--Leite Vermelho-- Milkman

Dia 4

       (Narração)
 
        Aquela madrugada foi complicada, S/n não conseguiu pregar os olhos, pensar nele, naquela voz fascinante e tão prazerosa.Talvez ela estivesse sim tendo sentimentos por Francis, mas como iria trabalhar naquele dia sabendo de tudo, aparecia mesmo no apartamento dele?.

     Despertador—pi, pi...pi...pi.

         Meus pensamentos são acordados pelo despertador, levanto com a cabeça doendo muito, o remédio da noite anterior não tinha resolvido, fazer o que né.Vou até o banheiro, tomando uma ducha gelada, volto até o quarto vestindo o uniforme e pego minha bolsa indo até o prédio e vendo minha lista de residentes do dia.

S/n–Bom dia senhor Scmicht, pode entra.—estava entediada, um dia longo,e cheio.
 

         Até que uma sombra surge de uma vez, batendo no vidro:

Francis:–Por favor, me ajuda, gatinha eles vão me pegar!!.
  

S/n–Francis o que diabos você tá fazendo aqui e....ahh tá, entra logo—abro a porta da portaria e o escondo embaixo da minha mesa—Fica quieto!.

    Logo surgem os D.D.D o procurando:

D.D.D:–Bom dia senhora!Não viu alguma anomalia passando por este prédio não?

S/n:–Não!Claro que não, nada passa sobre meus olhos, podem ficar tranquilos, se caso acontecer de eu ver algo ligarei para vocês, de imediato—falo tentando me manter calma, mesmo sentindo as mãos de Francis sobre minha panturrilha e seu nariz suspirando em minhas coxas.

D.D.D:–Ok então.

       Eles saem, como não conseguia ver seus rostos, só vi suas sombras sumirem na rua.

S/n:–Ufa...—me jogo contra o encosto da cadeira, mas logo meus olhos se encontra com o olhar de Francis, seu queixo bem no meio de minhas coxas , suas mãos levemente apertando minhas pernas me deixou em êxtase, a única coisa que passava em minha mente era(que homem meu deus, assim tão perto),mas minhas bochechas logo ficaram vermelhas.

Francis:–Obrigada, gatinha por me ajudar, e tá tudo bem com você,me parece envergonhada?—ele sai debaixo da mesa sentando sobre ela em minha frente.

S/n:–Está tudo bem sim, e você!? Olha seu estado todo sujo de sangue—fico de pé em sua frente e tiro o seu chapéu pegando um pano úmido tentando limpar o sangue em seu rosto — pelo visto essa pegou pesado com você, tá todo unhado.

     Ele me olha profundamente, segurando fortemente seu chapéu vejo algumas lágrimas descendo seus olhos.Me assusto um pouco o olhando com pena.

S/n:–Eii...o que aconteceu?—toco seu rosto limpando suas lágrimas.

Francis:–Eu não aguento mais.Isso tá me matando por dentro, eu tô cansado de matar e matar e todos os dias tem mais e mais.

     Eu o abraço, não me importava com nada mais, precisava ajudar ele, ele era humano assim como eu, tem seus sentimentos como qualquer um.Ele retribuiu meio desconfiado, afogando seu rosto no meu pescoço.

S/n:–Não se preocupa, Francis, vou te ajudar tudo bem vamos pro seu apartamento pra gente conversar melhor—sorio pra ele.

Francis:–Obrigada,mesmo, eu só não quero te envolver nisso.

S/n:–Ah querido já envolveu, nem adianta, vou fechar aqui,daí subimos por seu apartamento pode ser?

       Ele concorda balançando a cabeça e limpando o rosto, eu fecho a janela e desligo as luzes o acompanhando para seu apartamento, no andar F03–02.Ele abre a porta revelando algo que talvez eu nunca imaginei ou imaginaria, estava tudo organizado,não tinha marca de nada, nem de sangue nem nada, era como se sua personalidade de matança somente se aparecia quando ele saia daquele lugar.Paro na porta observando tudo e ele  que de costas a mim tirou a parte de cima de seu uniforme mostrando aquelas belas curvas de suas costas.
Eu achei que estava sonhando até ele virar de frente e sentir minhas pernas falharem e tudo ficar escuro.
Talvez eu só estivesse delirando ou sonhando.

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Anotações:

Palavras da escritora.

Olá gente, tudo bem?
Se tiver algum erro de ortografia que tenha passado em branco por favor podem me mandar nos comentários, sempre estarei a disposição do público leitor.
Tenho um imenso carinho por quem ler minha obra, e sou muito grata a isso.
E podem me mandar ideias para colocar na obra também.