Chapter Two

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No dia seguinte, Casey despertou lentamente, com os primeiros raios de sol filtrando-se pelas cortinas entreabertas. Por um momento, ela se sentiu desorientada, até que a familiaridade do quarto começou a retornar. Assim que olhos desceram para a figura loira deitada ao seu lado, um sorrisinho se fez presente nos lábios da mulher. Alex estava de costas, o lençol cobria metade de seu corpo, deixando visível suas costas nuas e os fios loiros caídos ali.

Ela se sentou na cama, olhando ao redor com curiosidade. O quarto era simples, mas acolhedor, com detalhes que revelavam a personalidade de sua proprietária. Uma pilha de livros na mesinha ao lado da cama, uma fotografia emoldurada na parede, uma fragrância suave que permeava o ar.

Então, uma onda de memórias da noite anterior veio à tona. Lembrou dos toques suaves dos lábios da loira contra os seus, um beijo que incendiou sua pele e fez seu coração disparar. Os dedos de Alex traçando caminhos ardentes por sua pele, despertando sensações há muito tempo adormecidas. O calor dos corpos se unindo em um abraço apaixonado, cada movimento carregado de desejo e ternura.

Recordou-se das palavras sussurradas, em seus ouvidos, promessas de prazer e entrega, enquanto exploravam os limites do desejo mútuo. Os gemidos de prazer ecoando na penumbra do quarto, testemunhas silenciosas de uma conexão profunda e avassaladora. Cada momento compartilhado com Alex era uma chama que queimava com uma intensidade avassaladora, consumindo-as em uma agitação de paixão incontrolável. E agora, enquanto revivia esses momentos em sua mente, Casey sentia-se tomada por uma ânsia ardente por mais, ansiosa para reencontrar-se nos braços de Alex.

Ela queria tanto ficar mais um pouco ao lado da mulher, abraçar sua cintura e dormir como fizeram na noite anterior, mas ao olhar o pequeno relógio ao lado da cama, a ruivinha lembrou-se de algo que não podia adiar. Seu voo. Sairia em minutos e ela não tinha como não ir. Casey não queria sair sem avisar, mas também não queria acordar a mulher, que estava em um sono tão gostoso. Com mãos trêmulas, ela escreveu um bilhete e deixou em seu travesseiro ao lado da loira:

"Sarah,

Espero que tenha dormido bem. Tive que sair mais cedo, tinha um voo marcado e preciso voltar para a minha cidade. Sinto muito não ter avisado antes, espero que possamos nos encontrar outra vez.

- Casey".

Alex despertou não muito tempo depois, estava se acostumando com a claridade invadindo sua janela. Quando virou-se para o lado, pegou o papel com certa curiosidade e leu as palavras escritas à mão. Um misto de emoções tomou seu corpo ao ler aquilo, sentiu uma pontada de tristeza ao perceber que Casey havia partido tão repentinamente, mas ao mesmo tempo, uma sensação de alegria e gratidão inundou seu coração. A noite que passaram juntas foi especial, e Alex guardaria aquelas lembranças com carinho. Além dos sentimentos que outrora foram notáveis, a loirinha estava com um pressentimento estranho, ela realmente sentira vontade de contar para Casey a verdade por trás do nome Sarah, mas não podia deixar que tudo aquilo voltasse outra vez, não podia simplesmente dizer a Casey que foi vítima de uma tentativa de assasinado pelo cartel colombiano, que agora estava há anos fingindo estar morta, e que estava na proteção a testemunha. Seria demais para a ruiva assimilar, e bem, elas se conheciam há apenas um dia. 

Com um suspiro resignado, Alex levantou-se da cama e começou a se preparar para o dia que iniciava. Enquanto arrumava a bagunça no quarto, deixou que as lembranças da noite anterior a aquecessem, sabendo que, apesar da partida de Casey, aqueles momentos permaneceriam vivos em sua memória por muito tempo.

the girl from the barOnde histórias criam vida. Descubra agora