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A primeira semana de aula dos Akutagawa passou voando.

Dazai também estava terminando as gravações do próximo filme que seria lançado.

Nessa última semana, ele se aproximou de Chuya e de seus amigos, além de descobrir a fama de Taichara por fazer bullying com os alunos, mas nunca se meter em encrenca. O também moreno descobriu que Chuya sabia falar francês, porque tinha crescido lá e se mudado com 8 anos para o Japão com sua família e que ele e Taichara tinham um histórico juntos.

Hoje eles estavam na aula de artes, e ele notou o quanto Chuya pintava bem. O exercício era pintar um parque que o professor mostrava no quadro, usando a técnica de impressionismo e o quadro de Chuya estava indo muito bem. O de Osamu estava bom, porque já teve aula de artes, para atuar em um de seus filmes, mas não tanto como o de Chuya.

- Nossa Chibi, seu quadro ta lindo. Não sabia que você sabia pintar.

- Não vai largar esse apelido, mesmo, não é? - O ruivo reclamou - Não basta a ane-san e aquele do meu irmão maluco me irritando. Agora você também.

- Ah! É que ele é tão bonitinho! - O moreno sorriu para o amigo - Mas sério. Sua pintura tá ótima.

- Obrigado... Eu amo pintar. É uma das coisas que realmente consigo fazer bem. - Então Chuya olha para o quadro do amigo - Mas não posso dizer que o seu tá ruim, Dazai.

-Ponha a culpa nos filmes. - O adolescente diz, fingindo cansaço - Você não tem ideia do tanto de coisas que eu tenho que aprender para atuar em um filme...

- Você não se sobrecarrega, não? Atuar, cuidar dos seus irmãos, estudar... Não é muita coisa para administrar.

- Bem... no início até que foi bem difícil. Mas você se acostuma, sabe? - Dazai voltou a focar em sua pintura - Você nunca sentiu que algo era difícil, mas você repetiu tantas vezes, que você passou a nem se importar?

Chuya começa a pensar. Isso já tinha acontecido, sim. Apesar de que para o moreno devia ser bem mais difícil, Chuya se lembra como ele quis desistir de algumas coisas, de tão impossíveis que estavam e de como teve que se acostumar com as coisas, mesmo sem querer.

O ruivo não podia negar que Osamu era esforçado. Mas ele percebeu que algumas coisas eram só atuação. Já estavam tão perfeitas, que era quase imperceptível. Nakahara achava que Dazai colocava coisas demais em suas costas, para só um adolescente. Ele ficou surpreso ao descobrir que Dazai podia falar francês fluentemente, igual a outras línguas. Mas a pergunta que mais martelava na cabeça alaranjada de Chuya era: Quem era o pai dessas crianças. Ele simplesmente não entendia como Dazai conseguia cuidar de seus dois irmãos sozinho e ainda administrar mais tudo.

Então o sinal do almoço tocou.

Os outros adolescente começaram a sair correndo.

Dazai se levantou, tirando seu avental, cheio de tinta e indo até o professor.

Chuya não entendia o porque mas ele sempre ia falar alguma coisa com os professores, antes de sair da turma.

Ele observou o professor, Hirotsu, dar um sorriso para o moreno, antes de acenar e começar a sair da sala, também.

- Vamos, Chu?

- O que tu sempre fala com os professores, Dazai?

- Nada demais. Agora, é melhor irmãos. Deixa a sua pintura secando, que depois a gente volta. Eu vou lavar as mãos na pia. Vai tirando seu avental, ai. - Ele fala, indo até a pia e voltando, rapidamente - Vamo encontrar a Yosano?

- Tá. Aquela doida já deve ta nos esperando, com o Ramps. - Chuya responde, guardando seu avental e fechando as tintas.

- O que você tem contra ela, Chibi? 

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