grande escudo havia sido desfeito. Alastor caminhou ate a torre de transmissão escondido e entrou.

O elevador fez um "bip" de iniciamento, o Alastor ligou a energia da torre. Eu entrei no elevador e subi para a sala de controle. Alastor estava no carpete, com seu cajado ao seu lado partido ao meio e com alguns queimados e feridas pelo corpo. Eu me aproximei dele e me sentei à sua frente. Levantei seu rosto para mim e ate seu rosto estava machucado e roxo.

– Eu te avisei, Alastor. — ele engoliu a seco e negou com sua cabeça. — Eu vou dar uma palavra com aquele anjo.

Alastor: Aquele é o Adão, o primeiro anjo da terra...

– Não ligo pra quem seja. — subi para meu quarto rapidamente e coloquei uma saia e desci novamente a torre de controle.

* Alastor POV *