03; Nova aluna.

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O SENSEI PASSOU UMAS listas de exercícios enormes para fazermos em casa e criarmos resistência para conseguir melhorar no dojô. E isso tinha consequência de 50 flexões de punhos cerrados, 60 abdominais e outros que já faziam parte da minha rotina de bailarina.

Mas eu não tinha tempo para fazer isso ao longo do dia, então meu melhor horário era acordar às 5 da manhã para um melhor esforço, e quanto melhor o esforço, melhor você fica. Assim que terminei os exercícios, que eu havia feito enquanto escutava as várias músicas populares, me levantei e peguei minha toalha, tomei um banho e fiz minha skincare.

Essa rotina seria dolorosa, mas para ser a melhor, é preciso. E eu queria ser a melhor. Todos os dias eu estava lutando contra o Miguel, e eu vencia quase todas, exceto quando eu deixava que ele vencesse.

Com os dias, fui praticando os golpes, fui me exercitando mais, e criando cada vez mais foco. De acordo com o sensei, eu estava muito bem. Eu havia acabado de dar uma rasteira em Miguel quando ele se ergueu novamente e o sensei ligou a máquina de Airsoft, fazendo ela acertar com tudo a orelha do latino, que se encolheu com dor.

Choramingando enquanto o sensei me parabenizava, eu sorri para o garoto, enquanto tomava um gole de água e o barulho da porta se abrindo se fez presente, quando mulheres que pareciam super espiritualizadas surgiram lá dentro.

— O que é isso? - Perguntei.

— São 15:00, o crepúsculo está para aparecer! - A moça falou, entrando no dojô e todas as outras também.

— Eu tive que sublocar o dojô, só até conseguirmos mais alunos. - Johnny disse, se explicando enquanto eu me afastava das mulheres que pareciam redecorar o ambiente.

Revirei os olhos enquanto pegava minha mala e ia até o vestiário, me trocar.

Seria uma semana longa

(...)

JA NO DOJÔ DO DIA SEGUINTE, eu estava sentada no chão, vendo agora Miguel praticar golpes contra as mãos de Johnny, que estavam ocupadas com um tipo de proteção para socar ou chutar, especialmente para descontar a raiva. Um desses lá em casa seria bom.

— Qual a segunda regra do método do punho? - Johnny perguntou para Miguel que estava concentrado em socar.

— Acertar firme! - Ele respondeu, logo em seguida tentando dar um chute giratório, mas falhando já que Johnny se afastou, então voltou a usar os socos.

— É isso aí. - O loiro confirmou enquanto eu bebia água de minha garrafinha, já que eu já havia feito essa sessão de socos no sensei, então estava descansando um pouco. — Só tem uma razão para acertar alguém, que é para machucar. - Falou. — Acertar firme é dar tudo de si.

Mas sua atenção foi roubada para uma garota que entrava no ambiente, e eu sabia quem ela era. Me levantei no mesmo segundo.

— O que é isso? - Johnny perguntou, confuso. — Ioga é só a partir das 17:00! Não importa o quanto precise.

— Ahm… Eu vim pra fazer karatê. - Aisha respondeu, sem graça. — Eu vi o seu site e lá dizia que teria aula hoje.

— Agradeço por ter vindo, mas não tem garotas no cobra kai. - Johnny respondeu e eu olhei para ele, confusa, ele me olhou de volta, sabendo que eu teria essa reação. — É diferente, você veio vestida de Gun's and Roses.

Eu soltei uma risadinha, ficando em posição de ballet, a que eu sempre estava acostumada e ergui o queixo.

— Mas por que não? - Ela perguntou.

— Pela mesma razão que não tem mulheres no exército. - Rebateu e eu revirei os olhos.

Na verdade, tem sim garotas no exército, mas são em minoria, principalmente quem entra em combate frente a frente. Normalmente são enfermeiras. Bem, não generalizando, nunca estive no exército então não posso opinar.

𝐈 𝐃𝐈𝐃 𝐒𝐎𝐌𝐄𝐓𝐇𝐈𝐍𝐆 𝐁𝐀𝐃, (cobra kai fic)Onde histórias criam vida. Descubra agora