13

90 15 8
                                    

— Ane-san, o jantar já tá quase pronto? O Ramps e a Gin estão mortos de fome. — Chuya pergunta, entrando na cozinha, onde Kouyou, com um avental vermelho e cabelos ruivos presos em um coque bagunçado, estava mexendo em uma panela com um aroma delicioso de comida caseira.

— Oh, baixinho. Tenha um pouco de paciência, vai. Só mais 5 minutos e tá pronto. — Kouyou responde, com um sorriso paciente, sua voz carregada de carinho fraternal.

— Você com esses apelidos também, não, ane-san! — Chuya diz, saindo da cozinha irritado, seu rosto vermelho de frustração.

Kouyou ri um pouco, antes de voltar a mexer na panela. A comida estava quase pronta, e o cheiro estava deixando todos na casa ansiosos e com água na boca.

Então Paul, com seu cabelo loiro bagunçado e um sorriso desajeitado, entra na cozinha, roubando um pedaço de queijo da bancada.

— Ei! Espera só mais cinco minutos, Paul! Se você roubar mais alguma coisa, vai ficar sem comida. — Kouyou adverte, com um tom de mãe exasperada.

— Credo! Por que meus dois irmãos têm tanta raiva contra mim? — Paul diz, apoiando o cotovelo na bancada e sorrindo de maneira desajeitada, sua expressão uma mistura de inocência e descontração.

— Porque você é o mais irritante da família! Só a Kyoka te suporta. E você, também é gay demais, perto do seu namoradinho! — A ruiva fala, suspirando e mexendo na panela com um gesto decisivo.

— Ei! — Paul faz uma careta. — Você e o Chuchu são parecidos demais! Eu só queria falar um pouquinho com minha querida irmãzinha mais nova.

— Nós temos a mesma idade.

— Eu nasci 3 minutos antes, então sou tecnicamente mais velho, Kouyou.

— Pode até ter nascido antes, mas com certeza é mais burro. — Kouyou dá um sorriso de canto, seus olhos brilhando de sarcasmo.

— Oh! — Paul dá um suspiro dramático. — O que os ruivos dessa família têm contra mim? — Então ele sai da cozinha, igual Chuya havia feito, com uma expressão de derrota.

— Finalmente paz... — Kouyou dá um suspiro aliviado, mas imediatamente retirou suas palavras ao ouvir:

— Kouyou-san...

Gin, Ryunosuke, Rimbaud, Fukuzawa, Atsushi, Kyoka e Rampo, todos com expressões de curiosidade e expectativa, olhavam uns para os outros na sala de estar, onde estavam jogando cartas. Gin estava no meio da partida, com uma mão mostrando três reis. Ela deu um pequeno sorriso, entregando as cartas a Ryunosuke, o adolescente com cabelo preto e uma expressão séria.

— Passo. — O jovem diz, deixando Gin incrédula, seus olhos grandes de frustração.

— Ora seu! — A garota sentiu vontade de explodir, seus olhos pequenos e brilhantes de raiva.

— Gin, nós já jogamos juntos desde que você tinha 7 anos. Você acha que eu não te conheço? — Ryunosuke diz, com um olhar cansado e um tom de frustração, suas sobrancelhas franzidas.

Atsushi, um jovem com cabelo loiro e uma expressão confusa, olha para os dois.

— Então... a sua mão é boa, Gin-chan?

— Ai, Atsushi! Lento como sempre... — Rampo, com cabelo castanho e uma expressão de tédio, reclama, olhando para o irmão mais novo.

— Não é minha culpa se sou uma pessoa com a inteligência normal! — Atsushi diz de volta para seu irmão, seus olhos expressando uma mistura de ofensa e desdém.

— Parem os dois. — Fukuzawa, com uma expressão calma e autoritária, diz, interrompendo a discussão.

— Desculpa, pai... — Os dois pedem em coro, com expressões de culpa genuína.

Gin joga suas cartas na mesa com um gesto decidido.

— Ah! Sua mão era tão boa, Gin-chan... — Rimbaud comenta, sorrindo para a garota, seu tom de voz lúdico e animado.

Então todos ouvem:

— Jantar tá pronto!

Com isso, as crianças e Rimbaud, um homem de cabelo escuro e expressão alegre, vão correndo para a mesa de jantar, enquanto Kouyou dá um último olhar à comida antes de se juntar a eles.

— Finalmente! Eu tava com tanta fome! — Gin diz, sentando-se rapidamente, seus olhos brilhando de antecipação.

— Finalmente comer! — Rampo exulta, pegando uma porção generosa de comida, com um sorriso de satisfação.

— Famintos! Vocês só pensam em comida! — Ryunosuke e Atsushi dizem ao mesmo tempo, se encarando logo em seguida com uma expressão de desgosto mútua. — Você tá me imitando? Não, você está! Para de me imitar!

Gin e Rampo começam a rir com a discussão, seus rostos iluminados pela diversão.

— Do que você tá rindo, pirralha! — Ryunosuke olha para sua irmã, com uma expressão de frustração.

— Da sua cara. — A menina responde, continuando a rir, seus olhos brilhando com alegria.

Todos comem felizes, a comida de Kouyou realmente era maravilhosa, e o ambiente estava cheio de calor e satisfação.

— Senhorita Kouyou, se não se importar, você deveria abrir um restaurante! — Gin diz, maravilhada com o sabor da comida. — Tá melhor que a do Dazai-ni, até!

— Oh... — Os adultos olham para a menina, achando-a fofinha.

— Obrigada, Gin-chan! Você é uma graça! — Kouyou diz, lisonjeada, com um sorriso afetuoso.

— Deixa eu perguntar. O Dazai cozinha bem? — Chuya pergunta, enquanto serve um pouco mais de comida, com um olhar curioso.

— Na verdade, ele cozinha bem até demais. — Ryunosuke fala. — Eu não tinha provado uma comida melhor do que a dele até agora.

— É verdade. — Gin complementa, com um tom de nostalgia. — Eu me lembro de quando ele era péssimo na cozinha, que nem você, ni-san. — Gin sorri, lembrando das memórias passadas. — Uma vez ele queimou a pipoca do microondas. Foi tão engraçado, ver a cara de vocês dois!

— Como alguém queima pipoca de micro-ondas...? — Atsushi pergunta, com uma expressão de incredulidade.

— Bem... ele evoluiu e muito desde então. Agora o Dazai-ni é um ótimo cozinheiro.

— Pra evoluir de uma pessoa que queima pipoca de micro-ondas para uma pessoa incrível na cozinha, ele deve ter demorado uns bons anos... — Rampo diz, com um tom de admiração e um sorriso de canto.

— Fazem dois anos, agora. — Ryunosuke diz. — Tipo... ele cozinhava, antes, só que só de brincadeira e com a supervisão do papai, mas agora ele cozinha de verdade para nós dois...

Então o adolescente começa a ter algumas lembranças ruins, seus olhos se distanciando e o sorriso se apagando.

— Ni-san? — Gin toca em seu irmão, o fazendo acordar do devaneio, com uma expressão de preocupação.

Ryunosuke tenta sorrir para a irmã, mas a tristeza no fundo dos olhos é visível. O jantar continua em meio a conversas descontraídas, risadas e uma sensação de conforto, enquanto todos desfrutam da comida deliciosa e da companhia uns dos outros.

BSD - School AUOnde histórias criam vida. Descubra agora