Parte 1

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*Alice*

- Acorda filhota, você está atrasadíssima ! - Essa voz doce e distribuindo felicidade eu reconheço muito bem e é da minha mãe que se chama Jane. Minha mãe tem 1,65 de altura, cabelos longos negros e é da cor de jambo e os olhos cor de mel, ela é uma pessoa adorável apesar de ter uma postura autoritária, na verdade ela usa isso só pra mascarar aquele coraçãozinho de açucar que ela insiste em esconder.

-Só mais um pouquinho, Mãezinha. - Eu respondo choramingando, meu primeiro dia de volta as aulas era sempre assim, uma luta pra sair da cama e minha mãe fazia questão de me acordar pessoalmente porque ela sabe que se deixar por mim eu acordo só 12:00.

- Nada de mais um pouquinho mocinha, levanta, levanta - Ela puxa a coberta de mim e abre as cortinas que libera uns raios de sol insuportáveis  para as 6:15 da manhã.

Me arrasto até o chuveiro e tomo um belo banho, chego no meu quarto e olho no espelho e me deparo com uma menina de 1,68 de altura, longos cabelos castanhos, morena e olhos cor de mel com olheiras gigantescas e uma preguiça sem tamanho (Eu). Respiro fundo e troco de roupa, coloco uma calça jeans clara super justa, meu uniforme e uma sapatilha beje. Faço uma maquiagem simples apenas rímel, um pó pra disfarçar as orelhas e um blush pra disfarçar a minha cara de poucos amigos. 

Desço as escadas e a mesa está pronta, meu irmão gêmeo Charlie senta ao meu lado. Gêmeo? Sim, gêmeos quase idênticos a diferença é o corte de cabelo e seus olhos que são verdes como o do papai. Meu pai chama James tem olhos verdes é alto e é branco como as nuvens do céu, tem os cabelos ondulados castanho claro. Ele e minha mãe são donos do jornal Azaleia, que distribuí para toda a cidade Nobres. Nos último anos, a renda regular nos proporcionou um estilo de vida confortável, nada de muitos luxos mas bem melhor do que vivíamos. Papai disse que em poucos meses a nossa renda vai dobrar pois a filial em Tangará da Serra, uma cidade próxima de nobres, logo estará pronta.

- Trata de tomar todo esse leite e comer esse pão todinho ou eu esfrego sua cara no asfalto - Lembram sobre o coração de açúcar da minha mãe? Esquecem.

- Tá bom - respondo mordendo os lábios de raiva e percebendo que a minha ideia de fazer regime está indo de água abaixo.

Tomo o meu café da manhã como a senhora mandona ordenou e sento no sofá para aguardá-la.

- Maninha bem que você podia me apresentar a gatinha da sua amiga, hein - Diz meu irmão que senta ao meu lado que desde um mês atrás desenvolveu uma apaixonite tarada pela minha amiga Bela.

- Você não acha que ela é muito areia pro seu caminhãozinho não, garoto? - Eu respondo com um sorriso sarcástico na cara. 

- Eu faço duas viagens querida ! Aaaah maninha, fala sério? Eu não consigo mais resistir aqueles 1,7 de altura, aqueles cabelos loiros cacheados e aqueles olhinhos azuis e aquela bunda que só Jesus na causa - Ele diz quase gemendo no sofá.

- Charlie me poupe dos detalhes, que eu não sou obrigada. Faz o seguinte quando ela vir aqui você faz essas declaraçãozinhas patéticas e tenta ficar com ela, no mais, me deixa ouvir minha música em paz, obrigada, de nada. - Eu digo colocando os fones no ouvido e ignorando todos os resmungos que ele possivelmente deve estar fazendo. 

Minha mãe passa pela sala e pega sua bolsa e eu já entendo que vamos ir, corro no quarto pego meu moletom lilás, passo pela sala pego minha bolsa e saio correndo disparada ao carro.

Chuva de arrozOnde histórias criam vida. Descubra agora