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De repente um CEO

Eu me chamo Lorena Torres, tenho 22 anos, hoje moro em Seattle, me mudei para cá, desde quando minha vida chegou no fundo do poço.

Lembrança on

Conheci Bernardo na escola, namoramos por todo o ensino médio, pra mim ele era perfeito, ele foi meu primeiro amor, meu primeiro namorado, foi com ele que eu perdi minha virgindade, ele foi primeiro em tudo, até mesmo o primeiro e o último homem a me levar ao fundo do poço.
Quando terminamos o colegial, nos casamos, não foi na igreja e nem nada, como diz minha avó, juntamos os panos de bunda e fomos morar juntos. Minha mãe implorou pra eu não sair de casa, que era cedo demais, pra eu estudar, trabalhar para não depender de homem nenhum, antes de eu decidir casar com alguém. Mas eu estava decidida, eu e Bernardo queríamos muito morar juntos, viver o nosso amor, construir nossa família e se estabilizar na vida financeiramente. Alguém quer mais além disso? Não né! Isso é o sonho de toda mulher, ou era...
Vivíamos em um apartamento confortável para um casal, eu fazia faculdade de administração de noite, e trabalha de dia para ajudar nas despesas de casa. Já o Bernardo só trabalhava, ele dizia que ainda não tinha se decidido o que queria fazer. E nisso o tempo foi passando. Bernardo mudou um pouco, estava mais ausente, não ligava muito pras coisas dentro de casa, vivia chegando tarde e muitas das vezes chegava fedendo a bebida.

Um dia cheguei mega feliz em casa, no trabalho fui promovida, antes eu era recepcionista de uma empresa de marketing na minha cidade, e um dia o Senhor João Paulo me chamou na sala dele, e falou do meu ótimo desempenho na empresa e que daqui a um semestre eu estaria formada, e como uma forma de estimular a mim e aos outros funcionários da empresa, ele me promoveu a secretária dele, a secretária do CEO. Eu não sei vocês, mas eu fique mega feliz, além do reconhecimento profissional, meu salário ia dobrar. E a noite recebi que minhas notas da faculdade, e eu havia passado direto, sem precisar ir fazer exame final.
Cheguei em casa quase as 23h, e para a minha surpresa, Bernardo não estava em casa, o que achei estranho, geralmente ele só chega tarde, quando tem futebol com os amigos, ou quando ia pescar. Mesmo assim nada ia abalar minha felicidade, assim eu esperava.

Tomei banho coloquei uma lingerie sexy, um vestidinho soltinho e curto, fiz um macarrão ao molho branco delicioso, e esperei ele chegar. Fui para o sofá, peguei meu celular já que nem sinal do Bernardo. Mandei mensagem pra ele e ele não visualizou, liguei várias vezes, mas só chamava.

Não sei em que momento eu dormi, mas sei exatamente o momento em que eu acordei e como acordei. Bernado estava me sacudindo com uma certa brutalidade, falando coisas que não conseguia entender, pois eu estava atordoada e sem entender o que estava acontecendo, até sentir um tapa em meu rosto, seguido de mais dois, meu rosto esquentou, ardeu e lágrimas rolaram automaticamente.  E só então comecei a entender o que ela estava falando.

Bernado me xingava de vagabunda, de puta, e perguntava sem parar com quem eu tava traindo ele, onde eu estava, para está vestida daquele jeito.

Sem me dar o direito de resposta, ele saiu me puxando pelos braços com força, em direção ao quarto, assim que chegamos no mesmo, ele me jogou em cima da cama, e ali, ele abaixou somente a calça dele junto com  a cueca e me penetrou, forte, me machucando, pois eu não estava preparada, estava seca de mais. Enquanto eu o empurrava, tentava tirar ele de cima de mim, ele metia com mais força, apertava meus rosto batendo. Toda a força que fiz pra tirar ele de cima de mim foi em vão. Pois Bernardo só saiu de cima de mim quando ele gozou. Eu simplesmente virei pro lado e chorei baixinho, me lembrando das palavras da minha, e perguntando a Deus do por que isso estava acontecendo comigo.

Horas depois fui para o banheiro, deixei a água morna cair no meu corpo, levando junto minhas lágrimas e dores, e tendo a certeza que isso jamais vai sair da minha cabeça.

No outro dia fui trabalhar, e o Bernardo ficou lá dormindo, feito um anjo no qual descobri da pior forma que ele não era.

As semanas foram passando, o sumiço dele com mais frequência, sempre voltava bêbado para casa e eu simplesmente só sobrevivia.  Vez ou outra ele me agredia. Um dia passei mal no trabalho, me levaram ao hospital, e ali tive a notícia que eu menos esperava.

Eu estava grávida, em outros tempos minha felicidade estaria completa, mas hoje eu só queria que fosse mentira.

Quando cheguei em casa mais cedo do que o normal, tinha roupas espalhadas pelo meio da casa, barulhos no qual eu conhecia bem o que eram, gemidos cada vez mais altos vindo do nosso quarto. Quando olhei pela porta que estava entreaberta eu vi Bernardo em cima da minha melhor amiga desde a escola, transando na nossa cama.

Saí de casa atordoada,  correndo, algo no chão, e eu só ignorei e continuei correndo, descendo as escadas muito rápido. Quando pisei em falso e sai bolando escada a baixo.

Acordo, olho ao redor tentando saber onde eu estava e logo vi que eu estava em um quarto de hospital, e lá no canto sentado de cabeça baixa estava Bernardo, chorando. Quando ele se deu conta que eu acordei, levantou-se rapidamente vindo até a mim, e eu mandei ele sair do quarto, ele não questionou, só saiu.

Minutos depois o médico apareceu me dizendo que eu havia perdido o meu bebê, aquele ser tão pequenininho, não estava mais ali, e eu chorei, pois naquele momento me deu conta que ele era o que eu mais queria nessa vida.

Em um mês, minha vida havia se transformado em um inferno. Apanhei, fui violentada pelo meu próprio marido, perdi um bebê que eu mal tinha descoberto a sua existência, peguei meu marido transado com minha melhor amiga na nossa casa, em cima da nossa cama.

Eu tinha pedido minhas contas da empresa, tranquei minha faculdade, voltei para a casa dos meus pais, eles não sabiam o que tinha acontecido, eu não queria contar a ninguém. Fiquei lá trancada no quarto por dois meses. Sofrendo, chorando, devo ter perdido alguns kilos, eu estava irreconhecível na frente do espelho, cheia de olheiras, a vida pra mim não tinha mais sentido algum. Cheguei no fundo do poço.

De Repente Um CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora