8. Close Friends (!)

78 12 4
                                    

[LongFic Honkai:Star Rail | Bronseele] [Au] [8]

Aqui estamos com mais um cap, espero que gostem! E não esqueçam de comentar pra saber se estão gostando.

Betado novamente pela mesma pessoa (to cansada de te marcar kkk)

---------------------------------------------

" Bronya correu o mais longe que conseguiu, porém, aquilo não foi o suficiente, nunca era. Aquele lugar era frio e ela sentia-se muito só, mais do que podia calcular. A pequena criança sentia-se só, as outras crianças eram demasiado cruéis e tinham rasgado o seu livro favorito, com lindas ilustrações. Sentia-se deprimida e mesmo assim, resolveu andar pelo playground. Afinal tinha algo a perder?

No entanto seu corpo se arrepiou ao ouvir um choro baixinho vindo perto do escorrega. Então a de cabelos grisalhos caminhou lentamente e foi em direção ao choro. Ao chegar a frente do escorrega, se deparou com uma pequena garota com o cabelo embaraçado, abraçando seus próprios joelhos enquanto soluçava. A boca de Bronya se abriu e nada saiu, apenas sentou-se do lado da garota que logo se apercebeu de sua presença.

─ O....o que você quer? ─ Perguntou a garotinha de cabelos escuros, totalmente emburrada. - Não veio pegar os meus quadrinhos como os outros?

─ Eu entendo a sua dor, rasgaram o meu livro favorito. ─ Diz Bronya tristemente, tentando deixar a frustração de lado.

─ Eles vão ver! ─ A menor disse contrariada, começando a ficar com raiva.

Bronya riu de sua atitude, sentindo-se mais leve.

─ Me chamo Bronya e você? ─ Se apresenta a de cabelos cinzas.

─ Seele.─ Responde a outra. ─ Vamos dar uma lição neles?

A menor se levantou e estendeu a mão em sua direção. Bronya olhou para aquela mão estendida em sua direção e se perguntou, tem como recusar? Sem opções a mesma pegou em sua mão, vendo o sorriso arteiro no rosto de Seele se alargar fazendo-a sorrir automaticamente. E com isso a roxeada a puxou em direção ao baloiço e a de cabelos grisalhos teve de ter cuidado para não tropeçar em seu próprio pé e cair em cima da outra.

─ Você está falando sério? ─ Perguntou Bronya fazendo uma careta.

Seele riu de sua expressão.

─ É claro, não posso deixar mexerem com a minha nova amiga e comigo! ─ Disse como se fosse óbvio.

─ Mas eu não sei brigar! ─ Diz a mais alta vendo a outra colocar a mão na cintura, confiante.

─ Sem problemas! Eu faço tudo sozinha! ─ Pronuncia Seele, confiando em suas próprias habilidades de briga.

Mas isso pareceu preocupar a pequena Bronya.

─ Não quero deixar a minha nova amiga, sozinha! ─ Gritou Bronya sentindo seus olhos encherem de lágrimas. ─ Ninguém merece estar só, Seele, eu prometo que vou estar com você!

A menor parou de andar, e apertou a sua mão enquanto corava e olhava para o chão.

Logo soltou a sua mão.

─ Bronya, aqui as promessas são levadas muito a sério. ─ Diz Seele. ─ Não prometa, se não for cumprir...

─ Eu sei, por isso eu prometo não te deixar só.

─ Então você promete de dedo mindinho? ─ Pergunta a outra.

Bronya assente com a cabeça, enquanto estende a mão direito, mais especificamente o dedo mindinho. E Seele logo leva o seu dedo em direção ao outro, o apertando.

─ É bom cumprir a sua promessa. ─ Sugeriu Seele, não se apercebendo que tinha soado como uma ameaça.

─ Eu vou.~ ─ Responde Bronya sorrindo com seus dentes de leite.

As duas sorriram uma para a outra e logo saíram correndo dali indo em direção as crianças que mexeram com seus preciosos tesouros.

Afinal elas aprenderiam uma lição. "

Com o suor escorrendo em sua testa, uma faísca eletrizante percorreu por todo o seu corpo e ela logo abriu os olhos. Demorou uns minutos para Bronya ver que aquele sonho era real demais para ser verdade, era uma memória no fundo do seu intimo. A mesma levantou a cabeça da mesa, tinha adormecido na secretária do concelho estudantil. Era difícil voltar a realidade depois de ser enxurrada com um balde de água fria de memórias.

Mordendo o lábio inferior, sutilmente, a mesma pegou em sua bolsa e saiu da sala. Caminhou pelos corredores vazios, aquela hora a maioria das pessoas estava em suas respetivas salas de clube. E como ela já tinha feito o seu trabalho resolveu ir para casa. Ao sair da escola e caminhar em direção ao portão, a Rand encontrou Seele encostada como se estivesse esperando por alguém.

─ Hey, princesa! ─ Cumprimentou Seele.

Bronya pensou seriamente se deveria corrigir aquele apelido, mas optou por deixar para lá.

─ Olá, Seele! ─ Cumprimento Bronya de volta. ─ Você está esperando alguém? Você não tem clube?

Seele riu.

─ Estava te esperando, nunca tive interesse em nenhum clube.

Logo as duas começam a caminhar uma do lado da outra, em direção a casa de Bronya que era mais perto do colegial do que a casa de Seele. Pelo caminho a Rand perguntou-se deveria mencionar do que tinha lembrado da promessa delas. Bronya observava a menor gesticular enquanto falava animada sobre as aventuras do gangue, de como o Sampo a tirava do sério e da competitividade de Luka.

─ Seele. ─ Chamou a de cabelos grisalhos, parando de andar.

Vendo a outra parar de repente, fez a mesma também parar.

─ Sim?

Sua garganta pareceu apertar e ela se perguntou se isso era normal. Aos poucos o aperto foi diminuindo e as palavras finalmente saíram.

─ Tive uma pequena lembrança de como nos conhecemos. ─ Diz a Rand começando a andar devagar.

Seele sorriu animada, mas logo tratou de cobrir o seu sorriso na tentativa de esconder a sua animação por isso. Bronya não pode deixar de achar aquilo tão adorável, conseguia facilmente assemelhar a Seele que conhecia agora com aquela criança arteira que pegava em sua mão e a puxava para a briga.

─ E peço desculpas por não cumprir com a minha promessa. ─ Continuou a acinzentada. ─ Afinal, eu te deixei sozinha.

Seele suspirou e aproximou-se lentamente de Bronya.

─ Argh! Você pede tantas desculpas, Bronya! ─ Diz Seele ficando sem jeito.

─ Desculpa...

─ Viu? De novo! ─ Acusa Seele caindo na risada.

Bronya riu era verdade, estava acostumada a ser politicamente educada graças a Cocolia e muitas vezes nem sabia o porquê de estar desculpando-se. Porém graças a Seele pode observar como aquilo acabava por se tornar desnecessário.

Ao chegarem na porta de casa de Bronya, as duas ficaram se encarando, pensando em como despedir-se. Então a Rand tentou abraçar Seele porém a mesma demorou para entender causando um pequeno momento constrangedor, por fim Seele acabou cedendo e abraçando a mais alta.

─ Tchau~! ─ Despede-se Seele, indo embora.

Com um sorriso em seu rosto e com as bochechas pintadas de vermelho, Bronya abriu a porta de casa. Ao entrar se deparou com Serval sentada no sofá lhe olhando com um grande sorriso em seus lábios.

─ Boas amigas, hein? O que foi aquele abraço? ─ Perguntou Serval vendo a filha ficar com as orelhas vermelhas de vergonha.

─ N-nada! ─ Respondeu Bronya, sem saber onde enfiar a cara.

Em passos apresados a mesma se dirigiu para os seus aposentos, onde pode finalmente jogar em sua cama e agarrar em seu travesseiro, o apertando em seus braços. Enquanto sua cabeça estava nublada e só conseguia pensar em Seele. Parecia até uma maldição que aquela garota não saísse de sua cabeça.

Afinal era comum pensar tanto em suas amigas mais chegadas?

Continua...(?)

Girlfriends | BronseeleOnde histórias criam vida. Descubra agora