Porque a última vez que você me viu
Ainda está queimada no fundo da sua mente
Você me deu rosas e eu as deixei lá para morreremEntão essa sou eu engolindo meu orgulho
Em pé na sua frente dizendo que sinto muito por aquela noite
E eu volto para dezembro todo o tempo
Acontece que a liberdade não se mostrou nada além de saudades suas
Desejando ter percebido o que eu tinha quando você era meu
E eu volto para dezembro, dou meia volta
E faço tudo ficar bem
Eu volto para dezembro todo o tempo
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Selena Gomez - NarrandoChoro como se não houvesse o amanhã, vejo que Patty está me olhando sem saber o que fazer.
- Eu que dei isso para ele - digo por fim vendo ela me analisando com um sorriso nos lábios.
- Isso já é o suficiente para mim - diz ela.
- Como assim? - digo limpando as lágrimas que insistiam em cair.
- Isso demonstra que apesar de tudo, ele ainda gosta de você, e sei que é só questão de tempo para vocês voltarem - diz ela.
- Acho que não, dessa vez acho que será um adeus definitivo - digo sentindo um gosto amargo na boca.
- Te digo uma coisa por experiência própria, coisas mal resolvidas voltam - disse ela
- Eu sei, e é disso que eu tenho medo. - digo
- Não deveria ter medo, pois é algo que vai acontecer você gostando ou não- diz ela
- Tenho medo de que volte, e eu saia mais machucada do que eu já estou - digo fungando
- Isso é algo que você não pode evitar que aconteça, no final sempre nos magoamos, mais essa é a graça de viver. Qual seria a graça de brincarmos quando crianças se não fosse para nós machucarmos, para aprendermos a andar de bicicleta primeiro caimos para só depois conseguirmos nós equilibrar. - diz ela me dando um sorriso gentil que conforta meu coração. - O importante na vida é sempre enfrentarmos tudo com um sorriso no rosto, e lembre-se o que é pra ser vai ser, agora vamos pra mesa jantar e apenas ignore o casal feliz- diz ela com deboche.
Vou no banheiro passar uma água no rosto para disfarçar os vestígios de choro a alguns minutos atrás.
Antes de voltar para a sala, passo de frente do quarto do Justin, o qual a porta está entreaberta, como minha curiosidade é maior eu entro pra da uma olhadinha e vejo que o quarto mudou bastante desde a última vez que eu vi.
Ele tinha trocado o papel de parece por um mais escuro, assim como sua cama, seu quarto estava com seu cheiro e me pego cheirando seu travesseiro sentindo seu maravilhoso perfume do qual senti muita falta.
Uma lágrima solitária desce sem nenhum aviso, limpo ela rapidamente e saio do quarto indo para a sala de jantar.
- Onde você estava? - pergunta minha avó assim que eu entro na sala.
- Eu fui ao banheiro - digo me sentando em uma cadeira de frente pro casal feliz.
- Querida estávamos falando o quanto você está bonita - diz Patty para mim.
- Obrigada - digo um pouco envergonhada por ter os olhares de todos a mesa pra mim.
- Como é estar de volta? - Pergunta Jeremy pai do Justin para mim.
- É estranho, mais estou gostando, estava morrendo de saudades dos meus amigos - digo.
- Que bom, fico feliz, pensei que você teria problemas para se adaptar novamente - diz ele.
- Não, nesse tempo que fiquei fora, eu mantive contato com meus amigos - digo me lembrando das vídeo chamadas que eu fazia com eles.
- É sempre bom manter o contato com os amigos - diz Jeremy
- Eu fico feliz que ela fez amizade com amigos tão bons, na outra escola ela não falava com ninguém, fui até chamada várias vezes na escola por isso, chegaram até a pergunta se ela tinha passado por algum trauma - disse minha avó.
- Como assim? - pergunta Patty
- Quando os pais dela morreram, ela começou a se isolar e por isso não fazia amizades, pois ela tinha medo de perder os amigos da mesma forma que perdeu os pais.- disse minha avó
- Que triste, ela deve ter sofrido muito - diz Patty.
- Sim, e nos sofriamos junto com ela - disse meu avô.
- Que bom que ela conseguiu vencer esse trauma - disse Patty
- Sim, tenho muito orgulho da minha menina - disse meu avô me olhando orgulhoso, o que fez eu cora mais ainda.
Graças a Deus eles começaram um assunto sobre as viagens do trabalho e tiraram o foco de mim.
Durante o jantar pude perceber a forma como a Camila estava me olhando e não era de uma forma contente, podia sentir o ódio dela.
Já o Justin me ignorou o jantar todo, como de costume.
Assim que o jantar acabou eles foram pra sala e eu pedi pra que meu avô me levasse em casa dando a desculpa de que eu teria aula amanhã.
Me despedir dos pais do Justin com um abraço e pra ele e a namorada dei apenas um aceno com a cabeça.
Chego em casa e vou direto para meu quarto, pois meu avô tinha voltado pra lá.
Faço um coque no cabelo e vou para o banheiro para tomar um banho, enquanto faço isso meus pensamentos voam para o menino de olhos castanhos.
Em apenas dois dias pude perceber o tanto que as coisas mudaram, em apenas um ano.
Antes eu tinha tudo, e agora não tenho nada.
E isso tudo é culpa minha, pois por mais que eu não tivesse escolha, eu só pensei no que estava sentindo e queria fugir daquele sentimento.
E vejo que hoje ainda sinto a mesma coisa.
Uma chama que me predomina e que faz com que eu vá a loucura.
Tudo o que eu mais queria esquecer, está vivo dentro de mim.
Então todo aquele ano de pura dor e tristeza não serviu de nada, se na primeira vez que o vejo tudo volta e ainda mais forte e doloroso.
Termino meu banho, pego um roupão e vou pro closet.
Pego um shortinho confortável e uma blusa os dois na cor rosa.
Me sento na cama de frente da janela e me pego pensando no primeiro dia que ele veio me visitar, sinto uma enorme ansiedade só em pensar de poder vê-lo novamente subindo minha sacada.
Me levanto, abro a janela e vou até a sacada vejo um carro preto parado de frente da minha casa, mais não sei de quem é, assim que percebe que estou olhando pra lá, o carro da uma arrancada indo embora.
Fico mais alguns minutos lá e logo volto para o quarto, pra dormir pois amanhã teria um dia longo e cheio, e pelo meu azar provavelmente estressante.
Contínua.............