Capítulo 2

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Continuo correndo com Alan atrás de mim. Não acredito que eu ainda sou uma suspeita. Admito que aparecer aqui de repente na cena do crime pode ser mais um motivo bem suspeito, mas mesmo assim!

Consigo ver a saída da floresta e o beco onde estacionei a moto mais à frente. Preciso ser rápida, ou ele me alcança antes mesmo de subir na moto.

Saio da floresta e coloco mais velocidade ainda nos meus pés. Chego até a moto e coloco a chave seguido do capacete. Mas vejo Alan parado a poucos metros longe da entrada do beco.

Alan: Desça da moto ou eu atiro.

- Saia da minha frente ou eu te atropelo.

Alan: Inacreditável. Ainda me ameaça...

- Eu prometo que podemos beber um café depois, mas agora eu preciso ir, Alan!

Alan: Você não vai sair daqui, Evie.

- Não? - o som do motor fazia a ameaça que estava prestes a sair

Alan: Evie...

- Foi mal, Senhor Bloomgate.

Acelero a moto e vejo ele em um pulo ir para trás. Ouço o disparo pegar ao lado do pneu, mas paro de ouvir na mesma intensidade que ele sumia de vista atrás de mim.

Eu não acredito nisso, ele estava tentando mesmo atirar em mim?

Ignoro e continuo o caminho para Toolstade, já perdi mais tempo do que tinha planejado. E eu espero que ele não decida me seguir.

[...]

Estaciono em um outro beco e sem enrolar entro pela floresta. Acredito que o mapa que eu consegui é o mesmo que o Jake tem. O que prova que não é muito confiável já que fez com que ele se perdesse lá dentro por um momento.

Continuo seguindo e ouço vozes quanto mais perto eu chegava. Conforme o mapa, eu estava na parte detrás da entrada da mina. Talvez eu consiga ficar nas costas dos agentes.

Guardo o mapa já que posso me localizar pelo som das vozes e as luzes de algumas lanternas.

Vejo uma parte mais aberta e consigo ver cinco agentes na entrada. Pelo o que posso presumir, eles estavam querendo entrar na mina.

O que definitivamente não pode acontecer de jeito nenhum.

Era agora, eu preciso levá-los o mais longe possível daqui. E para isso, terei que fingir ser o Jake.

Coloco o capuz e preparo para ligar a lanterna novamente, essa vai ser a forma mais eficaz de atrair a atenção deles. Na outra mão deixo a conversa do Jake já preparada, ele está online, o que é bom. É melhor do que ligar e correr o risco de reconhecerem que a voz é feminina.

Respiro fundo e me agacho atrás da árvore, e então saio detrás e miro a lanterna na direção dos cinco. E como previsto, ao mesmo tempo eles olharam e puseram as armas nas mãos.

Ai porra!

Corro para trás e ouço o passo de todos atrás de mim, isso é mais assustador do que eu estava esperando, tenho que admitir.

- Não percam ele de vista, ouviram? Não percam!

Bom, pelo menos acreditaram que sou o Jake. E melhor ainda, não estão atirando em mim. Mas acho que falei cedo demais.

Ouço um disparo e em seguida ele pegar na árvore que estava ao meu lado, coloco o braço no ouvido e continuo correndo. Precisava ficar um pouco mais longe.

Ouço outro disparo e felizmente pega em outra árvore. Olho para trás e vejo que estamos longe da onde fica a entrada, era agora.

| Jake |

À sua mercê - 𝐽𝑎𝑘𝑒 𝐷𝑢𝑠𝑘𝑤𝑜𝑜𝑑Onde histórias criam vida. Descubra agora