Hoofdstuk twee­ën­dertig: Maman

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Mariana Salazar narrando

Ok, talvez eu esteja a ponto de ter um surto, a única coisa que eu sei fazer é limpar essa casa de cima a baixo duas vezes ao dia e cuidar do Henri para Max.

As noites são torturantes, Max tem pesadelos e acorda assustado e eu não consigo dormir, fico checando se ele está respirando de 5 em 5 minutos.

Me sinto exausta mentalmente, o medo da semana que vem chegar e termos que viajar novamente, Max terá que pilotar aquele carro novamente é o trabalho dele e eu tenho que aceitar.

Lá estava eu na cozinha lavando a louça do café da manhã, na babá eletrônica tomava conta de Henri que estava na sala brincando com seus brinquedos.

- Acho que seria bom limpar todos esses brinquedos - penso em voz alta

Da câmera vejo Max conversando algo com Henri, a carinha de choro de do pequeno poderia dizer muita coisa, mas essa carinha estava dizendo " por favor me deixe ir com você".

Enfim, Verstappen abaixa e pega ele no colo, reviro os olhos, já falei quinhentas vezes que ele não pode fazer esse esforço todo.

- VOCÊ NÃO PODE SUBIR COM ELE NO COLO! - Grito, sua cara de confusão era perfeita, confesso que ri
- Porque a tem baba eletrônica, seu bobo - falo saindo da cozinha

No meio do caminho encontro o rodo que eu usaria lá na sala, o pego e levo comigo.

- Você sabe que o aspirador além de aspirar ele passa rodo né? - pergunta
- Gosto de limpar! E coloca Henri no chão!- dido e corro para cozinha

Fugir que Max e suas alfinetadas fazia parte do meu dia a dia, mas era uma missão impossível.

- Meu amor, vai descansar a casa tá um brinco - fala Verstappen vindo atrás de mim
- Preciso me ocupar - respondo
- Descansar - tenta me convencer do contrário
- Se eu for descansar eu vou começar a pensar e eu não quero! - digo me irritando
- Porque? - pergunta
- Toda vez eu lem...lembro do seu carro rodando na pista e batendo e o fogo - digo, eu comecei a me tremer

Tentar segurar o choro era difícil, foi uma batalha perdida.

- oh meu amor, está tudo bem! - fala me abraçando

O abraço dele me fez desabar, todas as lágrimas que eu batalhei para segurar de soltaram e o ar faltou.

- Não con...sigo res...pirar - tento falar
- ta tudo bem... acompanhe minha respiração - diz me pegando no colo

Por um momento pensei em xingar ele por me pegar no colo e me carregar até a sala, me sentou em seu colo, seu cuidado comigo era tão fofo.

Meu choro era dolorido, eu não conseguia parar de chorar de forma alguma, minha visão está tão embaçada, eu basicamente chorava e chorava sem parar.

- Vo...cê quase mo...rreu e eu não po...dia fazer n...ada - me esforço para falar, o abraço de Max se torna mais forte
- Respira, vamos - ele fala baixinho
- Não dá! - digo hiperventilando
- Olha pra mim amor, eu não morri! Eu estou aqui com você - fala puxando meu queixo fazendo nossos olhares

Ele continuou abraçado a mim o tempo todo, eu continuei a tentar controlar minha respiração por um bom tempo, com o tempo meus olhos começaram a pesar e eu não conseguia me manter de olhos abertos.

Entrei em um sono profundo, pela primeira vez desde o acidente, eu adormeci sem remédio e tive um sono.

Ok, foi depois de uma crise de ansiedade e fazia pelo menos uns 6 meses que eu não tinha uma dessas. A última foi quando o meu padrasto ainda era presente na minha vida, se vocês me entendem...

Een Klein Geheim- Max VerstappenOnde histórias criam vida. Descubra agora