ANA FLÁVIA CASTELA

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ANA FLÁVIA CASTELA


         É ÓBVIO QUE EU VOU NESSA FESTA. Não existe outra opção, eu vou e ponto. Estou cansada de abrir mão de algumas coisas por causa das implicâncias do Gustavo, e dessa vez eu não irei colocá-lo em segundo lugar na minha vida.

Até porque, obviamente o primeiro lugar sou eu.

Sim, eu sei que prometi ao meu namorado que não iria, mas cruzei meus dedos sem que ele viesse então, minha promessa não foi verdadeira.

Eu e Gustavo namoramos á quase três anos, desde os meus treze anos para ser mais exata. Ele era aluno novo na única escola da cidade, e eu era a garotinha popular do time de torcida. Nosso primeiro beijo foi praticamente forçado, já que nós dois queríamos mas não tínhamos atitude. Até que Murilo, me trancou em uma sala com Gustavo e nos beijamos. Foi horrível.

Gustavo diz que foi bom, mas eu particularmente tinha odiado. Porém ele me perseguiu tanto depois, que eu acabei ficando com ele novamente e dessa vez foi maravilhoso. 

No mês seguinte, começamos a namorar e criamos um vínculo incrível. Todos disseram que não iria durar, por sermos muito novos mas digo com orgulho que seguimos firmes até aqui. Mas também preciso dizer que foi difícil. Gustavo tem um temperamento muito forte e eu também não sou a pessoa mais fácil de lidar, somos muito parecidos um com o outro e por isso brigamos ás vezes.

Na verdade estamos sempre brigando um com o outro. Já tivemos alguns —lê-se: muitos—  términos, mas nenhum deles durou mais de uma semana.

Perdemos a nossa virgindade um com o outro, de uma forma inestimável. Neste dia, tínhamos ido no mercado com a minha mãe, ela foi comprar algumas coisas e nós dois ficamos sozinhos dentro do carro. Claro que, deixar dois adolescentes sozinhos com um fogo acumulado e a curiosidade aflorada não iria dar certo e acabamos transando no banco de trás do carro da minha mãe. Eu tinha quatorze e Gustavo havia acabado de completar quinze anos. 

Sim, foi bem cedo mas foi maravilhoso e único, acho que por isso sempre acabamos voltando um para o outro. Temos uma ligação tão forte que nada e ninguém poderá acabar com isso um dia.  

Assim que cheguei no meu quarto, fui diretamente para o pequeno closet atrás de uma roupa para ir na tal festa. Estava completamente frustrada por não ter nenhuma roupa descente mas depois de tanto procurar, decidi não me importar muito com isso. Pelo menos não agora. 

Fui até a cozinha e preparei algo para comer, meus pais estavam viajando como sempre e por isso eu não tinha a mínima vontade de comer nada muito elaborado já que era eu quem teria que limpar depois. Depois de comer, voltei para o quarto e deitei na cama e fiquei mexendo no celular, até realmente dormir feito pedra.

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