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05. Tomando

Demorou segundos para a dor ser totalmente registrada, e ainda mais antes que ela fosse inundada de sensações. Ele, por toda parte, espalhando-se como sangue bombeando em suas veias, com o poder da rocha derretida queimando por todo o seu ser, incorporando-se em sua mente, em seu corpo, em seu coração: sua respiração rítmica, as batidas de seu coração, sua determinação dominante. para proteger seu Ômega, para cuidar dela, juntamente com os tentáculos de uma profunda vergonha que cresceu rapidamente.

Fechando os olhos com força, ela tentou entender o que havia acontecido com ela, mas o rio selvagem do vínculo trovejava entre eles, compartilhando sensações e emoções confusas, anulando todo pensamento racional. Sua respiração falhou e ela ofegou por ar, afogando-se em sentidos novos e estranhos, sentindo-se como se estivesse em transe. — Encantada — sussurrou a voz em sua cabeça, — como deveríamos estar por nosso companheiro.

Por instinto, ela recostou-se contra ele, sentindo o corpo alto do Professor Snape em suas costas, tranquilizando-a, firmando-a, ou então ela poderia pensar que tinha enlouquecido com a torrente de impressões, e se concentrou em respirar: Inspirando e expirando, para dentro e para fora, para dentro e para fora, no ritmo do peito subindo e descendo do Professor.

— O que... — uma voz estranhamente estridente disse, e ela vagamente pensou que poderia ser Ron, — o que aconteceu? É isso que eu penso que é? Ele... Ele tem permissão para fazer isso com uma aluna?

Lavender entrou na conversa, sua voz estranhamente resignada e triste: — Certamente sim. Se isso é permitido ou não é uma questão discutível, porque ele acabou de fazê-lo. Não há como voltar atrás agora. Ela é... dele.

Houve uma confusão e, instintivamente, ela sabia que os Alfas estavam se afastando. Hermione respirou fundo, abrindo os olhos para ver o caos na sala de aula, e se as circunstâncias tivessem sido diferentes, ela teria rido alto.

Os Alfas estavam todos de lado, sangrando, queimados e machucados, ostentando marcas de Maldição por todo o corpo com roupas em farrapos, mas todos pareciam tão pacíficos e calmos quanto um elfo doméstico passando as camisas de seu mestre, e nem um pouco como se eles estivessem rosnando como demônios determinados a lutar e morder apenas alguns momentos atrás.

Atrás dela, a voz profunda de Snape disse, sua voz estranhamente enferrujada: — Aula encerrada. Saiam, todos vocês. Saiam!

Houve uma corrida até a porta, pessoas pegando suas malas e mochilas, correndo para fora, e automaticamente ela deu um passo à frente, preparando-se para obedecer ao professor.

— Você não —, ele sibilou, agarrando o braço dela, segurando-a, pressionando-a contra seu corpo, e ela parou. Eu não... porque sou sua companheira. Severus Snape é meu companheiro, e agora ele vai...

Um rubor subiu em seu rosto, deixando sua peônia vermelha, enquanto, ao mesmo tempo em que seu estômago se contraía novamente, algo ofuscantemente quente a percorria. Do vínculo, veio um pico de resposta, uma agitação de... luxúria... terrível e implacável, algo que não seria negado, fazendo sua mente ficar quase em branco em resposta, enquanto a voz em sua cabeça sibilava em aprovação.

Harry saiu furtivamente, a cabeça baixa como se estivesse com vergonha - como deveria estar, ela pensou, e Ron deu um tapa na nuca de Harry - com força - fazendo o amigo gritar. Virando-se, esperando por Lavender, Ron acenou para ela, como se tentasse animá-la, embora seu sorriso parecesse artificial e forçado, mal mascarando sua preocupação.

Finalmente, a sala estava vazia e Snape apontou um dedo para a porta. Ele a travou com um estalo alto, e ela se assustou com o som, saindo do estranho transe do vínculo, sua respiração ficando forte e rápida enquanto o nervosismo subia como bile em seu estômago.